01.
EITA BRASIL!
Eita Pátria
Amada Brasil – reino mergulhado numa quarentena de dois dilemas monumentais: a
revelação de um coronavídeo desbocado e a amostragem de um já vencido exame de
saúde do presidente. Entrementes, a gente não sabe se fica em casa ou sai para
a rua. É que nem cientistas nem governantes sabem como lidar com o pandemônio
que veio da China. Vida que segue.
02.
MIRANDO O IMPEACHMENT
Jornalojistas
de sempre anunciam com o estardalhaço de costume que “ex-governistas lançam
grupo anti-Bolsonaro: miram o impeachment”. Resta saber quem são os que ‘miram
o impeachment’: o grupo ex-governista ou os jornalojistas.
03.
IN/SEGURANÇA NACIONAL
Depois da
tal sessão ‘Vale a pena ver de novo’ do coronavídeo, lá na Polícia Federal,
Moro disse aos jornalojões que, ao contrário do que alardeia Bolsonaro,
protagonista da pornochanchada palaciana que “não vejo nenhum assunto de
segurança nacional no vídeo”.
Já o
presidente Bolsonaro, acha que os arroubos de ira resmungados contra a China, o
palavrório em defesa da sua família e as vituperações de Weintraub pedindo
cadeia para ministros do Supremo Tribufu, são sim senhores, temas de relevância
e de alta periculosidade às garantias de segurança nacional.
04.
TAÍ A CHANCE
A
esgotosfera dá o troco nos jornalojões e diz em tom de ameaça que “se vídeo
vier à tona, mais de uma dezena de jornalojistas serão demitidos”. Pois então
que esse coronavídeo venha logo à tona. Estão perdendo a chance de limpar um
pouco essa área da comunicação social, poluída de velhacos e velhacarias.
05.
GOSTA DO SOM
Dos jornalojões
para o respeitável público: “Em reunião, ministro da Justiça compara o caso
Moro com Watergate”. Pô, nada a ver. Deve ser porque o ministro acha bonito e
charmoso o som americano que lhe veio à cabeça: Watergate! Bonito, né não?!?
06.
PURA BIRRA
Bolsonaro não
deu o gostinho amargo da implicância ao desencapado Levianowski: entregou ontem
os seus tão secretos testes de coronavírus. E o mais desolador para a pandilha
de lulambentos e para o ainda jornalojão Estado de S. Paulo: os exames deram
negativo.
Quer dizer, Bolsonaro não é doente; é implicante. Isso não é zelo
pela autoridade presidencial. É birra. Mais uma besteira de Bolsonaro: agora
ficou parecendo que ele só entregou o resultado dos exames porque tem medo do
STF.
07.
SUCESSO DORIA
Sucesso
Doria na administração de São Paulo: estudos científicos estimam que até o
fim de maio 100% das cidades paulistas
estarão batizadas pelo Comíduia-19.
08.
CORONAVIRAGEM BRASILEIRA
Brasil até
ontem: 177.589 casos de Coronamídia que já resultaram em 12.400 mortes. Tradução:
viva a quarentena.
09.
EFEITO FACADA
Ainda no
Coronavídeo: Bolsonaro teria pedido a troca na PF do Rio de Janeiro para ‘’proteger
sua família’’. Quer dizer, o efeito facada foi extensivo a parentes e
familiares. Felizmente, estão todos muito bem, obrigado.
10.
ESTAVA DEMORANDO
Jornalojões
e esgotosfera unidos, jamais serão vencidos: “Apoiadores de Bolsonaro já pedem
a cabeça de Nelson Treich no Ministério da Saúde”. Estava demorando, né não?!?
Mas ali, onde você vê ‘apoiadores de Bolsonaro’, leia ‘Centrão’.
11.
COISA DE RICO
Preste bem
atenção: não tem um morador de rua, camelô, ou trabalhador autônomo que defendam
o isolamento. O Lockdown é caviar.
12.
SÓ EM 2027
De todas as
vituperações de Bolsonaro nesta semana, a mais bombástica e aterradora para os
gregos e troianos do Congresso Nacional, das cavernas partidárias e da
Supremacia Tribufu foi aquele seu brado retumbante: “Só saio em 2027”! Entrelinhas:
“2022 já está no papo”.
13.
ORA, DIREIS, OUVIR ESTRELAS
Ninguém deu
bola nenhuma para os depoimentos prestados ontem à PF, no Palácio do Planalto, pelos
três generais de quatro estrelas. Deve ser porque, ao transporte para a vida
civil, vão-se as dragonas e ficam as estrelas cadentes, mas cheias de dedos.
Retumbou ontem, Olavo Bilac: ‘’Ora, direis, ouvir estrelas / Certo, perdeste o senso!
’’.
14.
DESGOVERNO CARIOCA
No governo
do Rio de Janeiro, de 66 contratos emergenciais, 44 foram cancelados. Tradução:
sem licitação até o Caixa-2 vai pro porão. Na mão dessa pandilha, dinheiro na mão
é vendaval.