DEMISSÃO NA POLÍCIA FEDERAL:
SÉRGIO MORO É UM VALE CHEIO DE
LÁGRIMAS
Maurício Valeixo,
diretor-geral da Polícia Federal desfechou a Operação Corona-Jato e Bolsonaro
vai dar-lhe com uma BIC nas canelas. A grande coisa é tirá-lo do cargo que lhe
foi garantido por Sérgio Moro, ainda ministro da Justiça.
Nem
pergunte por que Bolsonaro está de Bic em riste. Pergunte, isto sim, o que há
de sobrar do governo Bolsonaro na guerra contra a corrupção, com a saída de
Sérgio Moro dessa cena lamentável.
Há quem
diga que Moro sairia só por isso. Quem diz está pondo panos quentes. Sair só
por isso é pouco: Moro pegaria o boné porque está cansado de ser sabotado. E
sabotado logo por quem se elegeu cumprimentando com o seu chapéu: logo por quem
se elegeu graças ao sucesso da Operação Lava-Jato.
Moro
sairia porque é um vale cheio de lágrimas: vem sendo abatido dia após dia, impiedosa
e sistematicamente, dentro de sua casa adotiva, o governo Bolsonaro.
Ele foi boicotado
o tempo todo, em todo o seu trabalho: foi sabotado na PGR, no Coaf, no Pacote
Anticrime, no seu projeto de transformar a Operação Lava-Jato em um Movimento
Nacional de combate à corrupção e ao crime organizado, transformando cada uma
das 5.570 cidades brasileira numa sede da Lava-Jato.
Dizem por
ora que ele até teria condicionado sua permanência no governo mediante a promessa
de que indicação do novo diretor-geral da PF seja feita por ele.
Vou dizer
uma coisinha: já que as coisas estão andando desse jeito, Sérgio Moro deveria
indicar para a direção-geral da PF o... Maurício Valeixo.
Sei lá,
tudo acontece muito depressa nesse governo depois dos acordos fechados com o
Centrão e o Baleia Rossi do MDB.... Sei lá, mas estou propenso a acreditar que
Sérgio Moro terá amplos poderes para realizar seu programa de moralizar e
passar o Brasil a limpo, em 2022 – quando não tem para quem perder.
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