DE CORONAPAPO COM O MÉDICO
Nesta
segunda-feira fui às consultas médicas de rotina para quem já completou 80
risonhas primaveras. Antes das horas aprazadas, andando por Brasília, pela ‘Rua
das Farmácias’, não encontrei álcool-gel nem máscaras antivírus, nem viroses e
nem coronavírus.
Não existe,
em balcão nenhum. As farmácias recebem caminhões diários dos dois requisitadíssimos
produtos que somem de repente das boas casas do ramo no novo mercado desses ‘extremamente’
necessários penduricalhos farmacêuticos. Há pelos ares brasilienses um delírio
de autoproteção que faz bem aos negócios da China.
Pensei em
encomendar o álcool-gel numa botica de manipulação. Mas eis que a hora da
primeira consulta chegou. Batendo papo com o médico enquanto me preparava para
um exame periódico ultrassom da próstata via Abdominal – que vem me cumulando
de boas notícias, ele me disse que “máscara se usa em lugares de grande risco,
o que não é o caso do Brasil”.
E quanto
ao álcool-gel, ele foi de simples e resoluta precisão didática: “O álcool comum
de 70% líquido é mais que bom, bonito e barato. Mas água com sabão, resolve. O
importante é a higienização”.
Ô loco,
seu! Aí então nesse caso, eu deduzi maldosa e expeditamente que aqui em
Brasília, todo cuidado é pouco diante de um aperto de mão com o Mala e que beijinho,
beijinho, pau, pau com Alcoolúgubre é pedir pra entrar em coma.
RODAPÉ – Taí,
com sotaque científico, a ‘receita caseira’ que eu andava procurando. Mas eu estou
só contando os atalhos que encontrei. Não tente fazer isso em casa. Tire as crianças
da sala e faça como eu: antes de tudo vá ao médico. Ah, sim... Essa tal de 'medicina mecânica' é fantástica - um show da vida.
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