01.
O EFEITO DESEJADO
Já mandei
meia dúzia de máscaras para o Zé do Breu e outras tantas para o Jean Wyllys,
para que eles cuspam à vontade com elas no rosto. Acho que meia dúzia basta
para surtir o efeito desejado.
02.
DESMASCARANDO
Bolsonaro,
na saída do Palácio da Alvorada, dando de cara com a habitual pandilha de
repórteres a serviço de sua conhecida exatidão, clareza e concisão: “Pô, vocês
dizem que tem que fazer quarentena e ficar em casa... o que estão fazendo aqui
na rua?!? Vão pra casa. E sem máscara”. Pronto, desmascarou.
03.
A FUGA
Ontem,
depois de levar uma esculachada, até meio que exagerada, do Bolsonaro, o
almofadinha João Dória, largou uma de suas frases de efeito para governadores
aliados e para o chileno-chinelo Mala Sem Alça: “Pelo que vi e ouvi, cabe a nós
salvar o Brasil”.
De cara,
pareceu-me que ele estava fanfarronando uma vez mais; depois, eu me dei conta
de que ele está mesmo é ensaiando uma fuga com seus comparsas para uma dessas
paradisíacas ilhas fiscais, aonde o coronavírus ainda não chegou.
04.
BUSINESS IS BUSINESS
Tema tanto
o coronavírus, quanto o álcool-gel adulterado. Em São Paulo já prenderam mais
de 30 lobistas operando a favor da disseminação do coronavírus. Quanto maior o
número de infectados, melhor para os negócios. Business is business.
05.
PREOCUPE-SE COM O BRASIL
Ando meio
cabreiro; meio que com um pé atrás e outro na frente. Pelas contas oficiais, o
Brasil tem até aqui, fantástica quinta-feira 26 de março, nada mais do que
2.567 casos de coronavírus e ‘pelo menos’ 60 mortos.
Isso é
qualquer coisa abaixo de 3% de letalidade. No ano passado, a capacidade letal
da dengue brasileira bateu em 11,7% e a febre amarela chegou a 31%.
Preocupe-se
com um país que, tendo vacina contra dengue e febre amarela, não consegue
baixar o índice de mortalidade que essas dengosas e febris doenças nacionais apresentam,
na mesma proporção em que não despertam um pingo de sua merecida atenção.
Mas é
sempre assim, o brasileiro não valoriza o que tem: dengue e febre amarela, são
coisas nossas – parece até que não nos causa nenhum temor febril. Sorte do
coronavírus que é uma baita, uma tremenda dengue-chinesa...
Fosse o
coronavírus uma peste brasileira, um vírus nativo desse nosso céu de anil, ninguém
lhe daria bola. Seria como se fosse um reles ‘resfriadinho’, nada mais do que uma
‘gripezinha’.
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