23 de nov. de 2020

PONTOS A PONDERAR...

Por: Sérgio A. O. Siqueira

INDA QUE MAL PERGUNTE...

Qual era a raça dos que vendiam os negros africanos para os traficantes portugueses, holandeses, ingleses, franceses, brasileiros e o diabo a quatro?!?

TRAFICANTES E TRAFICADOS NA MAIOR CONSCIÊNCIA

Pois, eis que pergunto e respondo... A partir do século XV, a expansão marítima e comercial dos europeus, virou de ponta cabeça a história da humanidade, fazendo uma mistureba de três continentes: Europa, África e América.

Tudo foi uma questão de olho grosso: em busca de riqueza e enriquecimento, os portugueses foram pioneiros na organização de um aparato de ataque político, econômico e militar que lhe garantiu o controle europeu sobre africanos e americanos.

Foi ali e assim que surgiu o tal sistema colonial que durou dois séculos: se estendeu até o século XIX.

Os dominadores portugueses ergueram diversos fortes e feitorias no litoral africano e dali negociavam com os povos negros locais suas mercadorias por lucrativos escravos que eram levados para a Europa, América e até para a Ásia. Nessa coisa aí de ‘América’ leia-se também Brasil…

A coisa funcionava assim: o trato entre portugueses e africanos era feito através do escambo. Escambo é o apelido de permuta, troca. Os produtos oferecidos pelos branquelos deixavam os africanos de olho arregalado: tecidos, vinhos, cavalos, ferro. Nesse vai-da-valsa, o ferro era derretido e transformado em armas na África.

Com essas mercadorias em mãos, os negros africanos parceiros de troca-troca com os portugueses conseguiam status social e, fundamentalmente, tinham maiores condições de enfrentar povos inimigos.

Desse jeito assim, os negros conseguiam mais escravos negros para serem negociados com os portugueses branquelos e sem consciência.

Dentre todos os negócios, o comércio de escravos foi o que mais deu lucro para Portugal. E muito mais há para se dizer e recordar, mas o que me faz falta de lhes dizer é que, se vocês não notaram ou nem se deram conta é de que... os negros eram vendidos pelos negros. Para os branquelos portugueses, ou para quem desse e viesse.

Isso no começo, pois logo depois, na maior consciência, os negros vendiam negros para os holandeses, ingleses, franceses, americanos, asiáticos e brasileiros. Sabiam o que estavam fazendo. Simples assim.

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