17 de jan. de 2020

PONTOS A PONDERAR...


01.
ARMAÇÃO
Luciano Huck de presidente quer dizer Angélica de primeira-dama. Isso é que é armação ilimitada da Globo.

02.
O FILHO DO CAPITÃO
E eis que balança, balança, mas não cai, o chefe da Comunicação Social de Bolsonaro. E eis que volta a se coçar, ninguém mais nem menos do que Carluxo, o filho Nº 2 do Capitão – que nunca engoliu a ideia de não ser o marqueteiro da nação.

03.
BOLSONARO SABIA
Se não fosse a pressão do grupo Folha de S. Paulo, Bolsonaro já teria demitido aquele Fábio seu chefe da Secretaria de Comunicação, de sobrenome difícil Wajngarten. Quer dizer, se não fosse a Folha e o fato de Wajngarten poder dizer, em caso de demissão, que Bolsonaro sempre soube de toda a lambança de seu escolhido com relação à clientela que cerca o Palácio.

04.
CADUCO
Lulavagem em mais um vídeo caseiro produzido na sala do instituto que lhe rouba o nome: “Há quase 900 milhões de crianças passando fome no Brasil”. Pô, o Cara não sabe que Brasil tem 210 milhões de habitantes... Além de ser o mentiroso que sempre foi passou agora para o estágio de Lulanta, o Caduco-Ostentação.

05.
COMUNICAÇÃO RASTEIRA
O que tem de repórter exercitando por aí a liberdade de patrão, não se encontra em página nenhuma da Bíblia. Eles chegam a ser rasteiros. Mas, quando Bolsonaro desce da cadeira de presidente e despeja impropérios pela boca afora, rasteja tão bem quanto eles. Bolsonaro não se respeita. Não entendam mal: não é que esses pequenos arautos do jornazismo não mereçam desaforos; um presidente é que não merece, não deve e não pode ser tão parecido com eles.

06.
JORNALISMO?!?
Jornalista é um cara em permanente estado de curiosidade. Quer e precisa saber o que, quem, quando, como, onde, porque e por que...  Essas respostas, no entanto, não valem nada se tiverem o ruído de moeda sonante. Jornalista com patrocinador é um agente submisso às piores e mais ardilosas ‘linhas editoriais’. A liberdade de expressão transformada em liberdade de patrão faz dos repórteres uns filhos da pauta.

07.
O DESESPERO
A Internet veio, para desespero dos donos das empresas de comunicação, resgatar o direito da sociedade de exercitar a sua plena liberdade de expressão. Os jornalões, as redes de rádio e TV tradicionais foram tomadas de surpresa e absolutamente despreparadas para deixarem de ser absolutos e definitivos órgãos de expressão e controle da opinião. Nunca foram ‘virtuais’. E o pior: nem sabem ser virtuais. Não é da sua natureza.

08.
EM NOME DO LUCRO
As grandes e pequenas redes de comunicação social – cadeias de jornais, de rádio, de TV – são e sempre foram empresas comerciais, pintadas em tons e meios tons da mentira à sinceridade. Seus donos, os patrões da liberdade de expressão, sempre atribuíram a seus veículos de comunicação elevadas finalidades, como o ‘esclarecimento da opinião pública’ e o notável e decantado ‘bem-estar social’. Na verdade, o que os patrões patrocinados não dizem é que jornalismo para eles é negócio; tem que dar lucro. E não é por acaso que, há mais de três décadas, o governo tem sido o maior e mais perdulário anunciante do Brasil.

09.
JORNAZISMO
A capa de isenção e a falsa impressão de credibilidade dos nossos meios de comunicação levam ao aumento de leitores, de ouvintes, de telespectadores. Isso, mais do que o poder de deformadores de opinião, lhes dá a garantia de gordos, de polpudos faturamentos. Jornalismo com tabela de preço, não é jornalismo - é publicidade, propaganda, marketing... Jornazismo.

10.
TRÂNSITO EM JULGADO

Tenho 55 anos de jornalismo transitados em julgado e cometidos em grandes, médias e pequenas redações de jornais, rádios, TVs e agências de publicidade & verossimilhanças.

Não me lembro de ter visto, antes da chegada da Internet, tamanha chance de exercer as três falsas verdades de uma democracia: a liberdade de credo, a liberdade de pensamento e a liberdade de expressão.

Esse trânsito em julgado me condenou à constatação de que para o jornalista filho da pauta, parida pela linha editorial, as necessidades do patrão são muito mais importantes do que as necessidades e preferências dos leitores. E assim se dá no rádio, na TV e logo, logo se dará também na Internet que, cada vez mais, se deixa levar pelos grandes patrocinadores, que fazem da liberdade de expressão, a liberdade do patrão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário