Pesquisa no Brasil só serve mesmo para uma coisa: deboche. Ainda mais que todas elas são patrocinadas como se as eleições 'fossem hoje'. Não são. As eleições dessa vez serão em 7 de outubro e depois em 28 do mesmo glorioso mês. Haverá segundo turno, por supuesto.
Mas, o infalível Instituto Paraná cometeu mais um exercício de escárnio, para a gente brincar à vontade com os dados, como bem nos der na telha. Quem mostra o que quer leva onde não quer.
Começa que a pesquisa incluiu o nome de Lula - O Proscrito, inelegível por força de uma merecida cadeia decidida por um tribunal colegiado.
Mas, como estou de bom humor, embrenho-me nos dados das tais intenções de voto válido: 1º ) Lula, 30,8%; 2º) Bolsonaro, 22%; 3º) Marina, 8,1%; 4º) Alckmin, 6,6%; 5º) Ciro, 5,9%; 6º) Álvaro Dias, 4% e o resto é o resto.
Então é o seguinte... dez e dez são vinte: levando-se em conta essa besteiragem toda, percebe-se de cara que Lula teria 69,2% de eleitores que não votariam nele.
E vê-se mais ainda: desde as primeiras pesquisas realizadas nesses últimos sete meses, o contingente de adoradores de Lula não aumentou um eleitor, não deu um passo sequer à frente. Tradução: o lulopetismo é o mesmo de sempre; é isso que está aí e nem um voto a mais.
Deduz-se então que, se Lula estivesse elegível e a eleição fosse hoje - mas Lula não está e a eleição não é hoje - a bagunça iria para o 2º turno, local aprazível onde quaisquer dos outros candidatos - de Bolsonaro para baixo - ganhariam dessa massa de manobra chamada lulopetismo, pela rejeição e por coalizão. Atenção! A gente está dizendo que Lulalá perderia pra qualquer um!
Então, pense comigo: não é a Justiça que está tirando Lula fora do embate eleitoral... É tão somente o passado de Lula que o condena por corrupção e lavagem de dinheiro.
Rejeição unida jamais será vencida. Pronto, debochei.
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