3 de abr. de 2021

PONTOS A PONDERAR...

Por: Sérgio A. O. Siqueira

Porque hoje é sábado / Há nesse nosso Brasil uma verdade imensa: / Porque hoje é sábado / Lulavagem solto prova que o crime compensa.

01.

PRISCAS ERAS...

Eu sou do tempo da chamada geração beat, precursora do movimento hippie. A gurizada medonha ‘galinha gorda’ do Ginásio Gonzaga e os ‘gatos pelados, do Colégio Pelotense, fingiam se desconectar da sociedade e rejeitar os seus valores. Era tudo imitação à moda “boêmio francês, intelectual inglês e vagabundo americano”. Quem não usava calça Levi’s era Bokomoko.

02.

O CRIME COMPENSA
Luladino da Silva solto é a prova ambulante de que, para o STF, o crime compensa.

03.

DÚVIDA

Até agora não se sabe qual deles é o mais pernicioso: Luladravaz à solta, ou o Gilmuar que solta.

04.

SUPREMA MIOPIA

No Supremo a Justiça é míope: a solicitação mais frequente por lá é o ‘pedido de vistas’.

05.

PLACAR FUNESTO DO CONSÓRCIO MERCENÁRIO

Segundo o Consórcio dos jornalojistas mercenários, até ontem o Brasil havia chegado a 328 mil mortes por Covid-19, num ritmo letal de 3 mil por dia. Já está mais do que na hora da sociedade brasileira processar o Patronato das Togas da Mironga por genocídio.

06.

PERSONAS NON GRATAS

Com o alarido incessante e retumbante promovido pelo Consórcio Mercenário da Notícia sobre o descontrole da pandemia no Brasil, o brasileiro é ‘persona non grata’ em qualquer parte do mundo. Fogem de nós como se a gente tivesse cuspido na cruz.

07.

NÃO SE DISTRAIA

Deu-se o que Napoleão Bonaparte temia: a China acordou. Hoje, até o seu tênis Nike é chinês. E não duvide se, agora mesmo ao colocar sua máscara para ir ao supermercado, você não saia falando mandarim.

08.

COAUTORES DO PANDEMÔNIO

Já passou da hora de o povo brasileiro mover um processo criminal por genocídio contra a pandilha do Patronato das Togas que instigada pelo PDT e acumpliciada com o Consórcio Mercenário da Notícia, roubaram o controle do governo central repassando-o para governadores e prefeitos que, atabalhoados e até mal-intencionados, foram a origem de todo esse caos que faz do Brasil, o mais perigoso lugar do mundo para se viver.

09.

INDA QUE MAL PERGUNTE

Cadê a grana dos Hospitais de Campanha?!? Cadê os bilionários hospitais de campanha?!? Cadê, cadê?!?

10.

A CULPA DO PANDEMÔNIO DA PANDEMIA, OU: PROSOPOPÉIA FLÁCIDA PARA NINAR BOVINOS

Era uma vez... O dia 15 de abril do já longínquo ano de 2020. Em magnânima sessão naquela gloriosa tarde, o STF - Supremo Tribunal Federal consagrava o poder de governadores e prefeitos para “determinar medidas restritivas durante a pandemia do novo coronavírus”.

A decisão dos cortesãos estabeleceu que estados e municípios podiam definir quais as atividades que seriam suspensas e os serviços que não deveriam ser interrompidos.

A ordem foi uma paulada na moleira dos poderes do governo Bolsonaro sobre a definição de tais e quais atividades não poderiam ser afetadas pelas medidas de isolamento.

Naquele mesmo instante a AGU - Advocacia-Geral da União saltou das tamancas e tentou defender que as medidas de governadores e prefeitos “não poderiam afetar serviços considerados essenciais pelo governo federal”.

Esse papo foi tido e havido como furado e rejeitado pelos poderosos servidores de cargos de confiança na Supremacia Branca, que reafirmaram que estados e municípios tinham sim o poder de definir quais seriam os serviços atingidos por medidas decretadas pelos governos locais.

O julgamento deu-se para analisar e destrambelhar a Medida Provisória então editada pelo Pai dos Filhos do Capitão que concentrava no governo federal o poder de decisão sobre medidas tipo assim: isolamento, quarentena, restrição de locomoção por rodovias, portos e aeroportos, interdição de atividades e serviços essenciais

O PDT, foi o angelical partido zeloso e guardador da ação que jurava por todos os anjos e santos que o governo federal restringira o poder de governadores e prefeitos para atuar contra a epidemia quando editou a tal medida provisória que concentrava poderes no governo federal e permitia à Presidência da República definir quais seriam as atividades consideradas essenciais que não poderiam ser suspensas.

E aí então, não foi golpe nem manobra da temível Segunda Turma. A paulada foi unânime, os nove cortesãos que participaram do julgamento defenderam a atribuição de estados e municípios para decretar medidas de interesse local.

E se você não tá lembrado, dá licença de contá: foi naquela Corte velha, naquele palacete assobradado que votaram pela passagem de poder das mãos do governo federal para 27 governadores e 5.569 prefeitos os gloriosos Big-McAuréolo, relator do processo, Leixandrão de Moraes, Edson Frachin, Rosa de Hiroshima, Luiz Fiat-Fux, Cármenzita Luciérnaga, Cacaio Levianowski, Gilmuar Animuar Social e Toffoliso, então presidente da Corte.

Luís Roberto, o conhecido ministro Barroso, não participou do julgamento, eis que senão quando se declarou suspeito por motivos pessoais. O então decano curto Celsinho de Tatuí Mello, afastado porque estava dodói, também não participou daquela notabilíssima sessão.

E então mister se faz que não se esqueça, nunca, jamais que a maioria dos cortesãos defendeu que “o governo federal só pode classificar como ‘essenciais’ atividades de interesse nacional, e que governadores e prefeitos podem definir quais são as atividades essenciais que não podem ser alvo de restrição no âmbito de seus estados e municípios”. Tá bom assim, ou será preciso desenhar?!?

E, para que não digam que não se falou de flores... lembre-se que votaram nesse sentido Leixandrão, Frachin, Rosa de Hiroshima, Fiat-Fux, Carmenzita Luciérnaga, Cacaio Levianowski e, ele, Gilmuar Animuar Social.

E não se distraia! Para que tanto não aconteça, relembro sem um pingo de saudade que, ao defender esse ponto do seu voto, Leixandrão fez questão de citar “a intenção declarada pelo presidente Jair Bolsonaro de editar um decreto ordenando a reabertura de todo o comércio”. Para Leixandrão, “prefeitos e governadores têm o poder de determinar quais atividades devem ser suspensas no combate à epidemia”.

E então, pronto: eis aí os autores e coautores do pandemônio da pandemia. O resto é prosopopeia flácida para ninar bovinos. Eu só queria ver qual seria a decisão do Patronato das Togas se o governo em questão, ao invés de ser do Bolsonaro, fosse do patrono de honra, Lulavagem da Silva, o presidiário mais solto da história dessa República de Calamares.

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