10 de jul. de 2020


GALERIA DE PERFÍS DE TODOS OS LADOS
MEU TIPO INESQUECÍVEL
República da Toga da Mironga

Enrique Ricardo Lewandowski veio à luz do Rio de Janeiro, no glorioso dia 11 de maio de 1948. Com 23 anos de idade, fez-se bacharel em ciências políticas e sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Mais tarde, Lewandowski não se tornou juiz por concurso, mas pelo quinto constitucional.

Ele ingressou no Poder Judiciário num cabalístico 11 de setembro de 1990, ainda distante então do fatídico 11 de Setembro das Torres Gêmeas lá dos States. Ele entrou no ramo por escolha de Orestes Quércia, após indicação da OAB, para compor o Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo. Por ali ficou até ser promovido ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.
De origem judaica, não foram poucos os Lewandowski que imigraram para o Brasil na primeira metade do Século 20. Entre eles, os pais do hoje ministrel do Supremo, Ricardo Lewandowski.
Exerceu a advocacia de 1974 a 1990. Ocupou os cargos de Secretário de Governo e de Assuntos Jurídicos de São Bernardo do Campo, cidade onde cresceu como cumpanhêro da família do breve metalúrgico Lulavagem da Silva. Em São Bernardo presidiu a Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (EMPLASA) de 1988 a 1989.
Lewandowski foi feito desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. E até exerceu a vice-presidência da Associação dos Magistrados Brasileiros de 1993 a 1995.
E aí deu-se que, em 2006, ele foi indicado e apadrinhado pelo então presidente-aparelhador desse País, Lulavírus da Silva ao cargo de ministro do Supremo. E foi então que a Lâmpada apagou; a pista escureceu e o que era bom, o gato comeu...
Eis que desde aquelas priscas eras de março de 2006, ele é ministro do STF que aí está. Ele até presidiu a Corte entre 2014 e 2016.
De especial em sua carreira, tem o triste fato de ter exercido também - por um golpe urdido e consumado por Renan Calheiros, o caubói dos gados fantasmas - a função inesquecível de presidente do Senado Federal para fins e acomodações do processo de impeachment de Dilmandioca Sapiens, aquela que pelas mesmas mãos de Lulavagem chegou a ser até presidente desse país.

Lewandowski tem no seu perfil virtual , notória atuação como revisor da Ação Penal 470, processo em que foram julgados os delitos cometidos no chamado mensalão, um esquema de suborno de parlamentares para compra de votos pelo alto escalão do governo Lulavirulento, financiado de cabo a rabo por grosso desvio de dinheiro público.
Ninguém jamais esquece que na primeira sessão do julgamento, nosso ‘personagem da semana’ discutiu curto e grosso com o relator do processo, Joaquim Barbosa, que criticou o posicionamento de Lewandowski, para quem os réus sem foro privilegiado deveriam ser julgados na primeira instância judiciária, o que demandaria o desmembramento do processo. 
A manifestação de Lewandowski foi acompanhada pelo ministro Marco Aurélio Mello, mas os demais membros do tribunal decidiram que todos os réus da ação (mesmo os réus sem direito a foro privilegiado) seriam julgados pelo STF.[29]
No decorrer do julgamento, o caldo engrossou: Lewandowski entendeu que não houve formação de quadrilha, inocentando os réus quanto a esse crime.
Ele também bateu pé e defendeu a inexistência de compra de votos pelo PT para aprovação de reformas legislativas, acatando a tese da defesa Lulática e consignando que os valores ilicitamente obtidos se destinavam exclusivamente ao financiamento de campanha do partido do cumpanhêro Lulavagem, então proprietário do governo brasileiro.
Bonzinho, bonzinho, Lewandowski votou pela absolvição do ínclito João Paulo Cunha. Na ocasião do voto, o advogado do então deputado pelo PT paulista disse que saiu "de alma lavada". Cunha foi acusado de receber R$ 50 mil de propina pelo suposto favorecimento da agência de Marcos Valério em licitações.
E na sua saga pelo bem-estar da petelhavacalhagem, ele votou pela absolvição do ex-chefete da Casa Civil, Zé Dirceu, concluindo em seu voto que o Ministério Público não provara qual ação específica o réu, Guerrilheiro de Festim, teria praticado.

Opondo-se, peremptoriamente, ao Ministério Público e ao relator, que apontaram o ex-ministro como chefe do esquema, Lewandowski disse que o réu "abandonou as lides partidárias ao assumir a Casa Civil". Para ele, os assuntos financeiros do PT eram tratados pelo tesoureiro do partido, Delúbio Soares. E a este sim diga-se, a bem da verdade, Lewandowski condenou por corrupção ativa.

O voto de Lewandowski pela absolvição de José Dirceu quanto ao crime de corrupção ativa, e seu voto pela absolvição do referido réu pelo crime de formação de quadrilha foi seguido pelos ministros Dias ToffoliRosa Weber e Cármen Lúcia – por acaso, todos feitos ministros pelo PT. Ainda bem que a cumpanherada restou vencida, já que os demais pares e ímpares da Casa votaram com o relator pela condenação.
E porque hoje é sexta-feira, assim se digeriu por aqui, à moda Seleções do Reader’s Digest, mais um perfil da espécie “Meu Tipo Inesquecível’’.

Nenhum comentário:

Postar um comentário