PONTOS A PONDERAR...
Por: Sérgio A. O. Siqueira
MEU PERSONAGEM DO MEIO DA SEMANA:
PERFIL VIRTUAL DE UM NOBRE E EMPODERADO PENSIONISTA
DO PATRONATO DAS TOGAS
SE GILMUAR FOSSE UM POÇO DE VIRTUDES... ele espargiria imparcialidade, cortesia, transparência, humanidade, prudência, honra, decoro, integridade e respeito. E pelo que se tem visto de Gilmuar na Segundona do Patronato das Togas, ele tem se esmerado em cada um desses pontos essenciais para o brilho de uma brilhante carreira como detentor de um cargo de confiança que lhe foi dado de mão-beijada, por um presidente de plantão nessa República de Gavetas e Gaveteiros.
Então, vamos por partes, como diria e faria Jack, o Estripador:
O IMPARCIAL – “Mas o que é isso: Gilmuar – O Animuar Social, julgando a ‘imparcialidade’ de alguém?!?” - reclamam os insensatos só porque se trata do julgamento de Sérgio Moro.
E esperneiam os invejosos: “Gilmuar deveria ser o último dos Moicanos na Taba das Togas da Mironga a meter-se a julgar alguém, muito menos sobre ‘imparcialidade’. Com uma toga sobre os ombros, Gilmuar pode até sentir-se peremptório e franco, porém, jamais sentirá nas veias a temperatura da imparcialidade”.
Pô, isso é pura perseguição. Gilmuar não é assim o capeta que estão pintando. E se, por acaso, um dia quisesse cair em tentação, acho que o cacique Lulavagem, patrono do Patronato das Togas, não lhe permitiria tal fraqueza.
O CORTÊS – A cortesia tem sido o maior feitiço desse tão temido quanto respeitável bruxo das lides juridicantes e juridiquêsas: ele escuta com educação, responde sabiamente, pondera com prudência e decide imparcialmente. Mas, às vezes, ele finge. Isso, no Brasil de agora, é banal de tão normal.
O TRANSPARENTE – Gilmuar é explícito. Se não gosta, não faz charme. Duela a quién duela, a sua sinceridade e seu bem-estar são os maiores fura-filas na ala das cobras-criadas em matéria de franqueza e sinceridade. E ai de quem chegar em primeiro lugar. Isso é transparência, pô!
O HUMANO – Gilmuar é um amigão de todo mundo que ele escolhe para ser bom e batuta. É o seu jeito bondoso de se isolar da humanidade enquanto troca figurinhas com o herói que escolheu para chamar de seu. Queriam o quê... que ele fosse um semideus, ou uma divindade parecida?!?
O PRUDENTE – Gilmuar é pindaresco: quando quer vencer um obstáculo ele se arma da força de um leão e com a falsa prudência da serpente. É quando faz pelo mal o que poderia fazer pelo bem. Mas, é sem querer. Puro ‘cavacos do ofício’.
O HONRADO – Bom, aí é com ele mesmo. Aí ele é mais que show. É um Shaw. Bernard Shaw: “O dinheiro é a coisa mais importante do mundo. Representa: saúde, força, honra, generosidade e beleza, do mesmo modo que a falta dele representa: doença, fraqueza, desgraça, maldade e fealdade. ” Nada demais para quem tem o salário que Gilmuar tem, fora os alhos e bugalhos e os institutos que ensinam Direito e as palestras extra-Consórcio Mercenário da Notícia, coisa sacrossanta em todo e qualquer fim de semana. Fim de semana em que ele não esteja em Portugal, bem entendido.
O DECOROSO – Bem, isso é coisa que vem dos atalhos da vida. De repente, um fato inusitado, é o sinal de alerta para a virtude do belo, do recato e do lar... Volta e meia, um tropicão, uma desgraça qualquer confere um certo ar de decoro até mesmo às pessoas tão aparentemente nobres, quanto indesmentivelmente insignificantes. E este não é, certamente, o caso de Gilmuar.
O ÍNTEGRO E SÁBIO – Ora direis, ouvir senadores em sabatina preliminar para saber se há sinais de notório saber jurídico. Sempre há de aparecer alguém que duvide e faça pouco. Foi o que se deu com Dalmo de Abreu Dallari, professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, que afirmou que a indicação de Gilmuar para o Patronato das Togas representava ‘’um sério risco para a proteção dos direitos no Brasil, para o combate à corrupção e para a própria normalidade constitucional’’.
Para Dalari, Gilmuar estaria “longe de preencher os requisitos necessários para ser membro da mais alta corte do país”.
Mas, pô, foi passada a borracha em cima disso e integridade e reputação ilibada é o que não faltam no arcabouço físico do honrado proprietário do cargo de confiança que FHCecê, quando ainda era presidente do Brasil, lhe deu de mão-beijada, sem concurso, sem voto, sem nada.
RESPEITO – Ah, basta olhar assim de longe, de perto, de costas, de frente, de soslaio para Gilmuar que o curioso percebe, num piscar de olhos, ternura pelo que ele parece e respeito pelo que ele pode vir a ser e parecer para você no momento seguinte: uma criatura com alta escala de valores e incomensuráveis qualidades de espírito.
É claro que, no fundo, no fundo, pressente-se no olhar o velho sinal vermelho com que ele nos fulmina: “Respeito é bom e eu gosto! ”.
Eis aí, então, meu personagem do meio de semana: Gilmuar, um poço de virtudes.
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