25 de mar. de 2018

SOMOS TODOS IGUAIS PERANTE A LEI... MENOS OS QUE NÃO PODEM CONTAR COM O MANTO PROTETOR DO STF

No Brasil somos quase 210 milhões de habitantes. Somos 'todos iguais perante a lei'. Sabemos que não somos todos honestos perante a Deus e o diabo na Terra do Sol. Como todos, bons e maus, somos bonzinhos de vez em quando, calculemos bondosamente que apenas 10% de 'desencaminhados' ou 'perseguidos' sejam flagrados pela Justiça. 

Seriam 21 milhões de réus. Como perante a lei somos todos iguais, esses 21 milhões de 'inocentes até prova em contrário' têm o mesmo 'mais amplo direito à defesa' de fio a pavio, de cabo a rabo.

Isso quer dizer que 21 milhões de réus só deveriam começar a cumprir pena depois de passarem pela primeira, segunda, terceira instâncias e todos, sem exceção, chegarem à barra da quarta da notória quarta instância, o nosso colendo Supremo Tribunal Federal. 

Seriam, então, 11 notáveis seres incríveis, fantásticos e extraordinários julgadores encarregados de decidir 21 milhões de processos, coisa de 2 milhões de casos para cada supremo ministro. 

Isso, no caso de que nenhum dos 21 milhões de réus não se deixe cair novamente em tentação, como é o caso do compatriota Lula da Silva que, além do triplex, tem por enquanto mais seis casos já formalizados contra ele, alguns imediatos como o rolo dos caças suecos e o sítio de Atibaia que não é de ninguém - ambos sob a Vara de Sérgio Moro. 

Em assim sendo, a tal de 'última instância' é um piso superior sem escadas para os menos iguais perante a lei. 

Só chegam lá os bandidos de maior sucesso, os delinquentes com muito poder e dinheiro, que desfrutam de elevador especial para serem muito mais iguais perante a lei. 

E é essa diferença que mostra a aberração constitucional que dá existência e poder a uma Corte de supremacia absoluta como o Supremo Tribunal Federal - retrato falado de notória incapacidade para julgar 21 milhões de processos.

Sem essa excrescência da Justiça, com os condenados cumprindo suas penas após a segunda instância, esse Brasil de quase 210 milhões de almas tão honestas quanto a alma que o Lula diz que tem, estaria muito melhor servido em termos de justiça e igualdade social. 

Podem fechar hoje mesmo o STF por suprema incapacidade de atuação, por suprema desigualdade social e pela suprema farsa que, na prática, acima de toda e qualquer teoria leva os piores crimes e os maiores criminosos ao caminho da impunidade pela inevitável prescrição.

O fim do Supremo Tribunal Federal já não é só uma questão de justiça para com a Justiça: 11 luminares jamais poderiam julgar em um ano de profícuo trabalho, de segundas a sextas-feiras, oito horas por dia, 21 milhões de processos. 

O fim do Supremo Tribunal Federal é uma questão matemática. Faça os cálculos. Você vai concluir que as contas não batem.

RODAPÉ - Para o Brasil - País da Corrupção, apenas 21 milhões de desonestos é um escárnio, puro deboche. A propósito, ontem no supermercado, uma senhora sorridente me passou pra trás na fila do Caixa. Ah, sim... O 'ministro' Batocchio, defensor de Lula, furou a fila de 4 mil habeas porcus que estavam na sua frente lá no STF.

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