PONTOS A PONDERAR...
1ª Edição – 30/ Abril /22 –
Sábado
Por: Sérgio A. O. Siqueira
PRISCAS ERAS...
Eu sou do tempo em que se colocava Bombril nas antenas de TV.
HISTÓRIAS DO BRASIL CONTEMPORÂNEO
ERA UM A VEZ... Este mesmo
último dia de abril, mas no ano da graça de 2015. E foi então que, como se
esperava, a 2ª Turma
do Supremo Tribunal do Governo Federal estava se saindo melhor do que a
encomenda.
No
dia de ontem, 7 anos atrás, a tchurma mandava de volta para casa com malas e
bagagens um bando de nove empreiteiros que estavam presos na hotelaria da
Polícia Federal em Curitiba.
Os
prezados cumpanhêros eram todos acusados de corrupção ativa e passiva, formação
de quadrilha sob o codinome de cartel, desvio, fraude em licitações e lavagem
de dinheiro.
A
2ª Turma autorizou então, na maior simplicidade e incomensurável bondade de
alma, coração e vida, a revoada daquelas aves de rapina para o doce aconchego
de uma boa prisão domiciliar, com o requintado e efêmero detalhe de uma
tornozeleira eletrônica para cada exemplar daquela fauna de predadores do
patrimônio que deveria pertencer a todos nós, brasileiros de segunda classe.
O
placar foi de 3x2 para o time dos presos de zelite. E os goleadores foram Teori
Zavascki, relator da tchurma; Gilmuar Menduende, o Estranho Bocage; e Dias
Toffolião, o Óbvio Lulante.
A
cambada foi de volta para o aconchego de suas casas, com a espalhafatosa e
falsa condição de não poder voltar às suas respectivas empresas, sob a ordem
dos dentes pra fora de devolver os passaportes em dois dias; de usar como adorno
as tornozeleiras eletrônicas; de 15 em 15 dias cada um deles apresentar-se à
Justiça, além de se submeter à determinação que nenhum deles poderia manter
contato com outros envolvidos na Operação Lava-Jato.
No
conjunto de restrições, nada constava contra a visita dos advogados de cada um
deles, quando bem quisessem e para o que bem entendessem. E era aí então que
morava o perigo. Cada nobre causídico poderia ser promovido a pombo-correio
naquela fauna de rapinagem.
E
o que se queria saber àquelas alturas nebulosas era apenas quem iria cuidar
daquela pandilha, 24 horas por dia. Desde aquela data querida, os brasileiros
de boa índole agradecem, penhorados, os relevantes serviços prestados pela
notável 2ª Turma do Supremo Governo brasileiro.
RODAPÉ
– Então é assim: o que ontem lhes parecia que esse tal de STFake quando tratava
de escândalos superlativos, como Mensalão, Pasadenão, Petrolão, agia como se
fosse um cartel de soberanos taxativos, hoje já não parece mais... Pois, é.
LENDAS URBANAS
Por: O Garanhão de Pelotas
Do livro jamais editado “Que Anarquia É Esta?!?”.
WEEKEND SEM A TURBA
Minha mansão, no Lago Sul, em Brasília era um verdadeiro clube. Aos fins de semana, velhos amigos do peito e uns que outros familiares de dias prósperos, começavam a baixar, na maior sem-cerimônia.
Convidavam-se para os sábados pela manhã, jogavam futebol-soçaite, caiam na piscina, davam raquetadas na quadra de tênis, comiam a feijoada mais carioca da Corte, ficavam para o café da tarde, carteavam, jantavam, esperavam o arroz-carreteiro e, de carta em carta, chegavam ao café da manhã do domingo na pérgula da piscina, iam a mais um jogo de bola, nadavam de novo e se atracavam no churrasco dominical à moda saideira. Ufa.
De repente,
sumiram todos. Assim, como que por encanto. Simplesmente deixaram de frequentar
minha casa que voltou à placidez e à calmaria das tardes de folga às margens
mais nobres do Lago Paranoá.
O vizinho da
frente, atônito diante da repentina mudança de hábitos, quis saber o que havia
acontecido:
- Oi, Garanhão, como
foi que você se livrou da turba?
- Barbada. Tomei dinheiro
emprestado dos amigos ricos e emprestei para os pobres.
- Simples assim?
- Simples. Mais ou menos
simples: não paguei aos que me emprestaram e disse pra eles que
os pobres saldariam a minha dívida.
O vizinho entendeu. Porque eram todos muito honrados, morriam de vergonha uns
dos outros. Os ricos por que não se animavam a cobrar; os pobres, porque não
podiam e nem pensavam pagar.
A turba da
churrascalhada lá em casa, no Lago Sul, nunca mais foi a mesma.
MORAL DA HISTÓRIA - Feliz de quem, nas coisas desse mundo não se vê obrigado, pelas artes e
manhas do destino, a colocar à prova a lealdade dos amigos.
PONTOS A PONDERAR
01.
SE HÁ DÚVIDA...
Aleixandão vem com tudo para revidar a chapuletada que levou do Capitão no golpe baixo do Daniel Bravata.... Antecipando o que vai fazer, assim que assumir o lugar de Fachinews no tribunal das contas sufragistas, puxadinho da Corte dos Entogados Pernas-abaixo, o truculento exemplar de perfil lombrosiano, ameaçou ontem que “liberdade de expressão não é liberdade de agressão”.
Pô, não sei se ele descobriu a pólvora, ou o ouvido da minhoca. Quando a agressão é só da boca pra fora o ataque é injúria, calúnia ou difamação; ou todos eles juntos e misturados. Nesses casos, o STFake não tem nada a ver com isso. A não ser denunciar a bravata ameaçadora a um tribunal de primeira instância.
Em caso de parlamentares difamadores e bravateiros, basta passar a bola para os árbitros infalíveis do Congresso Nacional.
Mas, Aleixandão foi mais longe e bravateou em tom de ultimato: “Quem colocar em dúvida a eleição será combatido com a força da lei”.
Como assim, “colocar em dúvida a eleição”?!? Ninguém duvida da eleição. E elas vêm sendo conduzidas com o auxílio luxuoso do pandeiro do TSE, desde 1932. Há 90 irretocáveis anos. Ninguém duvida da eleição. Se há alguma dúvida, toda a desconfiança é no fiscal da fiscalização
02.
ENTREMENTES...
A AGU – Advocacia Geral da União disse ontem que “Outro poder não pode rever o perdão a Daniel Silveira”. A AGU disse e dezenas de centenas de juristas e a Constituição falam a mesma língua. É o esperanto da linguagem da lei e da ordem. E, no fundo, no fundo... da democracia.
03.
O FUTEBOL TEM DISSO...
Renato Gaúcho é o preferido dos torcedores do Fluminense. Acho que é só porque ele fica mais bonito na base do Pó de Arroz do que o Abel Braga.
04.
DIA DO TRABALHADOR
Bolsonaro vai estar na Avenida Paulista. Lul@lcapone vai estar no Pacaembu. Acho que vai dar rima. Em tempo: sugestões, por favor, só In Box.
05.
O APUNHALADO
Lul@lcapone, encerrado em mais uma de suas tocas cheias de lul@lcaponistas ávidos pela volta aos aparelhos da sua putrefata máquina pública, pegou o rabicho do puxadinho da ONU que decidiu que Moro foi parcial nos julgamentos que o levaram ao seu brevíssimo período de cadeia, desancou o pau naquela imprensa que louvava os feitos da Lava-Jato. Lul@lcapone, pobre vítima, disse que “destruíram” a sua vida.
Quer dizer, na bocarra do farsola blasonador, ele nunca roubou nem deixou roubar. Foi sempre e comme d’habitude ‘apunhalado pelas costas’.
06.
EVENTO DO PDS
Nada mais meigo nem tão tristemente revelador: Lul@lcapone e Alckmista aplaudiram de pé o Hino da Internacional Socialista – uma ode consagradora contra a democracia.
Mas aí, a dupla de contorcionistas não estava ‘atacando a democracia’ e por isso não foram molestados e nem tampouco enquadrados pelo mesmo imponente cortesão que promete o combate “com a força da lei”.
Vai ver que o empoderado árbitro que veste toga não viu nada, não sabe de nada e, por isso e aquilo, não disse e nem vai fazer nada.
07.
DIGAM, SEM PESTANEJAR
Recebi pelo Zap-Zap e, pela dúvida criada, repasso a indagação. Por favor, digam sem pestanejar: “Se o Elon Musk quiser comprar o STFake, será que o Lul@lcapone vende”?!? Não vale botar aquele aparelho da ONU no negócio...
08.
PIOR
Pior, muito pior do que quaisquer pesquisas pré-eleitorais realizadas nesse país de lul@lcaponizados, é a cobertura que elas recebem dos ‘profetas do acontecido’ integrantes do Consórcio da Imprensa de Rebanho.
09.
INDA QUE MAL PERGUNTE...
O que pode ser pior e mais humilhante para o povo dessa ainda democracia, do que um ‘programa de governo’ alardeado por um descondenado empreendedor contumaz de corrupção ativa, passiva, suborno e lavagem de dinheiro?!?
Ainda bem que os brasileiros de boa índole já sabem que não se trata de ‘programa de governo’. Não passa do velho e ardiloso plano de poder. Poder e riqueza.
10.
ENFIM, O PRESIDENTE
Esse bailado esquisito em que os cortesãos da Magda Corte tiram os brasileiros para dançar e nem levam ‘carão’, começou quando o vassalo de Miguelito das Docas Temer, tacou o dedo no Ramagem derrubando-o da Chefia da Polícia Federal e o Pai dos Filhos do Capitão, ferido na sua prerrogativa constitucional, não acusou o golpe e não reagiu à altura.
Deixou por aquilo mesmo. Sem espernear e nem mostrar quem é que mandava nessa joça, Bolsonaro deixou a impressão de que chefiava um governo de passivos. Deixou aquilo por isso mesmo e os subalternos de Lul@lcapone começaram o ritual da usurpação do governo.
Se o que Bolsonaro fez agora com
o caso da perseguição a Daniel Silveira tivesse feito naquele episódio com o
Ramagem, não teria levado tanto tempo para se livrar do título de Rainha da
Inglaterra. Hoje, se você não estiver distraído, vai perceber claramente que
Bolsonaro está sendo, enfim, o presidente da República.