19 de nov. de 2019

PONTOS A PONDERAR...



SOY CONTRA, OU: MY WAY, UM DESOBEDIENTE CIVIL
Em matéria de governos de ‘mierda’ estou sempre de nariz torcido: si los hay ‘soy contra’. Estou sempre me opondo e me indispondo. Sou por natureza e de nascença um desobediente civil. Eu me oponho a toda e qualquer ordem que se comporte com e como injustiça. Se um governo, qualquer governo, é assim metido a opressor e malcomportado, eu sou contra.
Esse é o meu lado Mahatma Gandhi, desprovido de seus pendores de dormitares hinduzidos com afilhadas dimenor – como devem estar exagerando seus historiadores.
Talvez seja até a minha porção Martin Luther King se manifestando sempre que os governos não atenderem e até frustrarem os anseios da sua sociedade. Desobediente civil convicto, me dou o direito de abjurar, afrontar e até censurar o que seja ou pareça ser governo de ‘mierda’.
Tenho sido desobediente civil convicto desde 1985, quando Zé Sarney, um reles Marimbondo de Fogo, assumiu a ‘redemocratização’ do meu País. Tenho confrontado e desobedecido todos os governantes de lá para cá, sem lutar fisicamente contra eles, todos eles. E porque não lhes reconheço nenhuma condição moral, eu não lhes dou nenhum apoio e nem sequer permito-lhes que me apoiem. Bolas, quem eles pensam que são?!?
Minha desconformidade é facilitada pela merecida aposentadoria que hoje desfruto: por ela não tenho que responder a ninguém por me recusar a pagar impostos a governos que não merecem respeito nem confiança. Então não pago impostos e pronto, taí a minha ‘desfeita’, um pouco da minha desobediência civil.
Resultado de imagem para presidentes brasileiros de sarney pra cá.Sempre que posso me rebelo contra esses governos e governantes que temos padecido de Sarney até hoje, todos iguais – sem tirar nem pôr. Salvo, por enquanto, essa temporada de Bolsonaro que deu uma estancada na sangria das licitações roubadas e fraudulentas.
E até que nem é tão difícil ser assim do contra; chega a ser até compensador: não faço nada contra mim mesmo, mas também não preciso dar com paus e pedras no bandoleiro de plantão: consola-me um pouco parar de obedecê-lo. E vou até mais adiante: sempre que possível contamino meus circunstantes com a minha febre de desobediência permanente contra a má-formação do Estado e contra a submissão do povo a tais governos e tais autoritárias autoridades.
Não estranhem, pois, o fato de não me encontrarem por aí, nessas ‘mobilizações’ de rua. Não tenham pena de minha falta de ousadia de me incorporar à voz rouca das ruas. Minha pena é a pena que fere mais que a faca que se embarrigou em Bolsonaro. Meu velho pai, Juliné da Costa Siqueira, causídico poeta, seresteiro e enamorado pela vida me dizia e eu aprendi que ‘’a palavra pode ser mais afiada que a espada’’.
Enquanto eu puder repassar-lhes meus conceitos de reação e desobediência contra o Estado bandido, o Governo mal estabelecido e malcomportado, eu serei esse desobediente civil que faz da comunicação e da palavra essa arma apontada para o peito dessa pandilha de sevandijas, a despeito de sua destruidora força de desconstrução desse país e do seu povo, a nossa gente.
A desobediência civil é a minha tática nacionalista. Não sou, jamais serei, contra passeatas e manifestações de protesto, embora muitas delas não sejam necessariamente desobediência civil.
O meu quebra-quebra é a liberdade de credo, de pensamento e expressão. Essa liberdade é o meu jeito, a minha maneira ativa de resistência e desobediência civil; é, como cantaria Sinatra, my way de quebrar leis e outros engodos da politicalha dominante.
Sou contra todas aquelas manifestações que se acabem em si mesmas e por si mesmas, posto que, não raro, promovidas por quem, por baixo dos panos, continua apoiando o governo e seus lesivos e peçonhentos regentes de sempre.
Sou um convicto desobediente civil. Meu direito de resistência é o meu direito de lutar para garantir outros direitos básicos – tipo assim os direitos naturais à vida e à liberdade – sempre que as instituições públicas não cumpram, como não vêm cumprindo o seu papel e quando, como hoje nos mostra o STF, não se consegue mais perceber e nem ter meios legais que assegurem à sociedade o exercício desses direitos. 
Si hay gobierno de mierda: soy contra; se há governo americanizado in my way: I'm a disobedient civil... Se há um governo latino-americanizado como os nossos: sou um desobediente civil.
Venha comigo, venha. Venha ser mais um de mim. Eu e você, juntos, formamos uma multidão.

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