20 de mai. de 2020

PONTOS A PONDERAR...


NÓS, OS BOTOCUDOS, OU: MIXÓRDIA POLÍTICA, JÁ!

“Não reeleger ninguém’’ é uma boa. Pena que vamos cair na mesma arapuca de sempre. O voto é hoje a grande isca usada pela politicalha. Para ‘não reeleger ninguém’ vamos votar nos ‘novos’. E os ‘novos’ serão aqueles que já foram escolhidos pelos caciques das tabas partidárias. Vamos bancar os botocudos, como sempre.

Para que não digam que não falei de flores, vou me meter a propor uma tão lépida e faceira quanto urgente mixórdia metida a reforma política: eis que me animo a sugerir o voto distrital.

E o que é essa coisa?!? Pô, o voto distrital é aquele pelo qual deputados e vereadores são eleitos pela chamada maioria simples. Assim ó: você vota num candidato e seu voto vai diretamente para ele. Se ele for o mais votado será eleito, sem depender da quantidade de votos do partido ou coligação dele lá.
Nesse caso do tal voto distrital, o estado ou o município é, digamos, “recortado” de acordo com o número de cadeiras disponíveis. Se há 10 cadeiras para vereadores se acomodarem, a cidade será dividida em 10 regiões, os distritos.
A idéia é que essa divisão consiga equilibrar a densidade populacional entre os distritos, para que não haja grande disparidade de um ‘colégio eleitoral’ para outro. Cada distrito terá o direito de eleger um representante.
Cada partido poderá designar um candidato para concorrer em cada distrito. A maior mudança do sistema atual, o proporcional, para o distrital seria: os eleitores não poderiam mais votar em quaisquer candidatos, só naqueles concorrendo dentro do seu distrito – ou seja, de uma região da cidade.
As eleições seriam, praticamente, para eleger o representante de um bairro. Tá, tá bom, eu sei... mas, ‘curral eleitoral’ é o raio das intertelas da reberbelas da planfa que lamblanfa!
CRÍTICAS & PALIATIVO

Tem muita gente que critica o voto distrital. Eu, por exemplo, sou um dessa ‘muita gente’. É que esse sistema abre as portas para o clientelismo eleitoral que se dá quando o polipilantra faz sua carreira atendendo apenas e tão somente a demandas pontuais e de curto prazo.

E isso invariavelmente acontece quando eles dão um ‘chega pra lá’ no planejamento de longo prazo para as cidades, para a saúde, a educação, a mobilidade urbana e o desenvolvimento econômico, essas coisinhas bobas que deveriam ser o papel mais importante da politicalha.
Há outras desvantagens que só não apareceriam na política brasileira, se o Brasil se chamasse Kubanakan ou coisa parecida, como queriam e continuam querendo os Lulavírus da Silva.
A grande vantagem do voto distrital é que o sistema desmantelaria por bom tempo esse estado democrático de gaveteiros que rouba e deixa roubar. E antes que vocês caiam de pau à torta e à direita, saibam todos que no fundo, no fundo eu sou um anarquista, graças a Deus.

RODAPÉ NAS URNAS – Sim, sim... ‘’Não reeleger ninguém’’ é uma boa! Mas só por enquanto, tempo em que não nos importamos de bancar os botocudos.

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