O CONTRAGOLPE DA POLITICALHA
Michel Temer foi saber com os comandos militares se eles achariam por bem suspender a intervenção no Rio de Janeiro.
Ouviu o que merecia ouvir e não gostaria de ter ouvido.
Os comandantes lhe disseram com aquele jeito jogral de mostrar o furo da bala que isso "quebraria a continuidade dos trabalhos".
Tradução: "Nós gostamos de concluir o que começamos". Alvejado pela lógica precisa dos interventores, Temer voltou a sua casamata no Planalto com a mochila entre as pernas.
Não se distraia: não, não é porque não estejam gostando da atuação dos militares no Rio de Janeiro que eles querem acabar com a intervenção na Terra do Cristo Redentor...
É que Temer, os partidos e seus manjados parlamentares estão ansiosos para tratar da manutenção do foro privilegiado e das propostas de emendas constitucionais que acabam com a Lava-Jato.
Enquanto durar a missão oficial, o Congresso não pode votar nada; néris de pitibiribas. Só por isso, a intervenção, ainda que meia-boca, já valeu a pena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário