14 PONTOS A PONDERAR...

Por: Sérgio A. O. Siqueira

Porque hoje é segunda-feira / O presidente volta à vida pasmaceira / Porque hoje é segunda-feira / Depois de ser motoboy de domingueira

01.

TOMOU GOSTO

Ronaldinho Gaúcho testou positivo para coronavírus. E já se isolou em Belo Horizonte. Pelo jeito Ronaldinho tirou este ano para viver em isolamento. Pelo visto, a temporada de cadeia no Paraguai deixou saudade no craque do sorriso largo.

02.

LÍDER É LÍDER

O líder opositor venezuelano, Leopoldo López, já está na Espanha, em Madri. É bom nem pensar em morar em Barcelona, berço da ideia de emancipação da Catalunha.

03.

SALLES X RAMOS

Salles pediu desculpas a Ramos após chama-lo de “Maria fofoqueira”. Mas foi pelo Twitter, mania de dez entre dez ministros de Bolsonaro. Ramos fingiu que desculpou. Mas, no fundo, no fundo ele não gostou de ser chamado de ‘fofoqueira’, acha que ficou parecendo que ele é Maria-vai-com-as-outras.

04.

RISCO EM AVIÃO

Agora são obrigatórios o uso de máscara e a triagem para poder voar. O cara escapa da Covid, mas diante de tanto mascarado, corre sério risco de sequestro.

05.

ELEIÇÃO 2022

Bolsonaro quer mais; João Doria, já quer demais; Lulavagem, nunca, jamais.

06.

VACINAÇÃO

A ansiedade pela imunização vem do terror criado pela ganância da fabricação.

07.

DEMOCRACIA DE GAVETA

Essa democracia de gaveteiros se alimenta de todos que ela bota nas gavetas.

08.

ARROZ DESTEMPERADO

Quem torce por Bolsonaro fica em palpos de aranha toda vez que ele abre a boca para dizer alguma gracinha, ou soltar uma bravata.

Não consegue ser engraçado nem ameaçador. Ontem nas suas andanças dominicais a pé, antes de dar um giro de moto com uns que outros ministros e outros tantos motoqueiros de sempre, alguém pediu para ele “baixar o preço do arroz”.

Pra quê, mermão?!? Bolsonaro despresidenciou-se e abagaceirou-se sem piscar nem gaguejar: “Vai comprar arroz na Venezuela! ”.

Pô é a isso que, em qualquer cozinha, se chama de destempero. E, cá pra nós, arroz destemperado não tem graça nenhuma.

09.

FIDELIDADE ELEITORAL

Doações milionárias pelo Brasil afora de fieis humildes levantam ‘suspeita’ de fraude no âmbito da Justiça eleitoral. “Suspeita”?!? E é disso que, de eleição em eleição, se enriquece a nossa democracia.

10.

STF JULGA A NOSSA OBRIGAÇÃO

E agora, então, o plenário do Supremo vai julgar a obrigatoriedade da vacina. E assim é que, uma vez mais 11 neófitos também no quesito ‘Saúde’ vai decidir o que é bom pra tosse de mais de 217 milhões de brasileiros. Ah, sim, sim... O Levianowski quer antes um ‘parecer’ do presidente. Deve ser só para votar contra.

11.

PAPA E GETÚLIO DIAS

O apoio do Papa Francisco ao casamento civil de gays ainda retumba pelo mundão afora. Há quem mal possa esperar para ver outra vez o Papa do Tapa na Japa assim tão explícito e penetrante.

Por falar nisso, lembro-me sempre do meu velho e bom amigo Getúlio Dias, o deputado de melhor discurso da Câmara Federal daqueles áureos Anos-80. Ele era fã incondicional das mulheres. E dizia, espírita e espirituosamente, sem fazer gênero: “Se, na outra encarnação eu voltar a esse mundo como mulher, eu quero ser lésbico”.

12.

PALAVRA DE HONRA

Sérgio Cabral e Orlando Diniz serão ouvidos nesta segunda-feira pelo juiz Marcelo Bretas. Mesmo que sejam embretados, eu continuo convencido de que não há palavra de mais confiável nesse país do que a palavra de um delator. Imagine então de dois delatores juntos.

13.

O PONTO 13

O Ponto 13 é dele. É, como vocês sabem, dele, o Pai da Urucubaca. Não se distraia, pois então: Lulavagem da Silva que anda por aí, como se fosse honesto igual você, devendo ao Brasil e aos brasileiros de boa índole, mais de 30 anos de cadeia e outros oito processos por corrupção e lavagem de dinheiro. 

E seus tribais lá da Taba das Togas, responsáveis pela sua gandaia, também continuam livres, leves e soltos e com ares, caras e bocas e grandes coisas na vida.

14.

EASY RIDER BRASILIANO

Bolsonaro, sem mais o que fazer na domingueira dessa quarentena desabrida, saiu a passear de moto por Brasília com uns que outros ministros e uma pandilha motoqueira-raiz.

No seu dominical road movie, andou aqui por perto do nosso condomínio, na Região dos Lagos. Fez um pit-stop na conhecida “Padaria do Colorado”, área do Posto Flamingo, tradicional point de motocas em dias de relax na Capital da República.

É bem pertinho daqui do antigo Rancho Karina, assim nomeado e batizado, em honra e glória à filha de Joaquim Roriz que, além de repetente governador de Brasília, tinha dinheiro e bala na agulha para loteamentos dessa ordem e desse tamanho.

Mas, voltando à vaca fria, Bolsonaro parou com seus motociclistas* por ali na domingueira e depois se foi por aí, sem destino. Ufa! Inda bem que não passou por aqui. Domingo é dia de descanso, pô! Dia de missa pra quem é de missa; de moto pra quem é de moto e de paz, pra quem é de paz.

RODAPÉ NOS FUNDILHOS – (*) Motociclistas! - Que respeito é bom e o presidente gosta. “Motoqueiro é o cacete”! – Dir-me-ia Bolsonaro -  liberando do fundo do seu peito o destemperado motoboy de domingueiras…