PONTOS A PONDERAR...

1ª Edição -20/maio/22 – 6ª Feira

Por: Sérgio AO Siqueira

PRISCAS ERAS...

Eu sou do tempo em que Oscarito e Grande Otelo eram sucesso de bilheteria no circuíto cinematográfico pelotense formado pelos cineteatros Capitólio, Apolo e Avenida.

HISTÓRIAS DO BRASIL CONTEMPORÂNEO

ERA UMA VEZ... Este mesmo dia, há 3 anos. Naquela data queira, estudo feito pelo instituto britânico Ipsos Mori - um dos três maiores do mundo em Inteligência e Marketing - mostrava que o Brasil é o terceiro país mais ignorante do mundo. Tradução, os brasileiros não sabem bulhufas sobre eles mesmos.

O Ipsos Mori quis saber qual a porcentagem de brasileiros com acesso à internet... Perguntou também quanto as famílias mais ricas concentram da renda total do país; e mais um pouco: perguntou se a gente, a cada 100 pessoas, sabia quantas vivem na zona rural.

 

Foi isso e mais umas coisinhas mais simples ainda que o instituto de pesquisas britânico Ipsos Mori fez para nós, brasileiros com muito orgulho, com muito amor...

Os palpites passaram tão longe das repostas certas que renderam ao Brasil o louvável título de terceiro país mais ignorante sobre si mesmo.

O estudo Perils of Perception - Perigos da Percepção - foi feito com 33 nações, de todos os continentes. O país que menos sabe sobre sua própria situação é o México, seguido pela Índia. Sobrou para nós a honrosa medalha de bronze.

Na outra ponta, a nação mais consciente do ranking foi a Coreia do Sul, em segundo lugar ficou a Irlanda. A Polônia ficou em terceiro para lotar o pódio.

Tradução: há mais de 34 anos, desde que, em 1985, Sarney pegou a presidência da Redemocratização da República que governo após governo vêm nos ludibriando com prosopopeias flácidas para ninar bovinos. Falam uma coisa e fazem outra por baixo dos panos

Quer dizer...  Na cara da gente. eles - os proprietários indébitos desse país de babacas - nos deixam falando sozinhos. A língua deles é outra. O país que eles habitam é outro; nós vivemos na sobra, vivemos no que ainda nos resta de Brasil.

Na realidade são mais de 34 anos de solidão. Vivemos numa aldeia fictícia, remota no Cone Sul do mundo. Se a gente não der jeito nessa gentalha, chegaremos facilmente a 100 Anos de Solidão, ainda que não tenhamos entre nós nenhum Gabriel García Márquez.

SCRIPTUM POST - ''Cem Anos de Solidão'' teve, aqui no Brasil e em todos os países de língua portuguesa, a tradução do meu velho, bom e saudoso parceiro e amigo Remi Figurelli Gorga, vírgula Filho - como provocantemente gostava de assinar-se.

Remi foi o tradutor preferido de García Márquez para a língua portuguesa. Seu pai, o pelotense Remi Gorga, foi um dos fundadores da Liga Pelotense de Futebol.

Reza por mim, Remi aí, meu compadre, meu amigo, nessas tuas boas companhias, aonde quer que estejas. Acredito na fé que agora tenhas.

LENDAS URBANAS:

O GARANHÃO DE PELOTAS, A CARÁTER...

Frases, pensamentos, devaneios, paranoias & desabafos

Ghostwriter: Sérgio AO Siqueira

CASAMENTEATA

0008 – Não, o sonho não acabou porque ela seja virtuosa demais; é só a sua mania de perfeição. No seu caso, em matéria de virtudes, o excesso é o defeito.

SUPREMOS DEMOCRATA

0009 – Você pode ver aí nessa Democracia de Gabinete, cheia de gavetas e gaveteiros: os abusos são a segunda pele dos abusados que, pela própria natureza, se protegem uns aos outros.

REPRESENTAÇÃO

0010 – Cada vez mais essa politicalhada nos representa menos.

O SUPREMO

0011 – Abusado extremo, Aleixandão é blindado pelo Gilmarginal.

PONTOS A PONDERAR...

01.

SUGESTÃO

Fiat Fux garantiu ontem, sob os holofotes consorciados que “o STF só atua quando provocado”. Ah, bom. Então ele que mande a cumpanherada fingir que joga pedra no telhado de vidro da Torre dos Encapados. Isso não é provocar é sugerir.

02.

CARTOLAGEM

Pronto, a cartolagem do PSDB, do MDB e do Cidadania está prontinha da Silva para tirar a coelhinha Simone Tebet da cartola em que o Janjão Doriana está escondido. E pelo visto, o passe de mágica será dado ainda hoje.

03.

LUTA PELA DEMOCRACIA

Aleixandão, calmo, sereno, frio e soberano, depois de aplicar mais uma instigante multa em Daniel Silveira, seu perseguido favorito: “Justiça Eleitoral lutará pela democracia”. Fala como quem já é o controlador-mor das acontecências de outubro vermelho. Uma boa iniciativa de defesa da democracia seria devolver para a cadeia aquele que roubou e deixou roubar e está querendo venezuelar o Brasil.

04.

OPINIÕES

Bolsonaro: “Não podem jogar sugestões do Exército no lixo”. Pô, presidente, te cuida que eles vão te processar por provocação ao TSE. Para o dono do processo eleitoral, ninguém jogou as sugestões das Forças Armadas no lixo... O Fachinews já disse que o documento dos militares continha apenas ‘opiniões’.

05.

BRRRR...

Epa! Hoje, Brasília amanheceu sob um friozinho de 5 graus centígrados com a sensação de 3 degraus, lá fora. Só me lembro de um amanhecer assim de 5 graus aqui na gloriosa Capital Federal, quando me levantei às 8 horas de uma manhã de sábado em 1998, para iniciar os riquefafes de um churrasco entre amigos, lá no sítio da QI-27, no Lago Sul, onde morei por um bom tempo naquelas priscas eras.

Tá friiiiio. E daqui a pouco, chega a fisioterapeuta, para mais uma sessão de recomposição de músculos, nervos e ossos no lugar. Acho que hoje não vai ter hidroginástica.

06.

LIVE DE BOLSO...

Dentre uma série de novidades, uma chamada de rodapé>: “Calote da Venezuela no BNDES chega a R$ 5 bilhões”. Ah, não tem problema: é só botar na conta de Lul@lcapone da Silva que ele tem de sobra. Mas, não é só porque ele é rico; é porque a culpa é dele, pô!

07.

É FAKE

Cacicagem do MDB, PSDB e Cidadania: “Vamos unir o Brasil”. Eles acham que são a aglomeração que Lul@lcapone não tem quando se mete a botar o pé fora de casa. Não se distraiam: “caciques unidos, jamais serão vencidos” é Fake.

PONTOS A PONDERAR...

1ª Edição -18/maio/22 – 4ª Feira

Por: Sérgio AO Siqueira

PRISCAS ERAS...

Eu sou do tempo em que sinal de bom-gosto e pra lá de bonito era morar numa casa de cimento-penteado.

HISTÓRIAS DO BRASIL CONTEMPORÂNEO

ERA UMA VEZ... Há 5 anos. Corria o dia 18 de maio de 2017, quando Francisco, o filho do falecido Teori Zavascki, escreveu aqui mesmo, no Facebook: “Será que derrubar avião também vale?!?”.

Não era uma suspeita; era uma acusação. Faltava descobrir o culpado. Falta, até hoje.

Teori Zavascki era, dentre aqueles que vestiam e ainda vestem toga, quem tinha nas mãos a processalhada que mantinha o Lul@lcapone na cadeia.

Depois do acidente e, em virtude do acidente, Edson Fachin, tomou assento na cadeira então vazia de Zavascki. Ganhou não só o lugar do infausto ministro, como herdou o pacote de processos contra aquele que roubou e deixava roubar.

Não demorou nada e...  Eis aí, o presidiário mais solto da história desse país e do mundo, como altaneiro candidato à represidência da República.

O GARANHÃO DE PELOTAS, A CARÁTER...

Frases, pensamentos, devaneios, paranoias & desabafos

Ghostwriter: Sérgio AO Siqueira

Mas não vai ser só isso. Vai ser isso e aquilo e mais aquilo outro, tipo assim:

Frases, pensamentos, preceitos, considerações, devaneios, conclusões, paranoias, idiotices, desabafos, leviandades, despautérios, empulhações, falsa cultura, absurdos, deboches, ironias, especulações, fake news, entrelinhas, versões, prosa, versos, poemetos, meditações, hai-kais, orações e o que deu na cabeça e na cabeça dá de um jornalista aposentado, jamais inativo; viciado em liberdade de credo, de pensamento e de expressão. Eis-me aqui como ghostwriter mercenário de minha invenção mais verdadeira, o Garanhão de Pelotas.

Como escritor-fantasma do Garanhão de Pelotas, vou editar por aqui pelo menos mil das suas ‘tiradas’ por ordem alfabética – só assim, aquele que rouba e deixa roubar, mas não sabe ler, não vai nem se dar conta de que tudo tem a ver com o desabafo por ele não só andar à solta por aí, como por ele ter a ousadia de ser candidato nesse outubro vermelho que vem por aí...

A ARMA

0001 – “Quando Dilmandioca Sapiens usou o telefone como arma para salvar o Lulavagem da cadeia, ela só conseguiu mesmo foi deixar claro que a sua vida pública estava por um fio, a ponto de ir parar na privada”. 

ALGO MAIS

0002 – “Acho muito mais cômodo perder alguma coisa do que deixar coisas para trás. Mas tem algo mais: pior do que perder uma pequena aposta, é ter apostado seguindo o palpite de Lul@lcapone: ele só deixa 20% do prêmio para você e abocanha o resto”.

ALTRUÍSTA

0003 – “Altruísta à sua moda, o bem que por acaso Lul@alcapone venha a fazer para os outros não é apenas para perder o medo de cumprir uma obrigação, mas pela sovinice de ganhar a sua própria felicidade”.

PONTOS A PONDERAR...

01.

QUARENTENA...

Queria ver esses prefeitos e governadores adeptos fanáticos do tal de Lockdown , determinarem quarentena para os lixeiros de suas cidades...

02.

KNOW HOW

A tal ciclociata pró-Lul@lcapone foi um fiasco não só pela impopularidade daquele que rouba e deixa roubar, mas fundamentalmente porque naquela cumpanherada quem entende de pedalada é a Dilmandioca Sapiens que, para o 8ilustre homenageado, ‘não cabe em um ministério’.

03.

A TUCANAGEM DA TROCA

E então, o PSDB continua de tucanagem hoje. Continua aninhado com sérias intenções de melar o resultado das prévias. Podem trocar Joãozinho Doria por Simone Tebet. Quer dizer, seis por meia dúzia.

04.

O NINHO DO PODER

Sabe quando o PSDB vai se unir outra vez na vida?!? Quando se aliar ao vencedor da Eleição desse outubro vermelho. Tucano que se preza só sai de cima do muro para se aninhar no Palácio do Planalto.

05.

Eleição 2022

E a tal misteriosa 3ª Via não tem proposta, não tem projeto, não tem sequer uma via que a conduza a um candidato para chamar de seu. Tanto faz, a eleição já tem os dois finalistas para o 2º turno, há muito tempo. Tem até mais: já sabe quem vai subir a rampa.

06.

CENSURA AO 4º PODER

Fachinews e seus pares e ímpares vão conseguindo implantar a censura que chamam de ‘acordo’ com as plataformas virtuais. Notem que aqui no Brasil, o 4º Poder – a Web Mídia - instituído na sociedade mundial, já está sob o jugo do Tribunal de Fachinews.

É que Twitter, Tiktok, Facebook, WhatsApp, Spotify e Telegram já estão engavetando a sua própria fortaleza: o resgate da liberdade de crença, de pensamento e de expressão.

E então, pronto! Para nosso pesadelo, já começou o sonho dos tiranetes e dos consorciados da Imprensa de Rebanho: a Web Mídia está ficando igualzinha a eles, sem tirar nem pôr.

07.

ENTREMENTES...

Fachinews faz um discurso por dia sob os holofotes do Consórcio da Imprensa de Rebanho. Só disparata bobagens.

08.

NÃO SE DISTRAIA!

Aquela falácia sem-vergonha do “rouba, mas faz” acabou quando Adhemar de Barros deu os doces e partiu desta para a melhor. De lá pra cá, o império é de quem “rouba e deixa roubar”.

09.

Arthur do Val foi desdeputalizado pela Assembléia Legislativa de São Paulo. Desde ontem, ele ficou inelegível por 89 anos. Ele cometeu o crime de ser boquirroto quando falou mal das ucranianas falando muito bem delas todas. Bem feito!

Mas, essa mesma Assembléia passou a mão na cabeça do deputado Fernando Cury que, sem pena, passou a mão nos peitos da deputada Isa Penna em pleno plenário daquela honrada Casa Pralamentar.

É uma Assembléia que, pelo visto, valoriza mais as ucranianas do que as deputadas brasileiras.

10.

PATÉTICO

Rui Costa, governador da Bahia de São Salvador, abriu processo para prender o jornalista-escritor André Porciúncula que cometeu o crime de lesa-pátria baiana chamando o governo do petistalhão de ‘patético’.

Eis aí, portanto, o lul@lcaponista seguindo os maus exemplos dos correligionários que vestem toga lá na suprema gaiola lulática.

Uma coisa deve ser dita: o tal de Porciúncula bancou o pateta, bastaria ter chamado o governo Rui Costa de PeTético.

11.

DESVIO DE DINHEIRO

Bolsonaro, ontem, em mais uma de suas super-aglomerações espontâneas: “O PT desviou dinheiro e não água para o Nordeste”. Pois é...e para o Norte, Sul, Leste, Oeste. O dinheiro foi todo para a ‘água que boi não bebe’.

PONTOS A PONDERAR...

1ª Edição -17/maio/22 – 3ª Feira

Por: Sérgio AO Siqueira

PRISCAS ERAS...

Eu sou do tempo em que a mentira tinha pernas curtas... Hoje, o cara que rouba e deixa roubar é que tem as pernas curtas.

HISTÓRIAS DO BRASIL CONTEMPORÂNEO

ERA UMA VEZ... aqui, no Brasil, uma palavra mágica.

Para os 40 ladrões de Ali Babá, a senha era “Abre-te Sésamo! ”... Para a pandilha do Lul@lcapone, a palavra mágica era “Projeto! ”.

Assim que subiu a rampa do Planalto, no malfadado janeiro de 2003, Luladino da Silva iniciou o aparelhamento desenfreado da máquina pública. Foi então que surgiu o grito que descobria e abria o Tesouro Nacional: “Projeto!”.

Assim que um ‘projeto’ bonitinho e todo certinho era aprovado, fosse qual fosse o seu valor, por licitação pública e notória em um aparelho do Estado, o grito ecoava e se multiplicava como que por magia, pelos mais variados corredores da República, sem necessidade alguma de licitação ou concorrência pública e legal.

Era a arte e manha da aprovação por ‘similaridade’. Se o Ministério da Cultura, aprovava um ‘projeto’ de R$ 100 milhões, o da Cultura abria os cofres para a gangue que gritava a palavra mágica. E assim, se dava o milagre da multiplicação.

Nunca antes na história desse país, tantos ‘projetos’ foram abocanhados e tantas comissões em forma de grosso dinheiro público foram abocanhadas por tantos diligentes lobistas, agenciadores e intermediários, como no tempo de Lul@lcapone no poder.

E é essa engambelação orquestrada e acobertada pelo espirito de porco das leis que os velhos cumpanhêros estão querendo trazer de volta, com o ameaçador retorno do presidiário mais solto dessa nação distraída, aquele que rouba e deixa roubar.

SCRIPTUM POSTAGEM – A partir de amanhã, as ah/venturas do Garanhão de Pelotas, serão reduzidas às suas múltiplas e pequenas reflexões, em virtude do tempo e do espaço que suas passagens pelo mundo afora ocupam aqui nestas paragens virtuais.

Suas ah/venturas virão em conta-gotas e frases de efeito que revelam a multiplicidade do seu caráter puro, sem jaça, irretocável e nobre. Desde já fique com esta tirada do Garanhão de Pelotas diante do escândalo abafado em forma de “Projeto”.

DO GARANHÃO DE PELOTAS: “O cara que mente por mentir, porque é da sua natureza, pode tudo numa Democracia de Gabinete, repleta de gaveteiros. Pode até mesmo, em sendo um presidiário-solto, ser presidente de honra de um partido político em um país que, mesmo bebendo pra burro, ele se meteu a dirigir e quer voltar a dirigir”.

AH/VENTURAS DO GARANHÃO DE PELOTAS

Ghostwriter: Sérgio AO Siqueira

ÀS MARGENS DO BAILE

Era um daqueles bailes bissextos do Clube Náutico Gaúcho, ou do Regatas Pelotense, não me lembro bem, afinal estávamos ainda no limiar da era da juventude transviada lá em Pelotas, a “pátria pequena que deixei lá no Sul”.

Só sei que estávamos todos lá. E como sempre, no meio do baile, armamos uma tremenda confusão.

Sei mais um pouquinho. Lembro-me bem de cada um da nossa turma: eu, Bandeira, Pé de Anjo, Sérgio Siqueira – o que hoje subscreve estas mal traçadas linhas para mim, o seu Garanhão de Pelotas – Antônio Carlos Petiz, Careca, Fervido, Fernandinho Leal e Patê. Tudo boa gente.

Sem dinheiro para pagar as despesas, armamos uma brigalhada de mentira entre nós mesmos.

Os sopapos eram todos nossos velhos conhecidos. Até que, de repente, quem não era do bando já estava também batendo e levando.

Uma zorra. Soco daqui, cadeira dali, tabefe pra lá, bofetão pra cá, acabamos encurralados pelos sócios de verdade e pela diretoria em peso, posto que naqueles tempo não havia serviço de segurança pra coisa nenhuma.

Fomos levados aos tropeções e empurrões – uns bicos na bunda também - para uma sala que tinha apenas uma porta para o salão de festas e dois janelões que davam para dentro d’água.

Os dirigentes além de nos proteger, nos davam também um corretivo: avisaram que já tinham chamado a polícia.

Estávamos todos enfurnados lá naquele galpão, quando resolvemos dar no pé.

Escaparíamos pelas janelas. Diz então o Pé de Anjo:

- Boravamo dar no pé; simbora fugir logo.

- É pra já – disse Bandeira já enrolando os sapatos na camisa.

- Vou nessa – gritou Petiz.

- Tô me mandando – falou o veloz Fernandinho.

Aí, o Negão Patê, com ares de grande valentia, deu uma de bom:

- Eu fico. Vou encarar! Quem quiser fugir que fuja. Eu fico!

- Quiéisso – reclamou Fervido – vambora se escamar duma vez.

- Não, eu fico e vou bater de frente com esses bolhas – disse Patê, o Negão valentão.

- Ei Garanhão, diz pro Patê que ele não é o John Wayne – ponderou Careca.

Quando eu ia argumentar com o irredutível audaz, o Patê se rendeu e abriu o jogo:

- Eu fico! – gritou – Eu fico... Eu fico, porra! Eu fico por que...  eu não sei nadar, pô! – Confessou sussurrante, com a esperteza conveniente.

Aí, pronto! Dramatizamos: bolas, se fosse para o Patê morrer afogado, então morreríamos todos lutando. Não saiu ninguém em solidariedade ao único que não sabia nadar. Ficamos todos confinados ali mesmo. Até o fim do baile que foi até o sol raiar.

Lá pelas seis e meia da matina levamos um sermão dos diretores e, depois de darmos nossos endereços, saímos com o rabo entre as pernas. A polícia não tinha sido chamada.

MORAL DO GARANHÃO – Nós, os abusados somos todos compadres uns dos outros e a gente vive da proteção que damos a nós mesmos. Já os cumpanhêros...

PONTOS A PONDERAR...

01.

ELEIÇÃO 2022

Quem vota em ladrão é porque também quer voltar à cena do crime.

02.

PEDALINHATA

A tal ciclopasseata pró-Lul@lcaduco lá na Avenida Paulista foi um fiasco: deu com os burros n’água em pleno coração paulistano. Quem sabe agora o PT promove uma pedalinhata?!? Teria pelo menos a adesão garantida daqueles pedalinhos lá do Sitio de Atibaia que não é do Lul@lcapone, é dos amigos dele.

03.

CREDIBILIDADE

Um tal de Fernando Alfredo, presidente atucanado do PSDBolha de São Paulo, disse ontem na rádio que virou TV que confia ‘em todas as pesquisas’. Inda que mal lhe pergunte: você compraria um carro usado desse cara?!?

04.

BANDEIRADA

Pô! O STJ e, pasmem, até o STF, deram bandeira e rejeitaram a tal denúncia contra as ‘rachadinhas’ de Flávio Bolsonaro, cuja melhor referência é ser um dos filhos do Capitão. E foi assim que os lul@lcaponistas perderam mais uma bandeira nessa corrida desenfreada rumo ao Outubro Vermelho.

05.

DO GARANHÃO DE PELOTAS:

Alô, alô, Lul@lcapone! No presidencialismo, Democracia se faz com o presidente e o povo.

06.

PERPÉTUA

Quando curtiu aquela pequena temporada de menos do que 400 dias de cadeia na hospedaria da PF, em Curitiba, Lul@lcapone disse aos seus visitantes de todas as quintas-feiras que não queria indulto... Ele queria ‘provar’ sua inocência. Se não fosse o golpe do Fachinews, Lul@lcapone já estaria curtindo uma bela e merecida prisão perpétua.

07.

QUEM AVISA...

Não se distraia! Depois dessa Eleição de Outubro Vermelho, tudo pode acontecer. Inclusive, nada.

08.

BAD COMPANY

Ninguém quer eleger ninguém em São Paulo. Todos querem derrotar João Doria. Que, diga-se de passagem, não precisa da companhia de ninguém para estar sozinho e mal acompanhado.

09.

VOCÊ SABIA?!?

Para Bolsonaro, convidadas a participar da Comissão de Transparência do TSE, as Forças Armadas selecionaram “mais de 600 vulnerabilidades nas urnas inexpugnáveis”.

PONTOS A PONDERAR...

1ª Edição -15/maio/22 - Domingo

Por: Sérgio AO Siqueira

PRISCAS ERAS...

Eu sou do tempo em que, só porque era domingo / texto grande era respingo

HISTÓRIAS DO BRASIL CONTEMPORÂNEO

ERA UMA VEZ...  Em 15 de maio de 2017. Um conto de fadas que se desfazia.

O argentino Luiz Favre não tinha a menor utilidade para qualquer coisa no cenário político-social brasileiro, mas recebia R$ 20 mil mensais para ser marido de Marta Suplicy.

O delator premiadíssimo, João Santana, disse que o emprego foi dado a pedido de Marta porque Favre “não podia nem mesmo comprar uma bicicleta”.

E foi então que o galante tanguinolento passou a ter grana bastante para comprar quantas bicicletas quisesse por mês. Mas nem por isso ele teve controle emocional suficiente para entrar na pele de Marta. Tanto é que, naquele maio mesmo ele se mandou de malas e bagagens.

E foi que se foi deixando Marta falando sozinha.

AH/VENTURAS DO GARANHÃO DE PELOTAS

Ghostwriter: Sérgio AO Siqueira

O LÍDER

Por mais que lute e relute comigo mesmo, eu tenho uma coisa assim por dentro que não me deixa mentir. Não é sempre. Mas há dias em que sou um Garanhão de Pelotas bem assim e pronto.

Pois, eu estou hoje numa daquelas noites de happy hour interminável em Brasília. Comecei a bebericar com os colegas deputados, senadores, lobistas, operadores e receptadores, desde cedo.

Ao sair, por volta de seis e meia da tarde, de um dos Ministérios em que meio que mando e desmando, eu já estava bem parlamentar: puro espírito de porco.

Passei pela Churrascaria do Lago, me esbaldei numa Koskenkorva com nacos de laranja na casca, senti-me mais líder do que nunca e, abandonando minhas cansativas amizades resolvi ir sozinho e ainda assim mal acompanhado ao Gaf - um bunker, tipo boate e bar-restaurante da moda, lá nos escurinhos do Gilberto Salomão - ilhota de grandes casos pretéritos na Capital da República.

Um pouco antes, passei pelo restaurante e choperia Bierfass na esquina daquela antiga vida agitada brasiliense, dei uma canja ao piano da casa, cantei Night and Day à moda Sammy Davis, bem melhor que Frank Sinatra homenageando aquela biba, o Cole Porter.

Encaminhei-me para o Gaf. Entrei com o meu mais despojado ar de nobreza e, só por isso, a boate se iluminou como se a lua crescente tivesse ficado prenhe e, assim, cheia de si mesma tivesse invadido o salão.

Meu melhor olhar de lince garanhesco recaiu numa mesa redonda ocupada por quatro amigas estonteantes, alegres, descontraídas, bonitas, cercadas de queijos e vinhos.

Dirigi-me garboso e tentador para o balcão, onde já me esperava uma habitual finlandesa congelada, rodeada por laranjas in natura.

Senti que o olhar do quarteto arrasador convergia todinho para a minha caprichada e esbelta figura de displicente elegância. Nesses momentos, desculpe a falsa modéstia, eu sou irresistível.

Um par de olhos, eu vi, sobrepujou aos outros. Eram os olhos de Maria Rita. Olhos vivos, espertos que a levaram a tomar a dianteira sobre as demais companheiras sequiosas por esse bom-partido aqui, seu criado, obrigado. E eu liguei minhas antenas imaginárias e ouvi direitinho o que mais queria ouvir:

- Gurias, olhali, olhali o meu ídolo! É ele... O Garanhão de Pelotas!
- Quiéisso, menina?!? - espantou-se Dolores Sierra.
- É ele, é ele, meu ídolo, meu deputado, meu líder. Não acredito. Ele, o   Garanhão de Pelotas está aqui. Minha paixão...
- Você endoidou guria - disse Isabel, moderadora.
- Quê quieu faço? Não posso perder essa chance... E ele tá me olhando!
- Então, dá um jeito. Chama o garçom e manda um torpedo pra ele - aconselhou Mary Joana.

Não demorou nada o torpedo foi detonado. Enquanto acertava o alvo, Maria Rita dizia - minhas antenas ecoavam seus sussurros para as amigas - que para motel não iria comigo, a quem chamava murmurante de “aquele seu ídolo maravilhoso”, líder fantástico de suas jornadas de juventude rebelde com causa, de sonhos revolucionários e coisas tipo assim que mudariam o Brasil se tivessem dado certo.

Isabel, louca para acabar com aquele miniescândalo, foi lépida, faceira e prática:

- Tome, pegue aqui a chave do meu apartamento. Eu e Mary Joana vamos para o apê da Dolores e você carrega o Garanhão para o meu cafofo.

- Verdade?

- Fique lá até a hora que quiser. Amanhã no almoço a gente se fala.

- Combinado - disse Maria Rita, exultantemente agradecida.

Demorou coisa de duas ou cinco vodcas triplas pra mim e uma garrafa e meia de vinho depois para Maria Rita e suas amigas, para que o torpedo fizesse efeito. Consumada a aproximação, saí de braço dado e muito íntimo com Maria Rita pela porta principal do Gaf, deixando a noite quase sem brilho para trás.

As outras três amigas, decerto, ficaram imaginando loucuras a bordo da mesinha de degustações, namoriscos alhures e mais vinho de idioma chileno com sotaque do Vale de Maipo.

Até aí, tudo bem. Este seu Garanhão de Pelotas tinha partido de dentro de mim mesmo para mais uma das suas noitadas de sempre. A noite, no entanto, foi uma criança. Fui conciliar o sono, longe dali.

O que se passou, do momento em que parti para os braços de Morfeu na minha casa na Península dos Ministros, fiquei sabendo muito depois pelos relatos que mulheres não sabem guardar, nem mesmo quando devem ser em off e nem chegam a ser segredos de alcova.

A coisa caiu na esgotosfera. E vocês sabem, caiu na rede é peixe. Fiquem sabendo, assim como eu fiquei inteirado de tudo, porque a coisa veio às escâncaras para conhecimento geral da nação. Foi assim:

Estavam as três outras gurias ainda no Gaf, quando o telefone de uma delas tocou. Não eram nem duas horas da madrugada, ainda. A voz de Maria Rita reverberava nos ouvidos de Dolores Sierra:

- Gurias... Vocês não vão acreditar. Venham pra cá! - apelava a namoradeira.
- Mas, o que foi que houve? Tá tudo bem, foi bom pra vocês?
- Nem conto nada. Venham pra cá. Vamos acabar juntas... a noite por aqui.

Logo as três amigas se mandaram para a Asa Norte, morrendo de curiosidade. Loucas de atar pelas novidades. Invadiram o apartamento e ficaram frente a frente com Maria Rita, sozinha, vestida dos pés à cabeça e morrendo de rir no enorme sofá da confortável sala. Morria de riso nervoso.

- O que foi sua maluca; o que aconteceu? - quiseram saber as três.
- O meu líder é um... é um... é um horror!
- Como assim? - tentou saber Isabel.
- Um horror, esse líder é um pavor!
- Brochou? - perguntou Maria Joana
- Pior... Pô, que líder de merda! 

- É pequerrucho; tem aquilo roxo?... - tentou adivinhar Dolores.
- Quê nada. Que nada, não... quê tudo! O cara é brocha; é pequerrucho e grosso, sem noção! Que desagradável.

- O que foi, então, conta logo - implorou o trio afinado e a uma só voz.

Contam que aí, Mary Rita não aguentou e, aos risos largos e nervosos, narrou o diálogo que mandou para os porões da desilusão aquele sonho acalentado com o Garanhão de Pelotas que nem bem tinha começado e já terminara:

- Eu e o Garanhão chegamos aqui abraçados. Caímos nesse tapete aqui ó. Nos beijamos, meio que nos mordemos devagarzinho, fomos tirando as roupas e eu, eu enlouqueci nos braços daquele meu herói da juventude; aquele meu ídolo; meu líder... Meu tudo.
- E aí, e aí?... - quiseram saber mais.
- Aí eu consegui falar com ele... Quase sufocando.

O trio não aguentava mais de curiosidade:
- Ele é tarado, te bateu, te comeu? – Sugeria Dolores Sierra.

- O Garanhão de Pelotas é demoradão, é precoce? – Apressava-se Isabel.

- Conta logo, porra! – Exasperou-se de curiosidade, Mary Joana.

E Maria Rita então descreveu a cena: ele já estava sentado no sofá. Aquele homão, seu ídolo, seu líder. Ela não resistiu. E ela diz que foi ela própria quem ronronou para o seu grande líder:

- Vem, meu líder... Vem Garanhão, faça com que eu me sinta mulher.

E Maria Rita jurou para as amigas que eu prontamente fiquei só de camisa, sapatos e meias e então, melodramático, joguei as calças e a cueca para os seus braços abertos:

- Tome, pegue aí... Amanhã de manhã, você lava e passa pra mim.

Eu juro, por essa luz que me ilumina, que não me julgo capaz de uma grosseria dessas. Minha formação não permite. A menos que eu tivesse tomado muita vodca. Ou então só se eu fosse naquela noite, como de fato era, um deputado, um parlamentar líder das massas campesinas do meu País.

Pelo que sei, Maria Rita confidenciou às curiosas companheiras que se sentiu uma verdadeira Maysa Matarazzo: seu mundo caiu.

Fiquei sabendo que ela disse também para suas parceirinhas que só me deu tempo para que eu me enfiasse de novo nas calças e saísse porta afora. Nem me dei conta de que se escafedera ali o sonho varonil de uma revolucionária.

Eu, o grande Garanhão de Pelotas, seu líder, não passava agora de um ídolo de pés de barro. Só mais um nobre parlamentar... Pralamentar.

MORAL DO GARANHÃO - Você pensa o quê... Que o Garanhão é um herói que não perde nunca?!? Fica nessa des/ventura dessa ah/ventura a essência também de que, só no extremo caso de desempenhar o papel de um político é que o Garanhão de Pelotas pagaria tamanho vexame.

PONTOS A PONDERAR...

01.

O FIM DA POSE

Acabem com o Foro Privilegiado que o STFake perde toda a relevância.

02.

ELEIÇÃO 2022

Em matéria de 'poder moderador', só quem está presidente do TSE chega perto da força de manipulação dos cortesãos da Corte Magda, aquela que só diz e faz besteira.

04.

DEMOCRATERA

No fundo, no fundo, o sonho da oposição é não ter opositores. Sua democracia é todinha só de cumpanhêros.

05.

INDA QUE MAL PERGUNTE...

Que mal que a gente fez; que mal tão grande, para, sem ter roubado e nem deixado roubar, ter o mesmo tipo de liberdade que o Luladino-Ostentação?!? Desse jeito, a gente vai achar que o crime compensa.