O grande mal na prisão de Lula é que ele está confinado na hotelaria da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Se estivesse na Papuda, ou no complexo de Pedrinhas, na Terra de Sarney, já saberia que não é melhor, nem mais brasileiro que ninguém.
Foi preciso o Clube de Advogados Graciosos, o CAG de Lula pegar pela frente a juíza Carolina Lebbos, para que a coisa fosse colocada nos eixos. Ela negou o pedido de autorização solicitado por órgãos expostos de certa imprensa politicamente incorreta para que Lula conceda entrevistas.
Carolina entendeu que a legislação não prevê o direito de presos de concederem entrevistas e afirmou que Lula está inelegível pela condenação no caso do apartamento tríplex do Guarujá.
Carolina mostrou aos pedintes que a legislação não prevê o direito absoluto de um preso à concessão de entrevistas. E foi incisiva:
“O preso se submete a regime jurídico próprio, não sendo possível, por motivos inerentes ao encarceramento, assegurar-lhe direitos na amplitude daqueles exercidos pelo cidadão em pleno gozo de sua liberdade”.
A juíza considera que a realização de entrevistas poderia tumultuar a Superintendência da PF. E foi clara: “Obviamente autorização de tal natureza alteraria a rotina do local de cumprimento da pena, exigindo a alocação de agentes e recursos para preservação da segurança e fiscalização da regularidade da execução”.
Traduzindo do português para o português: Lula é um corrupto especialista em lavagem de dinheiro que foi condenado por dois tribunais e 15 juízes a 12 anos e um mês de cadeia; é de carne e osso e não é melhor do que ninguém. Tem, isto sim, a alma bem menos honesta do que a maioria esmagadora dos mais de 200 milhões de brasileiros.
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