19 de ago. de 2020


PONTOS A PONDERAR...

Por: Sérgio A. O. Siqueira

01.

CELSO DE MELLO PEDE LICENÇA... OU: LULAVAGEM PEDE PASSAGEM

Com saúde, vida, conceitos, preconceitos, leis e justiça, não se brinca. A menos que você seja um jornalojista submisso ao Consórcio dos Coveiros da Notícia – Globo, Extra, Estadão, Folha e portais G1 e UOL.

Então quando alguém pede afastamento por licença médica, ainda que seja um dos 11 cortesãos da Supremacia Tribufu, é de se acreditar que não se trate de mais uma tramoia da história pública e notória dessa Corte de doutos insubstituíveis, até que o tempo se esgote, ou se apague a velha chama.

Pois, agora o cortesão decano curto Celso de Mello vai pedir licença médica da mais Nobre Casa da Justiça desse País, hoje no maior destrambelho legal e jurídico.

Quando agosto começou, o Douto de Tatuí, fez uma bateria de exames e soube que teria de submeter-se a uma nova cirurgia. Seu gabinete não deu um pio a respeito.

Sabe-se que foram exames gerais e minuciosos. Inclusive teria passado no de fezes, com louvor. Mas isso fica por conta das tradicionais fontes jornalojistas especuladoras de sempre, ou quase sempre. Ou, para não ser injusto com o jornalojismo vigente, corre por conta da mais fluente liberdade de impressão. Os caras se impressionam e se expressam à vontade de sua imaginação.

O arcaico Celsinho é o cortesão que está há mais tempo no gozo da vida de catilinárias e bobageiras da Magda Corte. Tanto é verdade que ele vai dependurar a toga quando novembro vier.

Mas isso aí, ó.… tanto fez, como tanto faz ou faria: o diabo é que o seu abandono do cotidiano da Casa Grande Senzala, pode destrambelhar de vez o destino de casos explosivos hoje malandramente pendentes na Segunda Turma da Supremacia Tribufu.

Coisinhas de nada, tipo assim aquela reclamação do Lulavagem que pede a suspeição de Sérgio Moro. Aquilo ali, como diria Fernandinho Beira-Collor noutros tempos, “é dinamite pura”.

Lulavagem, condenado em 3 instâncias a mais de 30 anos de cadeia fechada, por corrupção e lavagem contumaz de dinheiro, pode se livrar das condenações e até concorrer a qualquer eleição que venha por aí, como se um ficha-limpa ele fosse.

Traduzindo do português para o português: a Segunda Turma é poda de árvore cheia de galhos; afora o decano curto que se afasta por licença médica ficam, para tudo decidir ao seu jeito e feitio, os ínclitos Gilmuar e Levianowski de um lado e, do outro, meio que fondo pelo meio, restam a notável Cármen Lúcida e o intimorato Edson Frachin.

É bom que, a bem da verdade, se diga que em processos criminais, caso haja empate, - na melhor das hipóteses, nessa Segunda Turma tudo sempre pode acabar em 2 a 2 – a igualdade no placar virá com sabor de vitória para o réu.

O inusitado, incrível, extraordinário de tudo é que, nesse caso, o réu vencedor atenderia pelo codinome de Lulavagem da Silva, o candidato dos pobres, fracos e oprimidos.

Que coisa linda quando tudo acontece por acaso, assim de repente, não mais que de repente, saindo do nada, apenas por coincidência. Coincidência, casualidade, sim senhor; coincidência, casualidade de quem se acha no direito e com o poder de inventar caso a caso, o destino de pessoas e até de um país. Nesse triste caso, o nosso País!

Na vida da nossa sociedade pode ser difícil acreditar em coincidência, em casualidade, mas no âmbito desse elenco de cortesãos da Magna Corte mais do que difícil é impossível acreditar que algo aconteça por mera coincidência, por simples casualidade. Na história dessa República da Toga da Mironga, nada acontece por acaso.


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