10 de abr. de 2022

 

PONTOS A PONDERAR...

1ª Edição – 10/Abril/22 – Domingo

Por: Sérgio A. O. Siqueira

 

PRISCAS ERAS...

 

Eu sou do tempo em que meus avôs não dormiam sem antes se certificarem de que o urinol estava embaixo da cama.

HISTÓRIAS DO BRASIL

ERA UMA VEZ... “Os Deuses de Atenas” e o semideus visitante, um reles rato de eventos. Pois, aquele dia, já faz tempo isso - melhor até do que ‘aquele dia’, dizer-se aquela noite – transcorria alegre e serena lá por novembro ou dezembro de 2004, em Brasília.

 

Celebrávamos, naquelas priscas eras, no salão do Centro Cultural da Caixa Econômica Federal eu e Mike Ronchi, um dos cinco melhores fotógrafos do mundo, o lançamento do livro “Paraolímpicos - Os Deuses de Atenas 2004”.

 

Dei um tempinho à ocorrência de autógrafos, abraços e queijinhos, e fui respirar um pouco do ar fresco daquela enluarada noite de sucesso, na calçada do Bloco da Caixa Federal, no Setor de Autarquias Sul.

 

Eis que, de repente, não mais que de repente e senão quando, uma figura soturna e amedrontadora se aproximava de mim, como quem fosse me abordar sabe-se lá para que cargas d’água.

 

Era, ninguém mais nem menos do que Gilmuar, O Animuar Social. Não contive a expressão de susto:

 

- Ó céus! Ó vida!

 

E ele então, com ares de divindade, se aproximou de mim, como se fosse me abençoar. Virei-lhe as costas e voltei quase às carreiras para o salão onde rolava o coquetel, fugindo assim do diabo como quem procura uma cruz para se salvar.

 

RODAPÉ – Naquelas priscas eras... ele, um arcano, já se considerava um deus convidado para sentar à mesa dos humanos.

 

SCRIPTUM POST - Quatro anos depois, longe de assombrações, Mike Ronchi e eu lançamos o "Dinastia Paraolímpica - Beijing 2008, a Inserção Social em Movimento". Isso foi lá em São Paulo. E Gilmuar daquela feita não assombrou ninguém.

 

LENDAS URBANAS

Por: O Garanhão de Pelotas

 

O REENCONTRO

Deixei Grenoble aos pés dos Alpes e fui à festa de arromba do casamento da filha de um velho companheiro de bancos escolares. De arromba era a festa, não a filha. Um festão. O cenário escolhido foi um sítio do tamanho de uma estância entre Canela e Gramado.

Tinha gente que não acabava mais. Alguns velhos conhecidos, outros nem tanto e muitos absolutamente nunca vistos, ou sequer jamais por mim imaginados.

Dentre os convivas vislumbrei uma verdadeira lenda urbana. Um colega de ginasial. Daqueles que entram na escola depois que a g ente já capitulou às vontades da mãe e às ordens do pai. Laltamiro, o bom e batuta Laltamiro, pelas minhas contas, já beirava os 70 anos de idade.

Cheguei-me ao longevo amigo a quem não via fazia muito e muito tempo. Algumas décadas, na verdade. Dei-lhe um forte e caloroso abraço. Ele, diplomaticamente, correspondeu. Abraçou-me como se ainda soubesse com quem estava falando.

- Que prazer ver você novamente.

- Que alegria – respondi ao vetusto enganador.

- De que cidade você veio aqui pro casamento? – Pesquisou-me querendo saber com quem falava.

- Vim de Pelotas, Laltamiro.

- Ah, sim, de Pelotas...  Eu gosto muito daquela cidade. Estudei lá.

- Eu sei.

- A última vez que estive por lá, foi para o casamento de um amigo: o Garanhão de Pelotas.

- Pois eu também estava lá.

- Você foi ao casamento do Garanhão de Pelotas?!?

- Fui, Laltamiro...  Eu era o noivo.

- Garanhão, meu amigão! Por Deus Nosso Senhor, eu jamais te reconheceria...

- Entendo, amigo. Faz muito tempo...

- Não, nem é tanto pelo tempo. É que você tá gordo, careca e parece mais velho que eu...

 

Fingi que não ouvi. Abracei-o com afeto e o acompanhei até à mesa de doces, bem perto do bolo. Providenciei-lhe uma taça de guaraná e fui rever outros velhos parceiros. Todos eles já tinham chegado na minha idade.

 

MORAL DA HISTÓRIA – Depois de quase uma década de décadas, a memória é uma espécie de paraíso de onde fomos desterrados. Inda mais quando alguém se chama Laltamiro.

 

PONTOS A PONDERAR...

01.

EDUCAÇÃO E SERENIDADE

 

E então numa dessas suas ‘entrevistas’ devidamente pautada pelos jornalojistas do Consórcio da Imprensa de Rebanho, Sua Excelência o Cortesão da Magda Corte, empertigou-se e encerrou a ‘reportagem’ dizendo do alto de sua potestade: “Sempre atuei com seriedade, educação e serenidade”.

 

Tá, com educação e serenidade nem precisava dizer, todo mundo nota – seus maneirismos estão aí e não nos deixam desmentir... Mas, com ‘seriedade’ em que sentido, cara-pálida... só porque não ri?!

 

02.

PENSANDO BEM...

 

Como é que, antes do Lul@lcapone, ninguém pensou que para dar um golpe de Estado, não precisaria derramamento de sangue, nem luta armada ou coisa parecida?!? Pô, tava caindo de maduro: bastaria fazer como o bandido de todos os bandidos dessa pátria, amada, sempre fez: aparelhou nada menos do que 7 dos 11 cargos de confiança do Olimpo das Togas.

 

Melhor e muito mais prático para um tinhoso maldito comprar a alma de meia dúzia de lacaios, do que endemoniar uma nação de 220 milhões de criaturas de espírito distraído. Simples assim.

 

03.

HABEAS PORCUS

 

Mais bandido que o bandido é quem solta o bandido.

 

04.

O GRANDE JÚRI

 

O fantasma que assombra o Lulavagem da Silva é que, no Juízo Final, ele não vai ter advogado.

 

05.

FAKE NEWS

 

O TSE quer combater as Fake News.... Pois, então que comece livrando-se do Fachin News.

 

06.

SEGURANÇA

 

Sei lá, mas esses ministros suprassumos não precisavam ter tantos guarda-costas assim. Ninguém tem nada contra eles, pô! Vê se, em algum dia dessa vida folgada, o Adélio Bispo pensou neles...  Ou, o Dr. Jairinho, por exemplo...

 

07.

MONOCRACIA SUPREMA

 

Não é nada, não é nada, pelo modo de proceder altaneiro e quase varonil dos ministros do Supremo parece até que o Brasil tem 11 Constituições Federais. E cada uma delas está acima, muito acima da Constituição-Cidadã de 88.

 

08.

MESA DE BAR

 

- Nessa campanha cavernosa, além do Picolé de Chuchu, quem você gostaria de ver no palanque ao lado de Lul@lcapone?!?

- A Polícia.

- Ei, garçom, a saideira!

 

09.

O SACRIPANTA

 

Recebi no zap-zap e até meio que gostei: “Lul@lcapone é a favor do aborto. Pena que sua mãe não era!”.

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