6 de mai. de 2022

 

PONTOS A PONDERAR...

1ª Edição – 06/maio/22 – 6ª Feira

Por: Sérgio AO Siqueira

PRISCAS ERAS...

Eu sou do tempo em que, fora do Carnaval, só bandido usava máscara. Hoje, se não estiver mascarado, ninguém entra num banco para sacar dinheiro.

HISTÓRIAS DO BRASIL CONTEMPORÂNEO

ERA UMA VEZ...  Este mesmo 6 de maio, só que em 2019. Foi quando a juíza Solange Salgado, de Brasília, salgou o banquete dos cardeais supremos e suspendeu a contratação daquele buffet de luxo que sairia pela bagatela de R$ 481,7 mil. Ela deu provimento a uma ação movida pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP).

Ela considerou o gasto desproporcional e ‘com potencial de ferir a moralidade administrativa’. O edital da licitação inicial previa gastos de até R$ 1,1 milhão pelo regabofe, que incluía pratos finos e bebidas como uísque, gim, vodca e vinhos premiados.

Solange Salgado não teve fastio em classificar a gandaia gustativa dos proprietários do governo e da justiça:

“O objeto do pregão em análise se aparta da finalidade para a qual o Supremo Tribunal Federal foi criado, pois a contratação do serviço de fornecimento de refeições visa atender a uma atividade-meio — que, portanto, deve existir tão somente no limite do indispensável para a efetiva realização da atividade-fim”.

E ainda deu a garfada final: “Os itens exigidos destoam sobremaneira da realidade socioeconômico brasileira, configurando um desprestígio ao cidadão brasileiro que arduamente recolhe seus impostos para manter a máquina pública funcionando a seu benefício".

Na maior cara de pau e sem qualquer cerimônia, o STF avisou que iria recorrer da decisão usando e abusando da Advocacia Geral da União. Que fome de vaidade tem o ego dessa pandilha...

LENDAS URBANAS (*)

Do livro jamais editado “Que Anarquia É Esta?!?”.

Por: O Garanhão de Pelotas

(*) - Vêm aí, os contos, cantos e encantos do próprio Garanhão de Pelotas. Depois, não se queixem das suas ah/venturas.

CASSA O CAÇADOR

Ninguém perde por esperar...  É que água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Como diria Aldous Huxley, o cara está chegando ao ponto de ser e parecer “uma mistura de nervosismo de um cavalo, com a teimosia de uma mula e com a malícia de um camelo”.

Traduzindo do português entogado metido a castiço para o português do olho da rua, isso quer dizer que os pares e ímpares do Aleixandão já estão de saco cheio dos desvarios de seu espevitado confrade.

Ele vem confundindo persistência jurídica com obstinação, capricho, teimosia, veleidade, venetas, extravagâncias e lampejos. Ele está chegando no ponto de confundir toga com fralda, de tanto obrar em cima da Constituição-Cidadã.

Os donos das outras togas estão chegando ao ponto de dar um basta, um páratequieto no persecutor-desenfreado saindo toda a farândola de detrás da moita para cassa-lo. ‘Cassa-lo’, assim mesmo, com dois esses e cê-cedilha fora. ‘Cassa-lo’ assim mesmo, sem o acento no ‘á’ antes do tracinho, popularmente conhecido nos áureos tempos, como ‘hífen’.

Aí, então, vai ser bem do jeitinho como foi com aquele caçador pelotense que, recém-chegado a Pelotas de um safári na África, contava num dos finos clubes da minha pátria pequena que deixei no Sul, para um grupo de madames interessadas em aventuras, como foi que ele – desarmado - escapara de ser devorado por um leão faminto e furioso:

- Acordando de uma soneca, no meio da selva, me deparei com aquele leão enorme, pronto para me devorar.

- Ó que horror! – Exclamaram, uníssonas, as madames.

- Desarmado, saí em desabalada carreira, rumo à primeira árvore que eu pudesse escalar. E o leão nas minhas pegadas. Quando aquela fera chegou a um passo do Sul das minhas costas, escorregou feio e eu consegui me distanciar.

- Óóó! – Suspiraram as emocionadas senhoras.

- E eu corri, corri o quanto podia correr. Mas ele veio atrás de mim e, quando ia me abocanhar... escorregou de novo.

- Ah que sorte! – Vibraram as fidalgas senhoras.

- Eu me distanciei e, quando estava quase chegando à árvore salvadora, o leão ia me abocanhar, mas... escorregou. Estatelou-se e eu consegui subir na árvore da minha salvação.

O herói do momento, suspirou então e deu fim ao relato de sua trepidante aventura diante de um rei das selvas africanas. Em meio aos cinco segundos de silêncio, uma das aristocratas da Princesa do Sul se fez ouvir:

-Oh, Mon Dieu! Se fosse o Zeca, meu marido, ele já teria se emporcalhado todo de medo...  Excusez-moi, mas, o senhor não se sujou todo de medo?!? – Quis saber, a aflita e rebuscada dondoca.

- Ah, madame, e no que é mesmo que a senhora pensa que o leão escorregava?!?

Pronto, eis aí, um final infeliz.

Pois, agora, não vai demorar nada, nadica de nada e o Aleixandão vai escapar arranhando pelos escorregões dos seus dez caçadores que vestem toga. E que se dê por feliz.

PONTOS A PONDERAR...

01.

INDA QUE MAL PERGUNTE...

Não que façam alguma falta, mas cadê os hospitais de campanha que estavam aqui, cadê?!?

02.

ELEIÇÃO 2022

Só não tem engulhos ao entrevistar um corrupto ativo e passivo, especialista em lavagem de dinheiro, o jornalojista que é da mesma laia. E, sim, sim, quem vota em ladrão é ladrão.

03.

PACHECO, PRESIDENTE

Valei-me tudo que é anjo e santo! Pacheco é presidente do meu país. É só por meio expediente, mas a marca fica pra sempre.

04.

PALANQUES VAZIOS

Gleisi, a Perereca Pálida, no papael de Amnante nas planilhas da Odebrecht – é hoje a Gata Parda. Chega a perder a cor a cada palanque vazio do Lul@lcapone. Ela ficou toda tremelique quando, em mais uma sessão intramuros, uma eleitora gritou “Lula, nunca mais”.

A gatona lul@lcaponista reagiu dos dentes pra fora. Contou para os jornalojistas de rebanho que “tive vontade de agredir aquela mulher!”. Ah, basta esperar que o Adélio Bispo seja liberado pelo próximo laudo médico.

05.

BISPO NA PRAÇA

Adélio Bispo, o laranjão esfaqueador de Bolsonaro, pode ser solto em agosto. É quando ele vai passar por nova avaliação médica que pode atestar que sua demência já era. Mas, o que foi que eu lhes disse ainda na semana passada?!? Palanque vazio dá cada idéia...

06.

AUDITORIA INTERNACIONAL

Para o Consórcio da Imprensa de Rebanho, Bolsonaro ontem baixou a lenha no TSE. Que baixou, o quê! Ele disse apenas que “o TSE tem que mostrar que temos sistema eleitoral confiável”. Então, qual é o pó?!?

Mas, como Fachinews, presidente do puxadinho do STFake não dá o ar da graça, o Capitão anunciou na sua ‘live’ de ontem que o PL, seu partido alto, vai contratar uma auditoria internacional para dissecar as acontecências do outubro vermelho que vem por aí.

07.

FRACASSO DE PÚBLICO

No altiplano de mais um palanque vazio ao ar livre, além de pedir voto, declarando-se candidato antecipadamente, Lul@lcaduco falou até em ‘encher ônibus, se for preciso, para levar pessoas aos nossos comícios”. E aí, TSE, cadê você?!? Cadê?!?

08.

SÓ NA ‘TIME’

E assim é que Lul@lcapone sai na revista Time, mas não sai na rua. E nem a rua vai aonde quer que ele esteja. É que nem a Anitta cujo coração palpita ao encontrar DiCaprio, enquanto Bolsonaro fala com e para os brasileiros.

09.

GUERRA É GUERRA

Guerra é guerra; festa é festa, meu camarada. O Assessor de Zelensky, presidente acuado da Ucrânia massacrada, denunciou ontem as baboseiras bélicas de Lul@lcaduco: “Lula fala como russo! ”. Tá falado.

10.

PÚBLICO CASEIRO

Com o marketing de campanha sob nova direção, Lul@klcapone está sendo empurrado a uns que outros palanques a céu aberto. Tem sido um inferno para ele e seus acólitos de sempre. Ele tem tido, nas ‘entrevistas’ que concede dentro de casa, mais público do que nos fiascos de rua.

11.

SOLITÁRIA

Isolada pelos lul@lcaponistas nesta temporada eleitoral, Dilmandioca Sapiens anda pra lá de solitária. Que se dê por feliz. Deveria estar hoje na solitária.

12.

PANELAÇO?!?

O lul@lcaponismo anda tão por baixo que nem panelaço mais promove, quando Bolsonaro aparece na TV. E olha que toda quinta-feira, isso é sagrado, tem a live do Capitão e seus correligionários. Vai ver que panela sem pão e mortadela não faz barulho.

13.

PONTO 13

A parada 13 é dele. Então, inda que mal pergunte: Que fim levaram os outros processos de Lul@lcapone da Silva?!?

Que fim levou aquele caso da maracutaia do BNDES com a ditadura de Angola?!? E aquele do terreno para o Instituto Lul@lcaponagem?!? E o da Medida Provisória das Montadoras?!?

Por onde anda aquele outro, da Guiné Equatorial?!? E onde foi que socaram o processo da propina da Odebrecht, ou o caso da Usina de Belo Monte?!?

O que é que há com o peru da Justiça brasileira: está com preguiça, ou pesteada pelo coronavírus que já nem assusta mais ninguém?!?

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