OS ARRANJADORES DO
CONCERTO CONSTITUCIONAL
O prolixo e maneiroso Marco Aurélio Mello, do STF,
disse ao jornalão Estado de S. Paulo que a Corte já deveria ter pautado há
muito tempo o julgamento
sobre a prisão em segunda instância. E soltou sua retórica:
“Já tardava a designação da data. Esses temas que a
sociedade reclama definição não podem ficar para as calendas gregas. Já passou
da hora de liquidar isso. Eu devolvi os processos para julgamento em dezembro
de 2017. Se tivéssemos resolvido naquela época, não haveria tanta celeuma”.
Para Marco Aurélio, “ninguém tem o direito de manobrar
a pauta, nem o presidente do STF”. E foi
em frente que atrás vinha gente: “O presidente é um coordenador dos trabalhos,
igual àqueles que estão na bancada. ”
Marcão disse ainda para fechamento solene do papo
furado:
“Aquela cadeira do Supremo dá liberdade para o
ministro atuar com desassombro, sem pressão da opinião pública. Tudo que se
fizer para tornar prevalecente um direito positivo, a Constituição Federal, não
é de caráter negativo. Não somos justiceiros, somos defensores da Constituição
da República. ”
Ah, vamos por partes que nem o Jack Estripador:
01) A designação da data não tardava coisa nenhuma:
o assunto já estava morto e sepultado, em novembro de 2016, quando o próprio
STF decidiu pela possibilidade de prisão em segunda instância;
02) devolveu os processos ‘’para julgamento’’
porque se fez de bobo e esqueceu que o STF já tinha decidido a questão, não
havia mais nada para resolver;
03) ‘’manobrar a pauta’’ não é direito de ninguém,
mas é só o que esses 11 Coringas travestidos de Batman fazem o tempo todo;
04) Dias Toffoli não é igual a ninguém, nem a ele
mesmo que prefere ser Lula o tempo todo; 05) Como assim, ‘’somos defensores da
Constituição da República’’ cara pálida?!? Vocês são todos, o tempo todo,
remendões da Constituição; meros e vivos arranjadores do Concerto
Constitucional.
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