Há dois mil anos, ou coisa que o valha, comecei a cometer jornalismo em Pelotas - a minha pátria pequena que deixei no Sul, com uma coluna semanal para a Associação Comercial da cidade, no jornal que é da Família Fetter.
Pouco depois, escrevia uma coluna para o caderno esportivo que era dirigido por Honório Sinotti - "O Futebol Tem Disso".
Não demorou nada, fui breve repórter policial na sucursal da Zero Hora, ainda em Pelotas. Pedi para sair daquela fria e fui ser repórter de Geral. Algum tempo depois, Maurício Sirotscki me deu a chefia da Sucursal.
Quando me recusei a comparecer a entrevistas coletivas, acabei comunicando meu desligamento do jornal ao próprio Maurício, num amanhecer de porre em Punta del Este. A gente se dava melhor como bons conhecidos eventuais do que como patrão e empregado.
Nunca entrei numa 'coletiva de imprensa'. Se não podem me informar a sós, não me interessa o que digam a céu aberto. Jamais gostei de 'combinar' notícias e nunca aceitei simular informações.
É por isso que 'coletivas' continuam me dando enjoo. Sinto nauseas.
Fiquei nauseabundo hoje diante da TV, quando aquele time de ministréis que não fumam, não bebem, não jogam, não roubam nem deixam roubar, deram uma 'coletiva' explicando a 'trégua de 15 dias' firmada com os pelegos do Brasil Caminhoneiro e a convocação das Forças Armadas para acabar com a greve dos caminhoneiros que não são pelegos.
Meu nojo foi ao ápice, e a sensação nauseabunda virou furibunda quando os 'entrevistados' ocultaram os termos do acordo que - segundo o site O Antagonista - concede aos motristas dos sindicalistas de araque transporte garantido de produtos da Petrobras, sem necessidade de licitação.
Desliguei a TV. Sintonizei o SporTV e fui assistir ao clássico Avaí-SC x Paysandu, PA, pela Segundona do Brasileirão. Como o Futebol, a Política tem disso...
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