A DESOVA E O PAPEL DA NECESSIDADE
Onyx Lorenzoni anunciou que esta sexta-feira seria o dia da desova de 320 ocupantes de cargos em comissão na Casa Civil. É o início da despetelhização da máquina pública. E a promessa do novo dono da Casa Civil se fez realidade, na edição de hoje do Diário Oficial da União:
“Os ocupantes no âmbito da Casa Civil da Presidência da República em 31 de dezembro de 2018 de cargos em comissão ou funções de confiança de nível hierárquico igual ou inferior ao nível seis do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS ficam exonerados ou dispensados.”
Nesta quinta-feira, no primeiro encontro de Bolsonaro com seus ministros, Onyx - em nome do presidente - vai recomendar a todos os ministros que façam o mesmo; que dejetem, evacuem os excessos em suas respectivas pastas .
Ótimo. Os contribuintes aplaudem e pedem bis.
Gostam muito, mas esperam que isso não seja apenas um exercício de fisiologia: que não sejam 320 excrescências lulopetistas trocadas por 320 adubos bolsonaristas na Casa Civil e... que não se satisfaça a necessidade fisiológica em cada ministério.
Se a necessidade for premente e inevitável, o melhor papel a ser usado numa hora de aperto deve ter a famosa e antiga marca do concurso público.
RODAPÉ NOS FUNDILHOS - Bolsonaro não pode errar nem deixar que errem. O governo deve trocar o mal pelo bem. Mas se trocar mal vai ser pior.
02.
BARBADA
Marcelo Freixo acaba de se apresentar como candidato contra Rodrigo Maia na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Mais que isso, Freixo quer é fazer oposição ao governo Bolsonaro. Com essa, Maia já começa a sentir que corre barbada.
03.
BLINDAGEM
Bolsonaro sabe que a facada não foi o único ataque de sua própria história. Disse ontem: "Só Forças Armadas impedem golpes" Ele sabe que é alvo fixo de quem já foi golpeado. Não é por nada que já começou a despetelhizar a máquina pública - transformada pelo PT e seus sócios comunas e atucanados em um verdadeiro campo minado.
04.
O FAVORECIDO
Com o PSOL lançando a candidatura de Freixo, Rodrigo Maia é mais favorito do que nunca à presidência da Câmara. Freixo e PSOL são tudo que um político gostaria de ter como oponentes. Maia agora é favorito e favorecido.
05.
TAÍ, GOSTEI!
Ernesto Araújo, foi um showman, no seu discurso de posse no Itamaraty parecia. Usou versos de Renato Russo e Raul Seixas; enfiou textos da série espanhola ''El Ministerio del Tiempo''; valeu-se de trechos do filme "Independência ou Morte" e despejou outras cascatas culturais.
Ao fim e ao cabo disse, no resumo de seu stand up, que o Ministério das Relações Exteriores vai ser contra a globalização.
Então, tá. Mas, o que eu mais gostei na peça de oratória do novo chanceler, foi o que ouvi no discurso sóbrio, técnico, direto, claro, conciso e exato de Sérgio Moro na solenidade de sua posse no Ministério da Justiça e da Segurança.
06.
DISCURSO FORTE
Ontem foi dia de discursos de posses de novos ministros em suas respectivas pastas. Uma falaçada boa e bem feita, foi a de Paulo Guedes, ministrão da Economia.
Os que estavam lá disseram, concordando uns com os outros, que foi uma fala forte na direção de um duro ajuste fiscal, acabando com privilégios distribuídos à la gaita com o dinheiro público.
De minha sala de TV aqui em casa, eu também achei. Mas dessa área eu não entendo bulhufas. Nunca soube fazer a minha própria economia, imagine a do meu país...
O que eu acho desse campo vital para a vitalidade da nação é que a tal de Economia é uma grande fonte de receitas que caiu na vida fácil... Genial, né não?!? Não!
Fico, pois então, com a abalizada opinião dos dignos e manjados presentes de sempre.
07.
INDA QUE MAL PERGUNTE...
Cadê os filhos do Lula que andam por aí como se cada um deles fosse um Zé Dirceu?!?
08.
NOVO MEC
Do discurso do colombiano, naturalizado, Ricardo Vélez Rodrigues, novo ministro da Educação, reservo-me o direito de ficar com a frase em que ele promete que ''pautas nocivas aos costumes não serão permitidas''.
Isso quer dizer mais ou menos a mesma coisa que ele quis dizer num de seus livros onde escreveu e o pau comeu que "o Brasil se tornou refém de um sistema afinado com a ideologia marxista''. Fora, Marx!
09.
O PAIZÃO BRASILEIRO
Bolsonaro discursou nesta quarta-feira na cerimônia de transmissão de cargo do Ministério da Defesa. General Fernando Azevedo e Silva recebeu o cargo do antecessor no Clube do Exército. Bolsonaro falou e disse: "O povo em sua grande maioria quer hierarquia, respeito, ordem e progresso".
A gente também acha. Só que até aqui o que aprendi com as marchas e contramarchas desse meu país é que o brasileiro adora ter um presidente. Não importa que seja até um mau caráter, desde que lhe pareça um paizão, daqueles que lhe passam a mão na cabeça. Pode ser mesmo que o brasileiro esteja de cabeça inchada. Quem sabe agora, com a dureza de Bolsonaro, a coisa vai.
Nenhum comentário:
Postar um comentário