01.
CNN BRASIL NO AR...
Pô,foi chegando com uma enorme novidade:
contagem regressiva e aí... Mais do mesmo: estive vendo a velha Globo de sempre
com o padrão CNN de qualidade.
À medida que foram aparecendo as ‘novas
faces da notícia’ percebi que já tinha visto aquele filme: jornaluxo em plena
liberdade condicional, a liberdade do patrão.
BIZZ...
Mais uma pedra de toque: na CNN Brasil,
tal como em todas as redes convencionais, a notícia é o meio e mensagem é que
business is business.
Segundo um vetusto cidadão
norte-americano que fez as honras da casa, ali é o lugar da ‘notícia com
sotaque brasileiro’. Era só o que nos faltava. Velhos apresentadores globais
brasileiros falando na tela da CNN em escorreito inglês de aeroporto.
Como grande novidade, os ‘ceneneiros’
recepcionaram e estiveram falando em tom de entrevista com os ‘poderes da
República’. Bolas começaram como manda o figurino do jornalismo comercial:
falaram com os poderes, ao invés de falarem com quem sofre nas mãos desses ‘poderes’.
E deu pra mim, quando exaltaram os
três pontos básicos de toda a dependência de sua linha editorial às ‘instituições
que estão funcionando’ sob o disfarce de três cuidados que a CNN julga fundamentais:
“Precisamos publicar; devemos publicar; e podemos publicar”.
É nesse último cuidadoso fundamento
que se consolida a plena liberdade de patrão que faz o jornalismo ajoelhar e
rezar. Aí é que se estabelece o poder dos filhos da pauta que determinam aos
repórteres, comentaristas, editorialistas, colunistas a linha editorial do
canal da mancha.
De resto, a apresentação é limpa,
dinâmica e quase convincente, como sempre foi a veterana Vênus Platinada.
Estive vendo a velha TV Globo na noviça tela com padrão CNN de qualidade.
Confesso: cansei. Foi tudo só mais do mesmo.
Sou mais a seleção de jornalismo
virtual, nas redes sociais. Falei ‘seleção’. A gente sempre tem que ter o cuidado
de saber com quem anda, com quem fala e o que se deve e pode ler.
E por favor, não esqueçam jamais o
Garanhão de Pelotas, quando incorpora o jornalista que ele abriga com paixão e
reverência no fundo do peito: “Notícia é a versão que está nas entrelinhas”.
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