2 de mar. de 2018

CADEIRA MÁGICA

Agora os grandes doutos desse país estão decidindo se devem decidir pelo prosseguimento ou não das investigações a respeito do envolvimento de Temer no caso das propinas dos portos. A letra fria da Constituição-Cidadã de 88 diz que um presidente de República não pode ser imputado por crimes ou delitos cometidos antes de assumir o cargo. Quer dizer, o sujeito assim que acomoda os fundilhos na cadeira presidencial, como que por um passe de mágica, passa a ser honesto.

GALLORO, O SILENTE


Toma posse nesta quinta-feira, no cargo de diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro - o removedor palaciano de chefias na força-tarefa da Lava-Jato. 

Será tão silente sobre as investigações em andamento quanto foi boquirroto o defenestrado Segovia. Vem para trabalhar em silêncio pelos escopos de Michel Temer, um dos investigados pelos seus subordinados. Galloro vai mostrar com quantos paus se faz uma canoa policial.

O DESAGRADÁVEL

Que desagradável aquele general de gravata, o Sérgio Etchegoyen, na entrevista sobre a intervenção 'federal' comandada por um trio de militares no Rio de Janeiro. 

Não, ele não foi desconfortável com o repórter - que paga o tributo de ser filho de Miriam Leitão, o cara foi estúpido e mal-educado com o ministro Jungmann por cima de quem passou e com o próprio general Braga Netto a quem calou e humilhou, ao antecipar-se a ele respondendo sem que a pergunta lhe tivesse sido feita, ou de seu talento e autoridade precisasse para ser bem respondida. 
ABr

Aquilo sim, é que intervenção. Pelo menos, na concepção do general de gravata, chefe do Gabinete de Segurança do Temer, a quem ninguém se dirigia naqueles 15 minutos de fama. 

Uma grosseria saída do ostracismo a que Etchegoyen estava relegado na 'coletiva' e absolutamente desnecessária, posto que o general Braga Netto já demonstrara em 'coletiva' anterior excelentes aptidões para endurecerse y perder la ternura com a imprensa.


RODAPÉ - Temer já anunciou que 'outras intervenções' podem vir por aí. E assim é que se inicia um ciclo que grande parte da população indignada já esperava. Grande parte, mas não toda a população indignada. Começa um ciclo de intervenções 'federais' que começam a se estadualizar; um ciclo do tipo que todos sabem como começa, mas ninguém sabe como termina.

PS: Por 'população indignada' entenda-se a sociedade brasileira subjugada ao crime organizado que se infiltrou nos poderes constituídos, tomou conta dos governos de todos os escalões e se tornou o próprio Estado.  

'COLETIVAS' DE INTERVENÇÃO

A cada pergunta compulsoriamente feita por escrito, só se aceitará respostas por escrito. Nenhuma palavra será dita e muito menos escutada.

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