OS ZUMBI ESTÃO À SOLTA
Com a enorme saudade de sempre, vou parodiar meu pai, poeta e seresteiro, Juliné da Costa Siqueira, ''quebrando'' e adaptando os versos de algumas estrofes do seu poema alexandrino "Vês?!?":
Há um bailado esquisito pelas ruas / e um cheiro quente que tresanda orgia / E lá no céu a a lua, nua; inteiramente nua se extasia / como a própria deusa astral da poesia ... / Eu vi passar, sem o luar da liberdade então / o cadáver da minha ilusão...
Fiz um horror com o poema de meu pai. Um horror tão grande quanto faz a Justiça brasileira, elástica e condescendente a ponto de dar ao pleno sol da liberdade vampiros, múmias paralíticas e angorás porque todos gatos são pardos.
Os zumbis estão à solta. Mas nenhum deles tem a alma lavada. Carregam consigo o peso de suas culpas, posto que liberdade é diferente de inocência e credibilidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário