7 de set. de 2018

ELEIÇÃO
Não confundam solidariedade com adesão. Bolsonaro está no segundo turno. A facada pode ter extirpado um bom pedaço da rejeição.

MEU MOSQUETÃO MAUSER

Há mil anos, eu servi compulsoriamente ao Exército brasileiro. Prestei no 9º RI o chamado serviço militar, então, obrigatório. Servi na CCS - Companhia de Comando e Serviço, do 1º Batalhão. Nos treinamentos com mosquetão Mauser, fui o 'melhor tiro' do Regimento. 

Fui escolhido pelo comandante, general Plácido Nogueira - que já me levara para o G.A. Farroupilha, o Fantasma do Fragata - para representar o 9ºRI na competição nacional de tiro do Exército brasileiro que se realizaria em Santa Maria da Boca do Monte. 

Pedi para ser recebido pelo comando do Regimento. E solicitei dispensa da honraria. Plácido Nogueira quis então um motivo plausível para autorizar a minha dispensa. Foi barbada:

- Comandante, eu só fui o "melhor tiro" do Quartel porque tenho pavor de armas de fogo. Caprichei o quanto pude em cada disparo, para não ter que repetir nenhum e me livrar logo do mosquetão.
- Mas, você é um soldado.
- Sim, comandante. Mas tem jogo do Farrapo, na mesma data...
- Tá dispensado, soldado. E no domingo, ai de você se errar o alvo contra o Xavante.

Fui dispensado. E nunca mais na vida peguei em arma de fogo. Mas, em compensação, fui tricampeão juvenil pelo Farrapo. Essa historinha simplória e verdadeira aconteceu há 60 anos exatamente.

RODAPÉ - Sei atirar, tenho boa mira e coisa e tal, mas acho que ao invés de uma arma para cada brasileiro, deveriam antes dar um colete à prova de balas.

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