16 de jan. de 2021

PONTOS A PONDERAR...

Por: Sérgio A. O. Siqueira

Porque hoje é sábado / Culpar os outros está em voga; / Porque hoje é sábado / Há juízes supremos sem toga.

01.

FALTA OXIGÊNIO PARA MANAUS; OS BRASILEIROS TÊM FALTA DE AR; FALTA AR PURO PARA O BRASIL

Quem me segue por aqui, já percebeu que venho tirando das costas de Bolsonaro a culpa pelo pandemônio que o Brasil estabeleceu no combate à pandemia que veio da China. Tiro a culpa do Palácio do Planalto e a coloco nos ombros largos da tribo maligna da Taba das Togas.

Todo mundo que me acompanha nas escrivinhações sabe que não sou daqueles que morrem de amores por Bolsonaro, muito mais pai dos Filhos do Capitão do que presidente da República. Mas, também estão carecas de saber que tenho plena convicção de que o Supremo Tribunal Federal não nos representa. Ao contrário, nos empulha, diminui e oprime.

Necessário é que se diga que a transferência de responsabilidade pelo caos estabelecido nesse país, do Oiapoque ao Chuí com parada obrigatória em Manaus – capital do Amazonas, pulmão-verde do Planeta Terra, não é por antipatia, maldade ou espírito de porco.

Insisto na ‘inocência’ de Bolsonaro e na culpa do STF, com base em fatos, numa triste e vergonhosa realidade: O STF usou e abusou de sua adquirida autoridade e, “procurando no grampo dos autos” sugou o ar dos pulmões palacianos, oxigenando o ego de cada um dos 27 governadores e inflando o peito de um por um dos 5.569 prefeitos.

 

E qual um espécimen ambulante do Butantan, mato a cobra e mostro o pau. Vamos então agora até o dia em que, graças ao excesso de poder do STF, instalou-se a mixórdia, o pandemônio nacional no combate à pandemia de Covid-19 e suas variantes...

DIA 15 DE ABRIL DE 2020

Sessão no STF - Supremo Tribunal Federal. Serviu o nobilíssimo encontro dos luminares indicados a dedo pela pior safra de presidentes desse país, para atribuir poder aos governadores e prefeitos de cabo a rabo nesse paraíso judiciocrata de determinar medidas restritivas durante a pandemia do novo coronavírus.

A traulitada estupenda também estabeleceu que estados e municípios poderiam e deveriam definir quais as atividades que deveriam ser suspensas e os serviços que não seriam interrompidos.

Com tal decisão o STF esvaziou os poderes do governo Bolsonaro sobre a definição de tais e quais atividades não poderiam ser afetadas pelas medidas de isolamento.

Naquela data solene, ao correr do processo, a AGU - Advocacia-Geral da União defendeu que as medidas de governadores e prefeitos não poderiam afetar serviços considerados essenciais pelo governo federal.

O pequeno detalhe que precisa ser lembrado é que esse argumento foi rejeitado pelos ministreis da Supremacia que fincaram pé e repisaram que estados e municípios “têm o poder de definir quais são os serviços atingidos por medidas decretadas pelos governos locais”.

A tal gloriosa sessão analisou naquele glorioso 15 de abril do ano passado, a Medida Provisória editada por Bolsonaro que concentrava no governo federal o poder de decisão sobre medidas como: isolamento, quarentena, restrição de locomoção por rodovias, portos e aeroportos, interdição de atividades e serviços essenciais.

RELEMBRANÇA

Vou lembrar aqui que então o PDT, partido autor da ação que caiu no colo esplêndido dos tribais da Taba das Togas afirmava que “o governo federal estava restringindo o poder de governadores e prefeitos para atuar contra a epidemia”.

Isso, pelos pedetistas cirogomosos, significava que ao editar a medida provisória, Bolsonaro concentrara poderes no governo federal permitindo à Presidência da República definir quais eram ou seriam as atividades consideradas essenciais que não poderiam ser suspensas.

O encontro dos nove cardeais richelientos dessa Democracia de Gaveteiros comprou essa ideia e chegou à conclusão unânime e engenhosa de que “é atribuição de estados e municípios decretar medidas de interesse local”.

Foram nove e não 11 cardeais comme d’habitude, porque Beto Barroso se declarou ‘suspeito’ por razões de foro íntimo na questão e o ainda ministrel de Tatuí, Celso Melloso, estava doentinho e não compareceu ao regabofe.

Mas, lá estavam rentes que nem pães quentes e votaram pela supressão dos ares pulmonares de Bolsonaro, os ministros Big-McAuréolo, relator do processo, Xandão, Frachin, Rosa de Hiroshima, Fux-Fux, Cármen Lúcida, Levianowski, Gilmuar e Dias Toffolindo, então nefando presidente do tribunal dos tribunais.

A maioria dos ministros defendeu que o governo federal só pode classificar como "essenciais" atividades de interesse nacional, e que governadores e prefeitos podem definir quais são as atividades essenciais que não podem ser alvo de restrição no âmbito de seus estados e municípios.

E assim é que assim foi... E agora, graças, pois, ao excesso de poder do STF, ainda que a Amazônia seja o “pulmão-verde do planeta” falta oxigênio para Manaus. Os brasileiros do bem, as pessoas de boa índole, estão com falta de ar. E tão trágico e aterrorizante quanto isso, falta ar puro para o Brasil.

02.

GREVE DOS CAMINHONEIROS

Caminhoneiros voltam a se mobilizar por greve. Essa greve é da pesada. Tão pesada que Bolsonaro vai aliviar a carga dos arautos de paralisação do país. Eles vão conseguir do Planalto, o que a Ford não levou e por isso está se mandando daqui para a Argh!entina.

03.

TESOURÃO

Tem gente que não acaba mais migrando para o serviço de mensagens instantâneas Telegram em seus smartphones e tablets. Mas, o dito cujo só ontem bloqueou dezenas de dezenas de canais ‘por incitação à violência’.

Ontem, foi por isso, – e incitar à violência é uma canalhice – mas, amanhã será por aquilo e aquilo mais e aquilo outro e coisa e tal. A tesoura está nas mãos de quem lucra com os canais de informação.

04.

CONGRESSO CONTAMINADO

O Consórcio dos Coveiros da Notícia, preocupados com a saúde de uma de suas mais produtivas fontes de desinformação, descobriu que pelo um em cada cinco congressistas foi contaminado pelo coronavírus. 

Pelas contas dos jornalojistas que cobrem aquela que outrora foi a casa do Povo, foram 102 deputados e 27 senadores. Pelo visto eles convivem com esse tipo de contágio com a mesma naturalidade com que se deixam contaminar pelo vírus que os leva a cair em tentação.

05.

IMPÉRIO DO MEDO

Manaus é o novo maná caído dos céus no colo dos jornalojões e tevelojas do Consórcio dos Coveiros da Notícia. Eles exultam com seu brado amedrontador de porta do inferno: “Manaus é o Brasil amanhã”!

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