01.
ARMAÇÃO
Luciano Huck
de presidente quer dizer Angélica de primeira-dama. Isso é que é armação
ilimitada da Globo.
02.
O FILHO DO CAPITÃO
E eis que
balança, balança, mas não cai, o chefe da Comunicação Social de Bolsonaro. E
eis que volta a se coçar, ninguém mais nem menos do que Carluxo, o filho Nº 2
do Capitão – que nunca engoliu a ideia de não ser o marqueteiro da nação.
03.
BOLSONARO SABIA
Se não fosse
a pressão do grupo Folha de S. Paulo, Bolsonaro já teria demitido aquele Fábio seu
chefe da Secretaria de Comunicação, de sobrenome difícil Wajngarten. Quer
dizer, se não fosse a Folha e o fato de Wajngarten poder dizer, em caso de
demissão, que Bolsonaro sempre soube de toda a lambança de seu escolhido com
relação à clientela que cerca o Palácio.
04.
CADUCO
Lulavagem em
mais um vídeo caseiro produzido na sala do instituto que lhe rouba o nome: “Há
quase 900 milhões de crianças passando fome no Brasil”. Pô, o Cara não sabe que
Brasil tem 210 milhões de habitantes... Além de ser o mentiroso que sempre foi
passou agora para o estágio de Lulanta, o Caduco-Ostentação.
05.
COMUNICAÇÃO RASTEIRA
O que tem de
repórter exercitando por aí a liberdade de patrão, não se encontra em página nenhuma
da Bíblia. Eles chegam a ser rasteiros. Mas, quando Bolsonaro desce da cadeira
de presidente e despeja impropérios pela boca afora, rasteja tão bem quanto
eles. Bolsonaro não se respeita. Não entendam mal: não é que esses pequenos
arautos do jornazismo não mereçam desaforos; um presidente é que não merece, não
deve e não pode ser tão parecido com eles.
06.
JORNALISMO?!?
Jornalista é
um cara em permanente estado de curiosidade. Quer e precisa saber o que, quem,
quando, como, onde, porque e por que... Essas
respostas, no entanto, não valem nada se tiverem o ruído de moeda sonante.
Jornalista com patrocinador é um agente submisso às piores e mais ardilosas ‘linhas
editoriais’. A liberdade de expressão transformada em liberdade de patrão faz
dos repórteres uns filhos da pauta.
07.
O DESESPERO
A Internet
veio, para desespero dos donos das empresas de comunicação, resgatar o direito da
sociedade de exercitar a sua plena liberdade de expressão. Os jornalões, as
redes de rádio e TV tradicionais foram tomadas de surpresa e absolutamente despreparadas
para deixarem de ser absolutos e definitivos órgãos de expressão e controle da
opinião. Nunca foram ‘virtuais’. E o pior: nem sabem ser virtuais. Não é da sua
natureza.
08.
EM NOME DO LUCRO
As grandes e
pequenas redes de comunicação social – cadeias de jornais, de rádio, de TV – são
e sempre foram empresas comerciais, pintadas em tons e meios tons da mentira à
sinceridade. Seus donos, os patrões da liberdade de expressão, sempre atribuíram
a seus veículos de comunicação elevadas finalidades, como o ‘esclarecimento da
opinião pública’ e o notável e decantado ‘bem-estar social’. Na verdade, o que
os patrões patrocinados não dizem é que jornalismo para eles é negócio; tem que
dar lucro. E não é por acaso que, há mais de três décadas, o governo tem sido o
maior e mais perdulário anunciante do Brasil.
09.
JORNAZISMO
A capa de
isenção e a falsa impressão de credibilidade dos nossos meios de comunicação
levam ao aumento de leitores, de ouvintes, de telespectadores. Isso, mais do
que o poder de deformadores de opinião, lhes dá a garantia de gordos, de
polpudos faturamentos. Jornalismo com tabela de preço, não é jornalismo - é
publicidade, propaganda, marketing... Jornazismo.
10.
TRÂNSITO EM JULGADO
Tenho 55
anos de jornalismo transitados em julgado e cometidos em grandes, médias e pequenas
redações de jornais, rádios, TVs e agências de publicidade &
verossimilhanças.
Não me
lembro de ter visto, antes da chegada da Internet, tamanha chance de exercer as
três falsas verdades de uma democracia: a liberdade de credo, a liberdade de
pensamento e a liberdade de expressão.
Esse trânsito
em julgado me condenou à constatação de que para o jornalista filho da pauta,
parida pela linha editorial, as necessidades do patrão são muito mais
importantes do que as necessidades e preferências dos leitores. E assim se dá
no rádio, na TV e logo, logo se dará também na Internet que, cada vez mais, se
deixa levar pelos grandes patrocinadores, que fazem da liberdade de expressão,
a liberdade do patrão.
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