POR MEDO DA PANDEMIA
Se há uma
coisa que político venere mais do que o vil metal, essa coisa é o seu mandato.
Eles gostam de serem prefeitos, vereadores, governadores, deputados, senadores.
Isso para eles não tem preço.
Pois agora, dentre as mais
variadas propostas para dar uma real utilidade pública aos R$ 2 bilhões do indecente
fundo eleitoral, surge uma ideia para que a grana seja usada no combate ao
coronavírus: cancelar as eleições municipais deste ano e estender o mandato dos
atuais prefeitos e vereadores até 2022.
Pronto, a politicalha que já está
no relaxado gozo de seus mandatos, já está se sentindo assim como pinto no
lixo.
O
que essa ideia tem de bom é que a mudança unificaria as eleições, coisa
que vem sendo cogitada já há alguns anos, posto que já faz bom tempo que se tem
um mundaréu de propostas andando pra baixo e pra cima no Congresso com objetivo
– imaginem! - de economizar dinheiro.
A alteração viria em boa hora,
pois evitaria todo o alvoroço e os riscos que essa tal de pandemia chinesa
provocaria nas convenções e nas campanhas de 5.570 prefeituras e suas
respectivas câmaras municipais.
Diante desse clima apaixonante e
atendendo aos apelos de minh’alma, velha cantante e cumpanhêra, vou
relembrar-lhes uma parte adaptada do bolero “La Mentira” que a mi me gusta
mucho:
“Por mi parte, te devuelvo las
promesas de la campaña, qué ni siquiera siento pena por dejarte extender a tu
mandato”.
RODAPÉ – O que o pavor por essa
pandemia vem provocando na gente, né não?!? Sem que me desse conta a tempo de
voltar atrás, acabei elegendo – como de hábito nesse país – o ‘’menos ruim’’.
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