PONTOS
A PONDERAR...
Por: Sérgio A. O. Siqueira
Porque hoje
é sábado / Na Justiça a esperança mixou / Porque hoje
é sábado / A Magda Corte é Casa de Show
01.
REQUEBROS SALVADORES
Basta olhar
os requebros nas ‘entrevistas’ concedidas pelos muitos mais de 300 picaretas do
Congresso Nacional, para ver que dinheiro na cueca é o que há de normal e
transparente. Chicueca Rodrigues não vai preso.
02.
CASA DE SHOW
Hoje, em razão
da quarentena, os canastrões da Grande Casa de Show, só conseguem interpretar
pequenos rasgos de virtude, porque seu palco iluminado é virtual. Suas atuações,
no entanto, estão sempre à altura de sua baixeza.
03.
O MONOCRATA SUPREMO
O cardeal Gilmuar
Richelieu, eminência parda de todos os poderes da República, disse ontem aos
jornalojões que o amam que é demagogia de Fux fuxicar as decisões monocráticas.
No fundo, no fundo, ele não quer mesmo é ter que esconder na cueca o poder de
decidir sozinho conforme os desejos de seus patrocinadores.
04.
NÃO SE DISTRAIAM
Não se
distraiam. Hoje, nos estertores do reinado que lhe resta até junho do ano que
vem, Big-McAuréolo será uma ameaça tão esplendorosa à democracia e à sociedade,
quanto o Cardeal Richelieu, arquiteto à brasileira do absolutismo bagaceira, ornamentado
por pinceladas de vaidosa e conveniente maldade. Está em compulsório fim de
carreira. E aí, tudo vale a pena quando a alma é pequena.
05
OS CINCO MOSQUETEIROS
Na Casa de
Show, o espetáculo pode estar fugindo das mãos do 5 Mosqueteiros: Athos Toffolião,
Portos Big-Mac, Aramis Levianowski, D’Artagnan Xandão e Gilmuar, o Cardeal
Richelieu. Eis que surge com todo o leite para deleite da Marias Antonietas da Magda
Corte e estupefação da plebe ignara e rude, o novo interprete momesco do Rei
Sol, Luiz Fuxicador, primeiro e único.
06.
O CUSTO DOS APANIGAUADOS
Não
demonizem, por favor, os servidores públicos desse país. Não demonizem os funcionários
de carreira, concursados, necessários e diligentes. Escrachem até acabar com a
orgia, os apaniguados sem mérito, escolhidos a dedo pelos senhores dos anéis,
os cabos-eleitoreiros terceirizados, os ocupantes indevidos dos cargos em
comissão, os afilhados sem concurso, sem aptidão e sem qualificação. Seu custo
nos custa os olhos da cara.
07.
INDA QUE MAL PERGUNTE...
Você acha
que Luiz Fux tem topete para enfrentar e fuxicar a Segunda Tribo da Taba das
Togas da Mironga?!?
08.
A VIDA BREVE NO MEC
Os grandes
planejadores, ocupantes dos mais altos cargos de confiança no MEC, não planejam
a Educação, o Ensino, a Pesquisa, a Extensão. Eles planejam, organizam o Ministério
da Educação. Trabalham o Ministério e não a Educação. Atuam todos eles numa pasta
ministerial, cujo empastelamento dura e perdura bravamente até à queda do seu ministro,
do próximo mandachuva e do outro que virá...
Mas aí, os
grandes planejadores, já não estarão por lá para ver o fim de seus programas,
mas ainda a tempo de assistir a mais um edificante e profícuo replanejamento
dessa Pátria Educadora, processado pelos apaniguados que chegam para ocupar
seus lugares e suas cadeiras de espaldar alto.
A triste
verdade é que os grandes servidores terceirizados do MEC têm o mesmo prazo de
validade dos seus ministros, todos eles de curta duração, de esvoaçante e
deslumbrada vida breve.
09.
O BRASIL d’EFICIENTE PARA UMA NAÇÃO DE DEFICIENTES
Então tá, vamos
acreditar que o IBGE desta feita não está tão longe de estar certo: disse e não
mandou dizer que 24% dos mais de 217 milhões de pessoas dessa pátria, amada,
Brasil têm algum tipo de deficiência.
Eia pois que
somos então pelo menos 45 milhões de habitantes desse Brasil d’Eficiente. E o
governo, um depois do outro, não sabe o que fazer porque só sabe fazer saber.
E o Consórcio
dos Veículos de Pompas Fúnebres, só pensa nos tais de ‘Criança Esperança’, ou
tonitruantes programetes similares -– que pouco ou quase nada têm a ver com
essa nação de deficientes, maior do que duas Argentinas inteiras com o Uruguai
de contrapeso. O Brasil dos deficientes é maior do que quatro Grécias, do que
meia dúzia de Bulgárias, ou de cinco Suíças.
Pense comigo:
o governo e os jornalojões fingem não saber que ligados intimamente às pessoas
com deficiências, há pelo menos outras 3 pessoas envolvidas: o pai, a mãe, um
irmão.
Sem levar em
conta os namorados das namoradas da família, ou os padrinhos e vizinhos amigos,
formamos então uma Nação de pelo menos 135 milhões de consumidores, trabalhadores,
desempregados, ou simplesmente brasileiros, intimamente ligados à questão da
cantada e decantada inclusão social.
A triste
realidade é que, por não sabermos ainda o verdadeiro significado do termo ‘inclusão’,
nem sequer nos animamos a trocá-lo pelo vocábulo ‘inversão’ que serviria para
colocar nós outros, tidos e havidos como portadores de uma forma, de um modelo
padronizado e eficiente de viver, no lugar dos nossos ‘diferentes’.
Pena que, na
realidade, não saibamos ainda o que significa o vocábulo ‘inclusão’ e
distorçamos ladinamente o significado de ‘diferentes’. Isso sim, é um Brasil d’Eficiente.
RODAPÉ – Pela
Constituição-Cidadã de 88, a educação é um direito de todos e um dever da família
e do Estado. É competência da união, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios: cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das ‘pessoas
portadoras de deficiência”... Até aqui e agora, a família identifica as
diferenças e o Estado, governo após governo, não sabe o que fazer. Acho que não
quer nem saber: esses 45 milhões de deficientes não votam.