3 de dez. de 2018

OS RÉUS DA SEGUNDONA

Nesta terça-feira há um arremedo de julgamento na Gaiola Dourada. Na verdade, a Segunda Turma não vai julgar mais esse pedido de liberdade de Lula para Lula. O que vai estar em pauta é o julgamento do caráter de Sérgio Moro e do poder de justiça da Lava-Jato. Simples assim.

ERA UMA VEZ...

Era uma vez um caçador de marajás que virou presidente da República. Breve presidente. Foi defenestrado pelo janelão dos fundos do Palácio do Planalto, pelo Congresso Nacional que o boicotou e o despachou. 


Resultado de imagem para collor, fhc, lula, dilma, temerEra outra vez, um metalúrgico breve que, a serviço dos porões, saltitou portões e virou presidente da República. Não brigou com os 300 picaretas que dedurou na Câmara e no Senado e manteve-se no poder por oito intermináveis anos e mais cinco ou seis na confortável companhia de Dilma e Michel Temer. 

Pena que não foi defenestrado, posto que - em honra e glória a FHC seu príncipe antecessor - instalou o crime organizado na máquina pública que transformou em máquina de lavagem de dinheiro. 

Vejam que era uma vez que foi uma vez... e o caos ético, moral e político se estabeleceu. E muito bem até: em cada estabelecimento público, foi montado um balcão de compra e venda de almas e espíritos de porcos. 

Resultado de imagem para Bolsonaro big bangEis que, de repente e então não mais que de repente, era uma vez... a Operação Lava-Jato. E eis que era uma vez o que era doce... 

E acabou-se o que era doce... Quem comeu regalou-se. 


E aí, de novo, era uma vez... Aí vem Bolsonaro, O Impoluto e a bandidagem veste luto. Vai montar um governo sem presidencialismo de coalizão. Não tem mais toma-lá, dá-cá. Não tem mais coalizão com o Legislativo nem com o suprassumo do Judiciário. 

Isso vai dar bode. Na sala, na rua, na chuva, na fazenda, na Esplanada dos Ministérios e, então, sem o Supremo do seu lado e estando de mal com o Congresso, instalar-se-á o mais moderno e previsível caos. 

E aí, então, o que será de nós?!? ''Nós" aqui, quer dizer eu, tu, ele, nós, vós, eles. Pô, Bolsonaro não poderá governar! É o caos! É o caos!  Será... Será o caos. E daí,  e daí?... 

Daí, grande coisa. 

Nenhum caos nesse país será pior do que a balbúrdia, a mixórdia, o destrambelho desses anos de patifaria nesses últimos 15 anos de maldades e sem-vergonhices desde os estertores do segundo governo FHC, até os oito anos da gandaia de Lula e da temporada de lambança da Dilmandioca Sapiens, arrematada com fios de ouro pela agulha do crocheteiro Temer. 

Então, eis que não há porque tremer, nem desesperar. Se é para termos um caos governamental sem cumplicidade com a parte putrefata do Judiciário e sem conluios com os mercadores do Congresso Nacional, então que venha o caos; e o Brasil que se exploda. 

O que mais precisamo é de um novo Big Bang. Bolsonaro talvez seja essa explosão que venha dar nova origem ao Brasil; aquele Brasil do qual o Criador do universo não se importava que dissessem que Deus era brasileiro.

Se não for essa explosão, se Bolsonaro não for essa explosão toda, se ele não for esse novo Big Bang... grande coisa. Não faz mal algum. Afinal, quem já está acostumado não estranha.

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