Sanatório da Notícia : POR QUEM OS SINOS DOBRAM...

17 de out. de 2016

POR QUEM OS SINOS DOBRAM...

Naquela zoeira cometida por 200 gatos pardos bem pingados pela Polícia Militar, além de colarem cartazes nos postes os manifestantes não deixaram a vizinhança de Lula descolar olho durante a noite de São Bernardo do Campo com seus zumbidos, apitose e sinetas professorais.

Imaginei a cena do Lula dar o ar da graça, chegar curioso na sacada do seu duplex pensando ser uma serenata e querer saber:

- Por quem os sinos dobram?
- Dobram por ti, Lula - intrometer-se-ia um transeunte evetual que depois identificá-lo-iam como um tal de Ernest. Não, não o Hemingway. E nem o Ernesto que morava no Brás.

Seria apenas e tão somente um brasileiro mal dormido que sabe das coisas. Provavelmente bem informado pelo homem que melhor usa mesóclise no dia-a-dia palaciano. Inclusive à noite.

RODAPÉ - Se há quem possa imaginar uma mobilização nacional com 200 gatos todos pardos, por que eu não poderia imaginar um diálogo dessa natureza, em plena madrugada, entre um rico e um plebeu?!?

AOS INTERNAUVEGANTES

Esta é uma versão alternativa do blog original SANATÓRIO DA NOTÍCIA que pelos azares do destino cibernético há quase três meses não consegue entrar na ferramenta design.

Ficará no ar até que o impasse tenha solução.

O SANATÓRIO DA NOTÍCIA é, a partir de agora, o espaço alternativo que dará continuidade aos arquivos implacáveis do original e de outros blogs do mesmo autor:

Liberdade de Expressão, O Garanhão de Pelotas, Crime na Ponte, Cadeia de Notícias, Da Boca pra Fora, Esporte por Esporte, Fibra Paraolímpica...

Em suma, este blog deveria chamar-se Miscelânia.

O GARANHÃO DE PELOTAS

PEDRA FUNDAMENTAL

Era para ter nascido uma mulher / Porém, nasci varão, ó que grande sina. / Garanhão não é pra quem deseja e quer / Seja por aqui, ou nos confins da China.

E assim, se revelou ao mundo bobo / que, na velha terra daqueles que comem... / Lobo, mesmo quando mau, não come lobo / mas o homem é, sim, o lobo do homem.

Eu nasci em uma cidade honesta: / com pão e leite à soleira da porta. / Mas hoje, isto seria uma festa. / Favor não correr esse risco, nem morta.

A casa tinha porta e duas janelas / sempre abertas “para se ver o bonde” / que passava bem ali, na frente delas... / indo e vindo, sabe-se lá, pra onde.

Ah, verdureiro, padeiro e leiteiro: / a rotina daquelas antigas manhãs, / do amolador de facas e gaiteiro / e do balaieiro vendedor de maçãs.

Era tempo de ter o gás encanado / acho até que, um dia, cheguei a ver / Em um certo entardecer encantado / aquele último lampião acender.

Eu nasci quando eclodiu a Grande Guerra / Mas eu cheguei já sem qualquer compromisso... / Desmentindo que bom cabrito não berra / Saltei e gritei: - Nada tenho com isso!