PONTOS A PONDERAR
Por: Sérgio AO Siqueira
Porque hoje é quinta-feira / Não há nada numa CPI que me deixe mais faceiro... / Porque hoje é quinta-feira / Quero ver de novo o feitiço virar contra o feiticeiro.
PRISCAS ERAS...
Eu sou do tempo em que o governo criou o Mobral para erradicar o analfabetismo no Brasil em dez anos. Pela chamada ‘alfabetização funcional’ de jovens e adultos, pretendia passar às pessoas técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-las a sua comunidade.
O Mobral foi extinto em 1985 e substituído pelo Projeto Educar. E de lá pra cá, o que se viu e o que se sabe é que o Brasil virou ‘Pátria Educadora’. E que até analfabeto ou bestas quadradas podem cometer o cargo de Presidente da República.
01.
OMAR, O DESOBEDIENTE
Nesta CPI – Conclave de Pralamentares Inquisidores, basta não responder como eles não querem que eles mandam prender e arrebentar. Omar Aziz, não por bondade, mas por acreditar que ‘a prisão seria o mal menor’, não obedeceu à ordem de prisão desfechada pelo inquisidor Renan Calhorda para cima de Fábio Wajngarten. O massacrado depoente continuou tão livre, leve e solto como se fosse um protótipo do Lulavagem da Silva, aquele da alma mais honesta do planeta Terra.
02.
FLÁVIO, O ESQUECIDO
Flávio Bolsonaro, aquele que dentre os Filhos do Capitão, é senador da República, foi à CPI da Lulambança-2022, só para chamar Renan, O Vaqueiro Fantasma das Alagoas, de ‘vagabundo’. Acho que ele se esqueceu de um monte de desaforos bem mais adequados ao perfil do relator.
03.
ELOGIO
Flávio Bolsonaro, o senador, saiu de casa para chamar o Renan de ‘vagabundo’. Ah, elogiou.
04.
RENAN E O VAR
Não adianta, por mais que se esforce para ser mais odiado e rechaçado pelos brasileiros do que Gilmuar Menduendes, Renan vai conseguir no máximo um empate com sabor de derrota. Mas, o Vaqueiro das Alagoas é brasileiro, não desiste nunca! Vai recorrer ao VAR.
05.
INDA QUE MAL
PERGUNTE...
Você acha que Renan, o relator, é ‘vagabundo’?!?
06.
A PF E A PF NO PEDIDO DE INQUÉRITO CONTRA TOFFOLI
Pois, a PF sem que a nova PF soubesse – pediu abertura de inquérito contra o duende lulático preferido de Gilmuar Menduendes, por propina grossa recebida em feitio de venda de sentenças judiciais. ÉdeSom Frachin encaminhou o pedido cabeludo à PGR – Procuradoria Geral da República.
O que sucede é que Cabral, aquele que descobriu o rico Rio de Janeiro dedurou Toffolião e disse que ele levou 4 milhões de reais para favorecer dois prefeitos do Rio em processos que corriam no TSE, corte eleitoral que abrigava Toffolião o alcandorado período de tempo entre 2012 e 2016.
Os repasses ao ínclito e ingênuo Toffolião – segundo Cabral, o descobridor de talentos escusos - foram feitos por Hudson Braga, na época secretário de Obras do próprio Cabral. Por acaso, Hudson Braga era, comercialmente falando, unha-e-carne com a leguleia Roberta Rangel, casualmente, dedicada esposa de Dias Toffolião.
O pedido de abertura de inquérito, causou profundo mal-estar no novo núcleo de poder da PF que se sentiu como se sentiam em priscas eras os maridos traídos. Vem aí chumbo grosso. Grosso e supremo.
07.
A FONTE UNIVERSITÁRIA SECOU
O jornalojismo do Consórcio Mercenário de Imprensa se esbalda: “Quatro universidades federais podem parar por falta de verba”. É que a fonte secou. E tem mais, a quarentena faz moda: agora o ‘quente’ é educação a distância. Título agora é por correspondência. Doutorado presencial é exceção.
08.
O FEITICEIRO DA CPI
Eu vou na obrigada, mas não recomendo a ninguém. Em todo
caso, uma das grandes atrações que podem ser mais um campeão de audiência na
CPI – Conclave de Pralamentares Inquisidores - é que cada pergunta de Renan
revela quem é Renan. Nada melhor numa quarentena, para um torcedor de
arquibancada caseira, do que ver o feitiço virar contra o feiticeiro.
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