18 de ago. de 2020

PONTOS A PONDERAR...

Por: Sérgio A. O. Siqueira

Porque hoje é terça-feira / A vida por aqui, vai que vai a mil... / Porque hoje é terça-feira / 7 crianças violentadas por dia no Brasil

01.

PRENDERAM O TIO ESTUPRADOR

Pronto! Prenderam, em Betim, nas Gerias, o tio estuprador da menina capixaba de dez anos que ontem foi submetida a um aborto. Mal posso esperar pela primeira noite do homem na cadeia. Na melhor das hipóteses vai ficar de olho arregalado. E com uma aliança de cordão no dedo.

02.

A MOLA DE ARAS, O AUGUSTO

Aras, o Augusto serviçal do Capitão na PGR estava com o pé que era um leque para defenestrar Deltan Dallagnol da Lava-Jato. Aí, o decano curto Celso de Mello acordou e trancou a tramoia para cortar em fatias a operação que apavora os mecânicos da máquina de corrupção que vem triturando o Brasil.

Aras, o Augusto ficou com cara de tacho. Mais ainda. Ele, no entanto, não vai desistir. Desmantelar a Lava-Jato é a mola propulsora de Aras para sua arremetida ao Supremo Tribufu.

03.

O COMBATE À CORRUPÇÃO FOI PARAR EMBAIXO DO TAPETE

Sinto muito, porque ainda torço até demais para que o governo Bolsonaro dê certo. Mas, Ricardo Barros é uma ilha cercada de denúncias de corrupção por todos lados, desde a Prefeitura de Maringá até à Esplanada dos Ministérios.

Ele aceitar o posto de líder do governo na Câmara não admira nem tira pedaço de ninguém. O que dá nos nervos é Bolsonaro saber de quem se trata e, num acesso Lulastimável de bagaceirada política, colocar como seu porta-voz e ponta-de-lança de seu governo, um deputado que ainda não conseguiu esclarecer a pilha de gravíssimas acusações que carrega nas costas largas.

Ao se igualar desse jeito, sem tirar nem pôr, ao Lulavagem da Silva, Bolsonaro revela sem querer, mas com enorme clareza, os motivos pelos quais Sérgio Moro, O Lava-Jato Ambulante, pediu o boné e se mandou para longe, bem distante, de tão honoráveis companhias: o combate à corrupção ficou mesmo bem para lá de um segundo plano; foi parar embaixo do tapete.

RODAPÉ – Nem vem que não tem, com essa balela de presumida inocência. Essa coisa de ‘cadê as provas, cadê?!?” já era; foi sempre o discurso de Lulavagem da Silva, até que – assumindo a culpa – mudou a estratégia e resolveu invalidar os julgamentos que lhe deram os mais de 30 anos de cadeia em regime fechado que ainda está caloteiramente devendo ao Brasil.

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