COMUNICAÇÃO É MUITO MAIS DO QUE
O MUNDARÉU DE AMPLITUDE DA INTERNET
Olhando
assim, como quem não quer nada, mas querendo que tudo dê certo, percebo que os ‘doidos
por uma propina’ governar não deixaram e não deixam o Bolsonaro governar.
Os trancos
e barrancos do seu governo começaram pelos Filhos do Capitão e por aquele bruxo
homiziado na Virgínia que, longe de ser mulher é um estado da Terra de Marlboro & Donald
Trump.
Outro que
não deixa o Jair Bolsonaro governar é o Jair Bolsonaro. Mas nem é tanto culpa
dele. Seu maior percalço é a língua presa mais solta que o Palácio do Planalto
já viu, depois da língua suja do Lulavagem da Silva.
Lulavagem
não dizia palavrão. Cometia-os a torto e direito. Já o Bolsonaro diz o que diz,
fala o que fala, por que não tem uma assessoria de comunicação – como Luladino
tinha - que saiba o que fazer, ou que goste do que deva fazer.
Quer dizer,
Bolsonaro tem um certo aparato de comunicação, mas é o mais disparatado da
história dos presidentes desse país. Um aparato que não coordena nem contém os
disparates do presidente.
E assim é
que, aqui dos cafundós da minha quarentena, com saudade de respirar o pleno sol
da liberdade, recomendo a Bolsonaro que avise aos Filhos do Capitão que
Internet pode ser até a ‘bala de prata’, mas não é toda a munição que um
governante precisa.
Recomendo
aqui da minha prisão domiciliar que, enquanto Bolsonaro não desmonta essa secretalhada
de comunicação que o faz montar num burro por ‘dá cá aquela palha’, ele cuide
pelo menos nessa primeira hora e com presteza, de organizar as idéias de acordo
com o tempo que ele tenha antes de falar.
Uma vez
com as idéias nos seus devidos lugares, Bolsonaro deve ensaiar – nos átimos de segundos
que tiver – a sua apresentação sob holofotes. E, aí o presidente deve então
falar de forma suave, sem cacarejar; aninhando-se com a plateia, ao invés de
chocá-la.
Dito isso,
é recomendável que o presidente-orador cometa uma brincadeirinha boba com seus
respeitáveis ouvintes; que fale num filme bom, ou conte uma historinha pessoal
que tenha tudo a ver com o que precisa e vai dizer.
Ah, e não
deve esquecer, antes de tudo e de mais nada, de avisar aos Filhos do Capitão
que comunicação social é um pouquinho mais do que ter o domínio das redes sociais,
do que editar fact news, é mais do que a web mídia, do que a tuitagem, e do que
o mundaréu de amplitude da Internet e suas circunstâncias universais.
Bolsonaro
deve lembrar-lhes que comunicação é jornalismo, relações institucionais,
publicidade, marketing, merchandising, o diabo a quatro, a liturgia do
cerimonial diplomático e muita cautela e canja de galinha que não fazem mal a
ninguém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário