PONTOS A PONDERAR...
Por: Sérgio A. O. Siqueira
01.
ORGANIZAÇÃO
O mal do Brasil é que o crime de colarinho branco é mais organizado que o povo. O crime das elites tem líderes, tem chefes e chefetes; tem plano de poder; têm programa de ação. O crime organizado respeita suas regras e sua hierarquia. E não tem o voto como sua grande arma.
02.
ENTREMENTES...
As potestades do Patronato das Togas refestelam-se governando o país com o poder que ganharam de mão-beijada, da pior pandilha de patronos que uma sociedade pode suportar.
O que me lava a alma é saber que eles são uns reles lacaios daqueles que, um dia, donos da varinha de condão que os transformou em divindades justiceiras, exerce poderosa e definitiva influência sobre cada um de seus apadrinhados e faz valer sua autoridade de patrono quando bem lhes dá na telha.
RODAPÉ – Os patronos do Patronato das Togas são: Fernandinho Beira-Collor, Fernandão H. Cecê, Luladino da Silva, Dilmandioca Sapiens, Michel das Docas Temer e, o novato, Bolsonaro que ainda não sabe bem que a vida é a arte da escolha. Dito isto, eis então que lhe pergunto: você compraria um carro usado dessa turma?!?
03.
RELEMBRANÇA
Neste mesmo dia 5 de março, mas no glorioso ano de 2019, eu editava aqui mesmo nestes espaços – cada vez curtos e sob controle – do Facebook, o texto que vocês vão ler só para ver que, na vida, não há nada como um dia depois do outro. Boravamolá...
DO
APARELHAMENTO À COALIZÃO: UM TRABALHO DE HÉRCULES PARA BOLSONARO
Lá pelos anos 60/70 ''aparelho'' era o codinome para um local
usado como ''refúgio'' por um grupo para reuniões clandestinas; digamos, como
se dizia naquela época, que era uma ''célula'' - um lugar para encontros de
organização política e esconderijo para armas e material de propaganda.
Cada aparelho, cada célula, era organizada, tinha chefia e
comando próprio - aparentemente autônomo - mas integrada e submissa ao seu
partido, ou a sua organização clandestina.
O apelido de célula foi gradativamente suavizado pela
denominação de ''aparelho''. E o aparelho aos poucos foi substituído pela
adocicada fraseologia ''estratégia de coalizão pela governabilidade''.
COALIZÃO
A ''coalizão pela governabilidade'' foi uma invencionice de FHC
nos estertores de seu segundo desastrado governo, deixada como legado maldito
para Lula usar e abusar sob a fórmula mágica de ''estratégia'' de associação
com quem tinha que ser convencido a ser sócio e cumpanhêro do próprio Lula,
como se Lula sozinho fosse o partido inteiro.
A prática contumaz da estratégia de coalizão pela
governabilidade se concretizava numa frase curta e grossa, mas extremamente
eficaz que assegurava a união de forças e estendia a rede, a teia de aranha
negra quando se respondia ''sim'' ou ''não'' à singela indagação:
- Quanto é que você quer para ser meu aliado e interlocutor?!?
''Aliado'' e ''interlocutor'' são eufemismos para ''cumpanhero''
que, no duro e na batata significa ''sócio''; quer dizer ''operador''.
O TEMPO DE LULA
Uma vez proprietário do Brasil, Lula precisou de um pouco menos
de dois meses no poder, para começar a aparelhar a máquina pública e levou oito
anos dedicando-se com afinco e extrema precisão a aplicar a ''estratégia de
coalizão pela governabilidade''.
Foi assim que ele consumou o gradual e criminoso esfacelamento
do Estado brasileiro: coalizou-se com um por um dos elementos-chave de cada
organismo público dos três Poderes constituídos.
Lula tomou o controle de órgãos e de setores da administração
pública: foi conquistando e colocando nos postos estratégicos dos organismos
estatais, um ''cumpanhero'' velho ou novo como representante dos seus interesses
como se fossem do PT, já que ele sozinho era e é o PT por inteiro. Depois foi
só colocá-los a seu serviço e pronto.
OS 27 TRABALHOS DE BOLSONARO
O pior que Lula fez com o Brasil foi transformá-lo numa enorme
''célula'', em um incomensurável ''aparelho'' coalizado pela governabilidade do
próprio Lula, a serviço de ninguém mais nem menos do que de Lula e sua pandilha
de sevandijas.
Hoje é só isso que o governo Bolsonaro tem pela frente:
desaparelhar o País de fio a pavio, de cabo a rabo, de Norte a Sul, de Leste a
Oeste, do Oiapoque aos escambaus. A missão do governo Bolsonaro é descoalizar,
desaparelhar o Brasil de Lula.
É só um pouco mais que o dobro dos 12 Trabalhos de Hércules...
São os 27 Trabalhos de Bolsonaro: desaparelhar cada um dos Estados Federativos
do Brasil. Haja estratégia de descoalizão pela governabilidade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário