5 de mar. de 2021

PONTOS A PONDERAR...

Por: Sérgio A. O. Siqueira

01.

ORGANIZAÇÃO

O mal do Brasil é que o crime de colarinho branco é mais organizado que o povo. O crime das elites tem líderes, tem chefes e chefetes; tem plano de poder; têm programa de ação. O crime organizado respeita suas regras e sua hierarquia. E não tem o voto como sua grande arma.

02.

ENTREMENTES...

As potestades do Patronato das Togas refestelam-se governando o país com o poder que ganharam de mão-beijada, da pior pandilha de patronos que uma sociedade pode suportar.

O que me lava a alma é saber que eles são uns reles lacaios daqueles que, um dia, donos da varinha de condão que os transformou em divindades justiceiras, exerce poderosa e definitiva influência sobre cada um de seus apadrinhados e faz valer sua autoridade de patrono quando bem lhes dá na telha.

RODAPÉ – Os patronos do Patronato das Togas são: Fernandinho Beira-Collor, Fernandão H. Cecê, Luladino da Silva, Dilmandioca Sapiens, Michel das Docas Temer e, o novato, Bolsonaro que ainda não sabe bem que a vida é a arte da escolha. Dito isto, eis então que lhe pergunto: você compraria um carro usado dessa turma?!?

03.

RELEMBRANÇA

Neste mesmo dia 5 de março, mas no glorioso ano de 2019, eu editava aqui mesmo nestes espaços – cada vez curtos e sob controle – do Facebook, o texto que vocês vão ler só para ver que, na vida, não há nada como um dia depois do outro. Boravamolá...

DO APARELHAMENTO À COALIZÃO: UM TRABALHO DE HÉRCULES PARA BOLSONARO

Lá pelos anos 60/70 ''aparelho'' era o codinome para um local usado como ''refúgio'' por um grupo para reuniões clandestinas; digamos, como se dizia naquela época, que era uma ''célula'' - um lugar para encontros de organização política e esconderijo para armas e material de propaganda.

Cada aparelho, cada célula, era organizada, tinha chefia e comando próprio - aparentemente autônomo - mas integrada e submissa ao seu partido, ou a sua organização clandestina.

O apelido de célula foi gradativamente suavizado pela denominação de ''aparelho''. E o aparelho aos poucos foi substituído pela adocicada fraseologia ''estratégia de coalizão pela governabilidade''.

COALIZÃO

A ''coalizão pela governabilidade'' foi uma invencionice de FHC nos estertores de seu segundo desastrado governo, deixada como legado maldito para Lula usar e abusar sob a fórmula mágica de ''estratégia'' de associação com quem tinha que ser convencido a ser sócio e cumpanhêro do próprio Lula, como se Lula sozinho fosse o partido inteiro.

A prática contumaz da estratégia de coalizão pela governabilidade se concretizava numa frase curta e grossa, mas extremamente eficaz que assegurava a união de forças e estendia a rede, a teia de aranha negra quando se respondia ''sim'' ou ''não'' à singela indagação:

- Quanto é que você quer para ser meu aliado e interlocutor?!?

''Aliado'' e ''interlocutor'' são eufemismos para ''cumpanhero'' que, no duro e na batata significa ''sócio''; quer dizer ''operador''.

O TEMPO DE LULA

Uma vez proprietário do Brasil, Lula precisou de um pouco menos de dois meses no poder, para começar a aparelhar a máquina pública e levou oito anos dedicando-se com afinco e extrema precisão a aplicar a ''estratégia de coalizão pela governabilidade''.

Foi assim que ele consumou o gradual e criminoso esfacelamento do Estado brasileiro: coalizou-se com um por um dos elementos-chave de cada organismo público dos três Poderes constituídos.

Lula tomou o controle de órgãos e de setores da administração pública: foi conquistando e colocando nos postos estratégicos dos organismos estatais, um ''cumpanhero'' velho ou novo como representante dos seus interesses como se fossem do PT, já que ele sozinho era e é o PT por inteiro. Depois foi só colocá-los a seu serviço e pronto.

OS 27 TRABALHOS DE BOLSONARO

O pior que Lula fez com o Brasil foi transformá-lo numa enorme ''célula'', em um incomensurável ''aparelho'' coalizado pela governabilidade do próprio Lula, a serviço de ninguém mais nem menos do que de Lula e sua pandilha de sevandijas.

Hoje é só isso que o governo Bolsonaro tem pela frente: desaparelhar o País de fio a pavio, de cabo a rabo, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, do Oiapoque aos escambaus. A missão do governo Bolsonaro é descoalizar, desaparelhar o Brasil de Lula.

É só um pouco mais que o dobro dos 12 Trabalhos de Hércules... São os 27 Trabalhos de Bolsonaro: desaparelhar cada um dos Estados Federativos do Brasil. Haja estratégia de descoalizão pela governabilidade!

Nenhum comentário:

Postar um comentário