11 de nov. de 2016

BRASIL X ARGH!ENTINA, OU:
NEYMAR JR 3X0 LIONEL MESSI

A coisa então se deu no Mineirão, em Belô. Casa cheia, com alguns claros nas locações mais caras. Nenhum desdentado; nenhum descamisado; nenhum pé descalço... Espetáculo para a zelite de cabelos loiros e olhos azuis - com honrosas exceções. De cor, não. De extrato social. É a mesma plateia daquele massdacre alemão de 7x1.

A arbitragem foi chilena - um trio de apitadores tipo assim Concha, Toro y Casillero.

E começou com um primeiro showzinho objetivo de Neymar pela ponta esquerda. deu em nada. Mas logo percebe-se que o Brasil dá-se os ares com Tite: bem postado, controla as ações, mas sem muita profundidade. 

Correram já dez minutos de porfia e o Brasil domina. Tanto é que as estatísticas mostram que a Argh!entina tem 83% de posse de bola. O jogo está para os brasileiros. E eue vejo o jogo com um olho verde e outro amarelo.

O jogo épara o Neymar. Ele deu um chapéu de presente para o lateral esquerdo castelhano. A galera brasileira agradeceu. cerca de vinte minutos de bola rolando e o Messi não viu a cor da bola. Mas isso nunca é bom sinal. Daqui a pouco ele vê...

Ó,ó!... Eu não disse?!? Messi pegou a guria e fez um despacho para o ataque da Argh!entina. O nosso goleiraço fez um defesaço. Esse Messi é meio bruxo.

Aos 25 minutos, Phillipe Coutinho transou com Neymar - no bom sentido - e disparou um petardo de fora da área que entrou na última gaveta esquerda deles lá. O tirambaço matou a coruja. Pronto 1x0 para nós. O goleiro argh!entino é bom, mas veio todo de verde. Esparramou-se no chão como se fosse um pé de alface.

Lá pelos 35 minutos, falta perigosa contra o Brasil. Na beirinha da área. Oolhar de Messi é assustador. A cobrança foi tipo Clinton: Hillary. Só rindo mesmo. Ainda que de alivio.

A contenda se arrasta sem maiores emoções, a não ser um show lá que outro de Neymar, de quando em vez. É impressionante como a Argh!entina quase não toca na bola. E o Brasil também não.

E foi então que Neymar, infiltrando-se pela esquerda qual o crime organizado fez com o Estado brasileiro, recebe um passe com carinho e com afeto daquele guri medonho, o Gabriel Jesus. Dá uma dominada pra frente e toca de chapinha para fazer 2x0 no goleiro do Lionel Messi. Termina o primeiro tempo.

Começa o segundo. Ninguém deixa o Messi jogar bola. Bem feito. Como esse Tite é bom, treinador. mas assim que ele perder a primeira partida, eu prefiro o Cuca.

O embate é todo do Brasil. A argh!entina está cada vez mais devagar, quase parando. Que nem o Paulinho fez quando, depois de driblar o pé de alface, rolou em direção ao gol. Não fez. O zagueiro deles não deixou. Em seguidinha, o mesmo Paulinho se redimiu e fez, meio de ricochete, o terceiro gol do nosso timaço. Pronto, 3 x 0.

Daí pra frente, Tite mostrou-se mais agregador do que treinador. Começou a contentar a turma dos bancários: Saiu o menino Jesus e entrou Firmino, aquele de cabelo à la pagode chinês; saiu Phillipe Coutinho e entrou Douglas Costa, sabe-se lá pra quê; saiu Miranda e entrou Thiago Silva, decerto só para chorar... de alegria.

Esse entra e sai só serviu para Tite confundir o Eduardo Bauza, modorrento treinador do São Paulo, hoje coach de los hermanos - que nem precisava tanto para ser confuso. Ah, sim e isso foi bom para trapalhar um pouco os shows individuais de Neymar, o melhor em campo - comme d'habitude.

Ganhar da Argh!entina até que é bom. Ganhar de 3 x 0 é melhor ainda. Ganhar da Argh!entina e deixá-la fora da zona de classificação, não tem preço.

Na próxima quarta-feira, vamos pegar o Peru. No bom sentido, por supuesto.