GALERIA DE
PERFÍS DE TODOS OS LADOS
MEU TIPO
INESQUECÍVEL
República da
Toga da Mironga
Enrique
Ricardo Lewandowski veio à luz do Rio de Janeiro, no glorioso dia 11 de maio de 1948. Com 23 anos de
idade, fez-se bacharel em ciências políticas e sociais pela Escola de
Sociologia e Política de São Paulo. Mais tarde, Lewandowski não se
tornou juiz por
concurso, mas pelo quinto constitucional.
Ele
ingressou no Poder Judiciário num cabalístico 11 de setembro
de 1990, ainda distante então do fatídico 11 de Setembro das Torres Gêmeas lá
dos States. Ele entrou no ramo por escolha de Orestes Quércia, após
indicação da OAB, para compor o Tribunal de Alçada Criminal de São
Paulo. Por ali ficou até ser promovido ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.
De origem judaica, não foram poucos os Lewandowski que imigraram
para o Brasil na primeira metade do Século 20. Entre eles, os pais do hoje ministrel
do Supremo, Ricardo Lewandowski.
Exerceu a
advocacia de 1974 a 1990. Ocupou os cargos de Secretário de Governo e de
Assuntos Jurídicos de São Bernardo do Campo, cidade onde cresceu
como cumpanhêro da família do breve metalúrgico Lulavagem da Silva. Em São
Bernardo presidiu a Empresa Paulista de Planejamento
Metropolitano (EMPLASA) de 1988 a 1989.
Lewandowski
foi feito desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.
E até exerceu a vice-presidência da Associação dos Magistrados
Brasileiros de 1993 a 1995.
E aí deu-se
que, em 2006, ele foi indicado e apadrinhado pelo então presidente-aparelhador
desse País, Lulavírus da Silva ao cargo de ministro do Supremo.
E foi então que a Lâmpada apagou; a pista escureceu e o que era bom, o gato
comeu...
Eis
que desde aquelas priscas eras de março de 2006, ele é ministro do STF que aí
está. Ele até presidiu a Corte entre 2014 e 2016.
De especial
em sua carreira, tem o triste fato de ter exercido também - por um golpe urdido
e consumado por Renan Calheiros, o caubói dos gados fantasmas - a função inesquecível
de presidente do Senado Federal para fins e acomodações
do processo de impeachment de
Dilmandioca Sapiens, aquela que pelas mesmas mãos de Lulavagem chegou a ser até
presidente desse país.
Lewandowski tem
no seu perfil virtual , notória atuação como revisor da Ação Penal 470, processo em que foram julgados
os delitos cometidos no chamado mensalão, um esquema de suborno de
parlamentares para compra de votos pelo alto escalão do governo Lulavirulento, financiado de cabo a rabo
por grosso desvio de dinheiro público.
Ninguém
jamais esquece que na primeira sessão do julgamento, nosso ‘personagem da
semana’ discutiu curto e grosso com o relator do processo, Joaquim
Barbosa, que criticou o posicionamento de Lewandowski, para quem os
réus sem foro privilegiado deveriam ser julgados na
primeira instância judiciária, o que demandaria o desmembramento do processo.
A manifestação de Lewandowski foi acompanhada pelo
ministro Marco Aurélio Mello, mas os demais membros do
tribunal decidiram que todos os réus da ação (mesmo os réus sem direito a foro
privilegiado) seriam julgados pelo STF.[29]
No
decorrer do julgamento, o caldo engrossou: Lewandowski entendeu que não houve
formação de quadrilha, inocentando os réus quanto a esse crime.
Ele também bateu pé e defendeu a inexistência de compra de votos
pelo PT para aprovação de reformas legislativas, acatando a tese da defesa Lulática
e consignando que os valores ilicitamente obtidos se destinavam exclusivamente
ao financiamento de campanha do partido do cumpanhêro Lulavagem, então proprietário
do governo brasileiro.
Bonzinho,
bonzinho, Lewandowski votou pela absolvição do ínclito João Paulo Cunha. Na ocasião do voto, o
advogado do então deputado pelo PT paulista disse que saiu "de alma
lavada". Cunha foi acusado de receber R$ 50 mil de propina pelo
suposto favorecimento da agência de Marcos
Valério em licitações.
E na sua saga pelo bem-estar
da petelhavacalhagem, ele votou pela absolvição do ex-chefete da Casa
Civil, Zé Dirceu, concluindo em seu voto que o
Ministério Público não provara qual ação específica o réu, Guerrilheiro de
Festim, teria praticado.
Opondo-se,
peremptoriamente, ao Ministério Público e ao relator, que apontaram o
ex-ministro como chefe do esquema, Lewandowski disse que o réu "abandonou
as lides partidárias ao assumir a Casa Civil". Para ele, os assuntos
financeiros do PT eram tratados pelo tesoureiro do partido, Delúbio
Soares. E a este sim diga-se, a bem da verdade, Lewandowski condenou
por corrupção ativa.
O voto de
Lewandowski pela absolvição de José Dirceu quanto ao crime de corrupção ativa,
e seu voto pela absolvição do referido réu pelo crime de formação de quadrilha
foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, Rosa Weber e Cármen Lúcia – por acaso, todos feitos ministros pelo PT.
Ainda bem que a cumpanherada restou vencida, já que os demais pares e ímpares
da Casa votaram com o relator pela condenação.
E
porque hoje é sexta-feira, assim se digeriu por aqui, à moda Seleções do Reader’s
Digest, mais um perfil da espécie “Meu Tipo Inesquecível’’.
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