BRASIL, UMA REPÚBLICA FEDERATIVA CONSTITUCIONAL
PRESIDENCIALISTA
O que vem
acabando com o Brasil; o que vem fazendo com que roubem e deixem roubar esse país;
o que vem colocando o crime organizado de gravata vermelha e colarinho branco
no lugar do Estado brasileiro é a herança maldita que FHC deixou sussurrante
nos estertores de seu segundo desastrado governo para Lula, então feiticeiro de
uma oca chamada PT, mas ainda sem taba, pronto a virar morubixaba: o
Presidencialismo de Coalizão.
Lula, baita
aprendiz, assim que virou presidente, em janeiro de 2003, tramou, organizou e sistematizou
com a perspicácia e a malignidade de seu triste caráter a ‘’estratégia da coalizão
pela governabilidade’’: uma rede de alta periculosidade e extremamente rendosa que
infiltrava cumpanhêros, opositores e indecisos, no maior número de instituições
públicas, transformando o Estado em um aparelho a serviço do governo do ainda
então pequeno ditador que Lula escondia no peito, sob a forma de alma mais
honesta do mundo.
CORRUPÇÃO À
FRANCISCANA
Tratava-se
de um sistema de compra e venda de almas, sem ideologia alguma. Pura
fisiologia. E de uma simplicidade franciscana: era dando que ele recebia.
Diante de qualquer opositor, a estratégia era simples: - O que é e quanto que você quer para ser meu aliado?
E voava
cargo público, ministérios, assessorias, lobbies, operadores para tudo que era
lado: democratas, republicanos, socialistas, comunistas, esquerdistas,
direitistas, centrilhões. Politicamente falando, eles só se davam e só se dão
por felizes quando satisfaziam e quando satisfazem suas necessidades fisiológicas.
Azar nosso
que o vetor da sua felicidade vem embrulhado e jogado para cima de nós: na cara
e no peito da sociedade que vive em cima de um mapa que já toma o feitio e os
odores de uma enorme, uma imensa cloaca.
Não há hoje nesse
país, uma única instituição pública e notória que esteja ‘’funcionando’’ que não
tenha pelo menos um alegre fisiologista, operando, propinando ou sendo
propinado; roubando ou deixando roubar, pelo virtuoso sentimento de gratidão a
quem lhe deu cargo, salário, poder... Um alegre fisiologista é pouco: há portas
atrás das quais se movimentam com toda sem-cerimônia bandos, pandilhas desses
sevandijas.
EPA! UM
CAPITÃO DAS ARMAS
E aí, eis
que surge de repente e não mais que de repente, um Capitão das Armas que
promete ao povo acabar com o tal Presidencialismo de Coalizão. O Capitão exterminaria
o maior sistema de corrupção estatal do mundo.
Era tudo que
o povo queria. Fez-se a vontade popular. O Capitão virou presidente. E a fonte
secou. O Capitão é um tosco assumido para negociações ditas ‘’políticas’’. A
estratégia de coalizão pela governabilidade emperrou.
A pandilha
de sevandijas deu-se tempo para respirar. Trocou figurinhas entre si, à mais
antiga moda da oração de São Francisco. E contra-atacou.
O primeiro contragolpe
foi embrulhar para presente de grego o Pacote Anticrime de Sérgio Moro. Depois
o desmanche de reformas da previdência, da administração, da política, do diabo
a quatro. Nenhuma Medida Provisória prospera. Nenhum projeto de lei acaba sendo
legal.
APARELHO
& CARTEL
E logo o
velho poder Executivo infiltrado de vilões e de venais, ainda fortemente
aparelhado, juntou forças com os muitos mais de 300 picaretas do Congresso
Nacional e seus similares legislativos do país de cabo a rabo, mais o Cartel
dos Leguleios com o auxílio luxuoso do pandeiro do Supremo Tribunal Foderal
para executar o grande concerto, a grande ópera bufa “Assassinos de Reputações’’.
Não, os
Filhos do Capitão, essa atrapalhada Legião Familiar, não têm bala na agulha para
desfazer a herança maldita de FHC, tão bem tramada por Lula como ‘’Presidencialismo
de Coalizão’’ e nem café no bule para saciar a fome de poder e riqueza dos
desalmados ‘’Assassinos de Reputações’’ no reino do troca-troca, do toma lá – dá
cá, dessa tal de pátria amada, Brasil.
SCRIPTUM
POST – Pode ser que eu me engane, mas a continuar assim, o Brasil está às beiradas de voltar a ser
uma república federativa constitucional presidencialista, bem como se deu em
1889. Simples assim. Sem coalizões. E então, não sei ainda a que tempo e nem
por quanto tempo o Estado brasileiro estará organizado em três Poderes: o Exército, a Marinha e a Aeronáutica.