01.
LIXO JORNALÍSTICO
Esse ou essa
Greenwald é um lixo do que o jornalismo foi um dia nesse mundão de homens de
boa vontade. Um jornalista pode dizer, escrever, editar de tudo um pouco e até
um pouco mais. O que ele não pode é fazer de tudo e mais um pouco para muito além
de tudo obter a informação. A ética é o limite extremo e definitivo do
comportamento e do respeito aos valores morais do que é transfigurado e dado
como notícia.
02.
VERDADE NÃO TEM PREÇO
Jornalismo é
a verdade em forma de notícia. Ou não é jornalismo. Nem notícia. A verdade faz
parte das grandes coisas da vida que não se pode comprar. A verdade não tem
preço. Jornalismo com patrão não é notícia; é comércio, transação.
03.
JORNALISMO & NOTÍCIA
Jornalista
virou logomarca de quem trabalha na redação de jornais, revistas, salas de
radiojornalismo ou em salões de telejornalismo de, de, de... empresas
particulares ou instituições estatais que estejam funcionando.
É aí que
jornalismo e notícia se chocam: jornalismo virou peça remunerada de interpretação
em feitio de informação, ou de deformação; notícia é a realidade por mais linda
ou dura que seja a verdade. Só a verdade e nada mais do que a verdade.
CNMP DEVE INVESTIGAR PROCURADOR
QUE DENUNCIOU GLENN GREENWALD
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) deve
investigar a conduta do procurador Wellington Oliveira, do Ministério Público
Federal (MPF) em Brasília, responsável pela denúncia contra Glenn Greenwald,
editor do Intercept Brasil.
Dito assim, parece grande coisa. Começa que não se sabe se é
bem isso... A informação é da esgotosfera e diz para quem quiser ler nas
entrelinhas que o CNMP ‘’deve’’ investigar. Mas, tratando-se do Brasil que nos
armaram, vá lá que o CNMP se preste mesmo para tanto. A gente só precisa então é
saber com quem está falando. Vamos lá...
No Brasil, o Conselho
Nacional do Ministério Público virou um órgão externo encarregado
de controlar e fiscalizar a atuação administrativa e financeira dos órgãos
integrantes do Ministério Público nacional, bem como de supervisionar o
cumprimento dos deveres funcionais dos seus membros.
Como se vê, o CNMP é um Conselho Nacional de Máxima Pompa. E
muitas circunstâncias. E, o mais arrepiante, de muitos membros!
O Conselho foi criado pela emenda constitucional nº 45, de
8 de dezembro de 2004, que incluiu o artigo 130-A na Constituição-Cidadã de 88.
O diabo é que ninguém nunca se pergunta nesse país, quem são os caras que estão
por trás das tais ‘emendas constitucionais’. Podem ser e, provavelmente, são
muitos daqueles ‘’muitos mais de 300 picaretas’’ que habitam o Congresso
Nacional.
A
composição do Conselho, tal como definida pelo artigo 130-A da dita cuja
Constituição’, compreende quatorze ‘membros’ nomeados pelo presidente da República,
depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta – vejam só! – do... Senado
Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução. E assim é que
assim ficou sendo:
·
O Procurador-Geral da República – hoje, o baiano Augusto
Aras - que o preside;
·
quatro ‘membros’ do Ministério Público da União, assegurada a
representação de cada uma de suas carreiras;
·
três membros do Ministério Público dos Estados;
·
dois juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ;
·
dois advogados, indicados pelo – imagine! – Conselho da OAB;
·
dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada,
indicados – meodeosdocéu! - um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado
Federal.
E eis-nos aqui, aos pés desses amos e senhores da nossa
democracia de gabinete, à espera de que o mocinho não vire bandido e possa
beijar a mocinha que os vilões já cansaram de beijar.
RODAPÉ – Essa
ameaça de denúncia do CNMP não é para resguardar a carcaça de Glenn Greenwald. É,
se for confirmada, apenas para resgatar a ‘afronta’ cometida contra a impoluta,
imaculada e intocável figura de ninguém mais nem menos do que Gilmuar – O Habeas
Porcus Ambulante.
04.
O PAÍS DOS BABAQUARAS
Glenn é uma
madona do ramo da especulação de alta periculosidade que vive de rendas por
meter o nariz onde não é chamado. Não se tem notícia de que faça profissionalmente
outra coisa do que senão invadir privacidades. Corrido dos Estado Unidos, seu
habitat natural, fixou-se com domicílio, residência e como pagador de impostos
nesse paraíso de brocoiós e babaquaras, chamado Brasil, onde – a troco de nada
que não seja altamente rentável – vive de especular e espetacularizar a vida de
quem lhe possa encher as burras nababescamente.
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