4 de out. de 2019

PONTOS A PONDERAR...


MÁFIA BRASILEIRA: O INIMIGO PÚBLICO A SER DIZIMADO

Se você não está lembrado dá licença de contar: era uma Máfia velha, cansada de pagar propina aos políticos italianos.

Isso foi lá pelo começo dos Anos-70. Os mafiosos concluíram que, muito melhor e muito mais rentável era deixar de comprar e sustentar corruptos, tomando, simplesmente tomando os seus lugares.

Os padrinhos e afilhados da Cosa Nostra entraram para a política. Elegeram-se à força de Caixa-2 e aparelharam as instituições públicas.

Dez anos depois, faziam com a Itália o mesmo gato e sapato que a Câmara, o Senado, o STF, as empreiteiras e seus ‘operadores’ fazem hoje com o Brasil que restou dos governos de Lula, Dilmandioca e Temer. A máfia abria o peito e cantava em dó maior: O Estado Sou Eu!

MÃOS LIMPAS

Eis que, dez anos depois surgia então, lá na Itália, o juiz Giovanni Falcone com sua força-tarefa e a arrasadora Operação Mãos Limpas.

Em maio de 1992, a Máfia com cara de Estado italiano, usou quinhentos quilos de explosivos ocultos sob o asfalto e explodiu três carros blindados no quilômetro 4,7 da rodovia que liga o aeroporto à cidade siciliana de Palermo, na Itália. Morreram cinco pessoas, dentre as quais, Giovanni Falcone.

Dois meses depois, ao entardecer do dia 19 de julho, um carro-bomba deu fim à vida de seu colega Paolo Borsellino e de mais cinco pessoas na Via D'Amelio, na mesmíssima Palermo.
As mortes de Falcone e Borsellino marcaram o auge na estratégia de ataques empreendida pela Cosa Nostra, a máfia siciliana do final dos Anos-80 e princípios dos Anos-90, tempo em que a bandidagem assumiu o Parlamento, dominou o governo e enquadrou e enquadrilhou o Judiciário e a Justiça.
VILANIA E CRUELDADE
Mas ali se deu um ‘trauma cultural’; ali se deu uma ruptura na percepção social sobre a máfia. Ela perdeu a simpatia. Só a simpatia, não perdeu a vilania nem a crueldade. A máfia conseguiu – à força da Lei que dominava – desmantelar a Operação Mãos Limpas.
Houve, no entanto, no seio da população, uma mudança radical. Pela primeira vez na história da Itália, a Máfia se convertia num mal público em nível geral; tornou-se um inimigo que tinha e tem que ser combatido. Bem como já começa a acontecer aqui na relação do povo com o crime organizado de gravata e colarinho branco.
ENTREMENTES...
Entrementes... Por aqui, aqueles que não sabem até hoje quem mandou matar Celso Daniel e não querem nem saber quem mandou Adélio Bispo esfaquear Bolsonaro, são os mesmos que não querem hoje o Pacote Anticrime; são os mesmo que inventam leis de ‘abuso de autoridade’, procrastinam à exaustão os processos até leva-los à prescrição perpétua.
São eles, os mesmos que e não suportam sequer ouvir falar no nome de Sérgio Moro ou da Força-Tarefa da Operação Lava-Jato com posta por juízes, procuradores, investigadores da Polícia e da Receita Federal.
Esses cavernosos incrustados na Câmara, no Senado, no Supremo, os executivos-executores das empresas propineiras vencedoras contumazes de licitações fraudulentas e seus operadores, são hoje aqui no Brasil Jaburu da Silva o mesmo ‘trauma cultural’; o mesmo fenômeno do mal; o mesmo mal público em nível geral e de fio a pavio; eles são a máfia brasileira - um inimigo que tem que ser combatido. E dizimado. De cabo a rabo.
TODO CUIDADO É POUCO
O diabo é que ‘’eles’’ são organizados e o povo brasileiro, tanto quanto o italiano, não tem um mínimo de organização, embora o Brasil – diferentemente da Itália – tenha hoje um ídolo de pés firmes e muito bem postados no chão: Sérgio Moro, o juiz da Lava-Jato que virou ministro da Justiça e da Segurança. A grande mosca do alvo. Sérgio Moro não é de barro. Nem de ferro. Nem seus parceiros de Lava-Jato e de combate ao crime e à corrupção desenfreada.
Todo cuidado é pouco. Quem manda matar Celso Daniel e não quer nem saber quem mandou Adélio esfaquear Bolsonaro, age como a temível e organizada máfia brasileira.

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