21 de mar. de 2020


01.
EU, CONFINADO E ELE...
Não tenho tosse seca, não tenho coriza, não tenho febre, não tenho desânimo e, no entanto, estou vivo. Até aqui, são e salvo. E confinado em prisão domiciliar, enquanto Lulavírus anda soltinho da Silva por aí.

02.
HAI-KAI
A vampirose / troca coronavírus / por Lulavirose

03.
DA CHINA, COM AMOR

Com aquele tapa na chinesinha, o Papa despertou na China o espírito do coronavírus. Chico Bento foi um dos primeiros a tossir e espirrar pelo Vaticano afora, depois que abraçou e abençoou o Lulavírus da Silva.

04.
O ROTEIRO LULAVIRÓTICO

O Papa do Tapa, depois de abençoar Lulavírus, só tossiu e espirrou, e fingiu que não fez o teste do coronavírus; Lulavírus, o Divino, depois de abençoado espalhou-se por Paris, Suíça e Alemanha por onde deixou seu lastro, até recolher-se em quarentena com Janja que já está sentindo o que é bom pra tosse.

05.
O TAPA DO PAPA
Ninguém me tira da cabeça: tudo começou com aquele tapa do papa naquela chinesinha.

06.
TERCEIRO TESTE
Bolsonaro deve fazer seu terceiro teste de coronavírus... Pô como esse cara gosta de ser testado. Daqui a pouco ele vai querer ser tetra e penta, como se fosse a dupla Grenal dos velhos tempos do futebol gaúcho.

07.
O FUTEBOL TEM DISSO...

Dupla Grenal, só em último caso

A propósito dos velhos tempos do futebol gaúcho... Sempre que me descobrem gaúcho, me perguntam se eu sou gremista ou colorado. Digo de peito aberto que não sou nenhum dos dois.

E já vou justificando: eu sou do tempo em que Grêmio e Internacional, como se fossem sócios-fundadores, dominaram a Federação Gaúcha de Futebol e então, quais bolsonaristas e lulaviróticos, eles bipolarizaram tudo.

A dupla Grenal matou por muitos e muitos anos o futebol dos Pampas. Ninguém sabia que fim tinham levado os outros praticantes do esporte bretão, o tal de ‘esporte das multidões’ no estado de Bento Gonçalves e Anita Garibaldi que, embora batessem um bolinha lá entre eles, não jogavam bulhufas de futebol...

E ninguém sabia mesmo o que tinha sido feito com o Nacional, o Cruzeiro, o São José, o Força e Luz, o Renner, o Aimoré, o Floriano, o Bancário, o Brasil, o Farroupilha, o Pelotas, o Vovô Rio Grande, o São Paulo e o Rio-Grandense da Noiva do Mar?!? Cadê o resto; por onde andava o resto?!?

Pois tinha virado resto por muitos e muitos anos, como se apenas a dupla de Porto Alegre, naquelas priscas eras, fosse digna de ser, de crescer e de ter torcedores. Desde aqueles velhos tempos, não consigo ser gremista nem colorado.

Sou em primeiro lugar, acima de tudo e em ordem alfabética, torcedor dos clubes da minha pátria pequena que eu deixei no Sul: Fantasma do Fragata, Lobão e Xavante, com uma leve saudade do Bancário, o simpático e falecido rubro-cinza da Estação.

Depois torço por qualquer time de qualquer cidade interiorana do Rio Grande do Sol, Sal, Sul... E então só não torço contra a dupla Grenal quando ela joga contra times de fora do Rio Grande do Sul.

Ah, sim... Digo que sou Vasco da Gama, por que aos 9 anos de idade ganhei um time de botão com as faixas do então Expresso da Vitória. Bolas, são mais de 70 anos carregando esse trem nas costas.

Mas não é por nada não; é só para inticar com flamenguistas, botafoguenses e outros de somenos importância do futebol carioca; só para cutucar com cruzeiristas e atleticanos, arremedo da dupla Grenal, lá nas Minas Gerais; só para azucrinar com corintianos e palmeirenses, porque sou meio sampaulino e santista de quando em vez e claro, sou tudo isso só para zoar a dupla Grenal.

Colorados e tricolores ficam loucos da vida, quando dão com os burros n’água; um vascaíno só fica de mal com o mundo quando não consegue ser rebaixado para ser a duras penas um glorioso vice na Segunda Divisão.

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