01.
EU, CONFINADO E ELE...
Não tenho
tosse seca, não tenho coriza, não tenho febre, não tenho desânimo e, no entanto,
estou vivo. Até aqui, são e salvo. E confinado em prisão domiciliar, enquanto
Lulavírus anda soltinho da Silva por aí.
02.
HAI-KAI
A
vampirose / troca coronavírus / por Lulavirose
03.
DA CHINA, COM AMOR
Com aquele
tapa na chinesinha, o Papa despertou na China o espírito do coronavírus. Chico
Bento foi um dos primeiros a tossir e espirrar pelo Vaticano afora, depois que
abraçou e abençoou o Lulavírus da Silva.
04.
O ROTEIRO LULAVIRÓTICO
O Papa do
Tapa, depois de abençoar Lulavírus, só tossiu e espirrou, e fingiu que não fez
o teste do coronavírus; Lulavírus, o Divino, depois de abençoado espalhou-se
por Paris, Suíça e Alemanha por onde deixou seu lastro, até recolher-se em
quarentena com Janja que já está sentindo o que é bom pra tosse.
05.
O TAPA DO
PAPA
Ninguém me
tira da cabeça: tudo começou com aquele tapa do papa naquela chinesinha.
06.
TERCEIRO TESTE
Bolsonaro deve
fazer seu terceiro teste de coronavírus... Pô como esse cara gosta de ser
testado. Daqui a pouco ele vai querer ser tetra e penta, como se fosse a dupla Grenal
dos velhos tempos do futebol gaúcho.
07.
O FUTEBOL TEM DISSO...
Dupla Grenal, só em último caso
A propósito
dos velhos tempos do futebol gaúcho... Sempre que me descobrem gaúcho, me perguntam
se eu sou gremista ou colorado. Digo de peito aberto que não sou nenhum dos
dois.
E já vou justificando:
eu sou do tempo em que Grêmio e Internacional, como se fossem
sócios-fundadores, dominaram a Federação Gaúcha de Futebol e então, quais
bolsonaristas e lulaviróticos, eles bipolarizaram tudo.
A dupla Grenal
matou por muitos e muitos anos o futebol dos Pampas. Ninguém sabia que fim
tinham levado os outros praticantes do esporte bretão, o tal de ‘esporte das
multidões’ no estado de Bento Gonçalves e Anita Garibaldi que, embora batessem
um bolinha lá entre eles, não jogavam bulhufas de futebol...
E ninguém
sabia mesmo o que tinha sido feito com o Nacional, o Cruzeiro, o São José, o
Força e Luz, o Renner, o Aimoré, o Floriano, o Bancário, o Brasil, o
Farroupilha, o Pelotas, o Vovô Rio Grande, o São Paulo e o Rio-Grandense da
Noiva do Mar?!? Cadê o resto; por onde andava o resto?!?
Pois tinha
virado resto por muitos e muitos anos, como se apenas a dupla de Porto Alegre, naquelas
priscas eras, fosse digna de ser, de crescer e de ter torcedores. Desde aqueles
velhos tempos, não consigo ser gremista nem colorado.
Sou em
primeiro lugar, acima de tudo e em ordem alfabética, torcedor dos clubes da
minha pátria pequena que eu deixei no Sul: Fantasma do Fragata, Lobão e Xavante,
com uma leve saudade do Bancário, o simpático e falecido rubro-cinza da
Estação.
Depois
torço por qualquer time de qualquer cidade interiorana do Rio Grande do Sol,
Sal, Sul... E então só não torço contra a dupla Grenal quando ela joga contra
times de fora do Rio Grande do Sul.
Ah, sim...
Digo que sou Vasco da Gama, por que aos 9 anos de idade ganhei um time de botão
com as faixas do então Expresso da Vitória. Bolas, são mais de 70 anos
carregando esse trem nas costas.
Mas não é
por nada não; é só para inticar com flamenguistas, botafoguenses e outros de
somenos importância do futebol carioca; só para cutucar com cruzeiristas e
atleticanos, arremedo da dupla Grenal, lá nas Minas Gerais; só para azucrinar com
corintianos e palmeirenses, porque sou meio sampaulino e santista de quando em
vez e claro, sou tudo isso só para zoar a dupla Grenal.
Colorados
e tricolores ficam loucos da vida, quando dão com os burros n’água; um vascaíno
só fica de mal com o mundo quando não consegue ser rebaixado para ser a duras
penas um glorioso vice na Segunda Divisão.