CÚMULO DO CINISMO
Qualquer reforma feita pelo Congresso Nacional.
02.
GOVERNAR É PRECISO
Bolsonaro, o católico mais evangelical do Brasil: ''Ideologia de gênero é coisa do capeta''. Então tá, presidente... Deixa isso lá para o Belzebu e vamos governar o que há para governar que governar é preciso.
03.
O ''SAIDÃO'' DE EIKE MARAVILHA
O Tribunal Federal da 2ª Região, o TRF-2 lá do Rio de Janeiro que continua lindo, concedeu habeas porcus para Eike Maravilha Batista. A decisão, foi tomada pela desembargadora Simone Schreiber.
Ela achou que a prisão do empresário ''viola os princípios da não autoincriminação e da presunção de inocência''.
La Schreiber disse também que o uso de qualquer forma de prisão cautelar para submeter o suspeito a interrogatório é ilegal e incompatível com os princípios da Constituição Federal.
Eike Maravilha ganha assim a mais longa ''saidinha'' da história do Dia dos Pais dos detentos desse país.
04.
TRF DO RIO - PASÁRGADA CARIOCA
Lá, o Eike é amigo do rei.
05.
IN MEMORIAN:
Porque hoje é domingo, há todo tempo do mundo para recordar. O texto é longo, mas não tão grande quanto a desfaçatez de alguém que se julga e, pior, se garante acima da lei e da ordem; pra lá, muito pra lá do bem e do mal.
IDF - O NEGÓCIO DE GILMUAR
Se você não tá lembrado, dá licença de contá... O Supremo é a Pasárgada assobradada de quem usa o poder absoluto de julgar sem que possa ser julgado.Estamos voltando ao dadivoso ano de 2016, uma temporada pra lá de feliz da vida para o Instituto Brasiliense de Direito Público, o atraente IDP, logomarca de ninguém mais nem menos do que Gilmuar Mendes - um dos 11 Intocáveis dessa República submissa.
O caixa do instituto de Gilmuar Mendes não teve gaveta que chegasse. Abocanho nada menos do que 32 pagamentos de diversas empresas e entidades, todas elas muito interessadas em patrocinar eventos de palestras e trocas de ideias, sempre com a presença notável de Gilmuar, o seu campeão de audiência.
Os patrocínios foram sempre pra lá de módicos: coisa assim de 50 mil a 500 mil reais. Só naquele já longínquo e esquecido ano a ''mordida'' nos singelos patrocinadores foi de 4,3 milhões de reais.
Até então, de 2011 até 2016 a estrovenga de Gilmuar já embolsara coisa de 2,7 milhões, levando a brincadeirinha de papo furado do tal IDP a um recolhimento de 7 milhões de reais.
Ao todo foram 23 empresas e entidades que patrocinaram o instituto. Patrocinaram e continuam rentes que nem pães quentes, prontas a cobrir as despesas do profícuo e magnífico trabalho que o IDP realiza pelo Brasil.
O interessante é que há, nas planilhas do IDP, patrocinadores que marcharam com a grana sem que houvesse publicidade da sua marca... Benditos patrocínios ocultos! O IDP se mexe. Ele também realiza encontros do que chama de ''grupos de estudos jurídicos''. E aí, também aparece o inusitado fenômeno dos patrocinadores que patrocinaram e patrocinam, mas ''não gostam'' de aparecer.
A Souza Cruz, célula mater do rentável e pernicioso ramo de cigarros, foi descoberta sob um denso véu de fumaça nos documentos internos como o principal patrocinador camuflado do IDP.
Desde 2011, a companhia repassou 2,4 milhões de reais ao instituto de Gilmuar. Mas não há, nem no site do IDP nem nos materiais de divulgação, qualquer referência à empresa. Funcionários-delatores ocultos deram com a língua nos dentes, sob a condição de terem sua identidade preservada. Eles delataram que havia um acerto entre as partes para que os patrocínios da Souza Cruz permanecessem incógnitos.
Na época, procurada por jornalistas curiosos - porque a Justiça se faz de cega nessas horas - a Souza Cruz confirmou que em momento nenhum buscou “visibilidade” ao fazer os repasses ao instituto de Gilmuar - O Suprassumo. Contou que patrocinou dois projetos, mas que não tinha interesse nenhum em aparecer. E singelamente abriu o jogo: tem com o IDP, há anos, um contrato para o “patrocínio de atividades acadêmicas”. O tal contrato é coberto por uma providencial cláusula de confidencialidade.
E estarão lembrados vocês de que o Bradesco e o grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, também estão no rol dos patrocinadores do IDP que não fazem questão de publicidade?!? Pois assim é, ou pelo menos sempre foi.
Não se pode, nem se deve esquecer de que em outros anos e outras felizes oportunidades as duas progressistas empresas exibiram suas logomarcas em profícuos eventos do instituto de Gilmuar. Mas, os repasses feitos em 2016 ficaram restritos aos balancetes internos do IDP.
O Bradesco e a holding da JBS figuram entre as empresas que contribuíram para a 19ª edição do Congresso Internacional de Direito Constitucional, realizada em Brasília. O banco tirou de seus cofres 200 mil reais e a J&F, mais que um banco, entrou com 500 mil.
Os valores foram anotados nos documentos internos do negócio de Gilmuar como patrocínios ao tal congresso, porém os dois grupos não apareceram, em nenhum momento, entre os patrocinadores oficiais.
Mas isso não quer dizer novidade nenhuma na vida pregressa do instituto de Gilmuar Mendes. Em um seminário realizado no IDP no Rio de Janeiro, em junho de 2016, a Triunfo Logística, empresa fluminense de engenharia que atua no setor de óleo e gás, repassou 100 mil reais para o evento. E dadivosa e altruísta, abriu mão de aparecer como patrocinadora.
O tal seminário tinha Gilmuar Mendes como anfitrião e como palestrantes, os ministros Bruno Dantas e Vital do Rêgo, daquele Tribunal de Contas da União (TCU). O valor pago pela Triunfo foi - acredite se quiser - creditado na conta do IDP.
O Google é outra empresa que adotou comportamento semelhante. Repassou 200 mil reais, em maio de 2016, para viabilizar a criação de um centro de estudos no IDP. O gigante da internet garante e até prova para quem quiser saber que costuma incentivar a produção de conteúdo técnico e admitiu que, no acerto com o instituto de Gilmuar, não havia qualquer obrigação de exposição da marca.
O Google deu até como exemplo outros quatro grupos similares que também receberam seu apoio. Só que... Todos estamparam a sua logomarca. O projeto do inocente negócio de Gilmuar foi o único em que o nome do Google não apareceu.
Além de conglomerados como Souza Cruz, J&F, Google e Bradesco, as planilhas que listam as receitas do instituto de Gilmuar Mendes com patrocínio revelam outros suprassumos da economia nacional, como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e organizações setoriais, como a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
E por aí vai. Vai que vai. O IDF é a filial suprema da Pasárgada assobradada para as ''Forças Vivas'' desse País... Lá, elas são amigas do rei. Vida promíscua ao rei!
RODAPÉ - Isso não é novidade. Novidade são as conversas roubadas por Glenn Greenwald para desestabilizar a República e tirar o Lula da cadeia. E coisa que não espanta ninguém é que esse mesmo Gilmuar quer julgar e condenar a força-tarefa da Lava-Jato. É que, como se sabe, a Lava-Jato combate a corrupção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário