AH/VENTURAS DO GARANHÃO DE PELOTAS
Ghostwriter: Sérgio A. O. Siqueira
PANDEMIA EM ESFERAS PAMPESINAS -TERRA NO CONE SUL DO MUNDO
Era uma vez...
O Garanhão de Pelotas. Ele estava no exercício do seu primeiro mandato como presidente
de Esferas Pampesinas, uma terra democrática enfiada bem no olho do Cone Sul do
mundo, abençoada por Deus e bonita por natureza.
Tudo corria às
mil maravilhas, com água, pão e vinho pra Ele e todo mundo. Mas, como de hábito
acontece nas melhores democracias, só não tinha era emprego de sobra, porque os
governantes anteriores tinham decidido que o sol nasce para todos os...amigos
do rei.
E por isso e aquilo,
assim e assado, seus antecessores haviam ocupado todas as vagas de emprego, com
cargos de confiança, comissionados por altos salários e mordomias
inimagináveis.
Esse
aparelhamento acabou com as chances de emprego em Esferas Pampesina, terra principesca,
airosa e aconchegante, onde tudo mais ia muito bem, obrigado.
Mas, eis que de
repente, não mais que de repente, posto que senão quando, seus domínios foram
invadidos por uma virose contagiante e aterradora. Era o Vírusdebruços-19 que
chegara falando mandarim.
A peste virou pandemia.
E o Garanhão de Pelotas já se preparava para pôr em prática seu programa de
combate ao temível Vírusdebruços-19, quando, surge o maléfico e pernicioso Cardeal
Muarbocaça, chefe da 2ª Falange do Supremo Tribunal Esfereral Pampesino.
E surge para,
de inopino e extrapolante tirar do Garanhão de Pelotas o poder de execução no
combate ao Vírusdebruços-19, transformando nosso peripatético herói, portador
de milhões e milhões de votos, numa rainha da Inglaterra, passando todo o seu poder
que deveria emanar do povo para os governadores e prefeitos dos estados e municípios
de Esferas Pampesinas, terra agora sitiada e cercada de males por todos os
lados.
Mais que de repente,
o Garanhão de Pelotas – que não é Bolso nem nada – chamou o Cardeal Muarbocaça
no apito e para o seu gabinete. Fechou as portas e, sem celulares, câmeras
escondidas, ou quaisquer testemunhas oculares – velhas prostitutas dos autos -
e sem mais delongas prendeu-lhe a mão nos beiços.
Em seguida,
deu-lhe entre dois ou três tabefes bem dados, o recado tipo ultimato: - Aqui ó,
que você vai mandar em mim! Nenhum mandarim mandará em mim! Quem vai cuidar da
pandemia sou eu e está acabado o assunto!
Muarbocaça,
ainda tentou entre uma resfolegante respiração e outra, explicar alguma coisa,
mas foi silenciado com mais uma bolacha no pé da orelha:
- Já daqui.
Bate pé que ninguém te qué! Eu tenho milhões de eleitores, você tem um padrinho
fajuto e bocamole que te faz de moleque de recado e trampolim de sacanagens.
Vai! Te manda e não volta mais aqui.
O cardeal
Muarbocaça comeu em tranca, ajeitou o colarinho branco e ia saindo de fininho.
Foi quando, a título de despedida, à porta do gabinete do palácio, o Garanhão
de Pelotas lhe enfiou o pé nos fundilhos e lhe deu mais um recado:
- E cala a
bocarra, seu filho dessa e daquela, porque senão você vai apanhar de novo.
RODAPÉ – O
Garanhão de Pelotas, continua firme e forte na presidência da pátria pequena
que ele tem lá no Cone Sul do mundo, combatendo e ganhando a pouco e pouco a guerra
contra a pandemia que fala mandarim.
Já o cardeal
Muarbocaça, tá na dele. E mais não digo, por onde ele anda. Digam vocês, o
lugar para onde vocês o mandariam, caso fossem o presidente de Esferas
Pampesinas – a pátria pequena que o Garanhão de Pelotas tem lá no Sul.
Cá pra nós, eu
como ghostwriter do herói de Esferas Pampesinas, lá no Cone Sul do mundo,
mandaria o cardeal Muarbocaça, pros raios da planfa que o lamblanfa. Mas, sabe
cumé, né?!? Eu sou afilhado do Garanhão de Pelotas que não é fraco, não.
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