14 de mai. de 2022

PONTOS A PONDERAR...

1ª Edição – 14/maio/22 – Sábado

Por: Sérgio AO Siqueira

PRISCAS ERAS...

Eu sou do tempo em que nossas avós cultivavam Babosa em casa, por suas propriedades medicinais, além de ser ótima para hidratar os cabelos e a pele.

HISTÓRIAS DO BRASIL CONTEMPORÂNEO

ERA UMA VEZ... O Brasil nas mãos da cumpanherada, em pleno mês de maio do cabalístico ano de 2013. E dava-se o seguinte:

Inflação subindo, Luladino vem vindo. Eduardo Campos e Aécio se unindo, Luladino vem vindo. Dilmandioca sumindo, Luladino vem vindo.

Nem era por causa do nó na garganta, mas até então Luladino não tinha engolido – como nunca engoliu - aquela história da Dilmandioca mandar fechar o rendez-vous da Rosemary, em São Paulo.

Viajando então como lobista, visitando o Maracanã, recebendo o secretário da Fifa, vistoriando as obras do Itaquerão, comandando a massa e balançando a pança e já não se achando tão jovem e saudável assim para esperar até 2018, Luladino agia exatamente como candidato ao lugar de Dilmandioca que despencava nas relações políticas com o Congresso, o Judiciário, com aliados e com o PT.

Quando o candidato é candidato nunca diz que é candidato. Então, Lulalá naquele 2014 que se avizinhava. Ele não achava que já não tinha tempo para arriscar uma espera até 2018 sem qualquer imunidade.

Além de sua volúpia pelo poder e suas rebarbas, Luladino tinha medo do que Joaquim Barbosa poderia fazer, lá no Supremo, com o seu futuro.

E aí então, hoje se sabe que as coisas fluíram de outro jeito: Barbosa saiu do Supremo antes mesmo de Dilmandioca, dar o golpe nos planos de Luladino, reelegendo-se à custa do silêncio sobre o escândalo La Vie en Rosemary.

Dilmandioca não disse nada para Dona Marisa, ainda feliz consorte de Luladino e, assim, reelegeu-se para ser impichada dois anos depois. Taí por que, hoje, para o ardiloso Lul@lcapone “Dilma não cabe em um ministério”.

LENDAS URBANAS:

AH/VENTURAS DO GARANHÃO DE PELOTAS

Ghostwriter: Sérgio AO Siqueira

CHURRASCADA NO SÍTIO DO LARANJAL

Churrasco no Laranjal. No Sítio “Garanhão de Pelotas”, meu recôndito refúgio para veraneios eventuais, com pedalinhos e tudo, na praia da Lagoa dos Patos, a maior do mundo em volume de imaginação.

Naquele sábado, foi a turma do centro. Um pouco da Charqueada São João, outro tanto do Caiçara, uns que outros da Galeria Zabaleta.

Quando a gente foi pra lá, já estava todo mundo à meia-guampa.  Porra, era sábado! Havia a perspectiva de domingo, os padres já andavam à paisana e a turma tinha começado a lavar a alma com águas que os bois não bebem desde muito cedo ali no balcão do Cantinho do Gordo – inferninho do aperitivo explícito, bem na passagem de acesso aos anjos que habitam aquele complexo de mais de 70 apartamentos residenciais no coração da bonita e faceira Pelotas.

Findo o expediente matinal de beira de balcão, nos mandamos todos à churrascada de sempre lá no sítio. Seu Nereu, o zelador do prédio, aproveitara a folga da semana e se adiantara a todos na primeira rodada do primeiro torneio de halterocopismo do dia.

Seu Nereu foi o campeão da manhã em dose de “martelinhos”. Bateu pra valer. Compensou a sede monumental com uma única e gloriosa empadinha folheada. E deu pra sua bolinha.

O churrasco tinha de tudo. Ovelha, porco, rês com cara e cheiro de picanha, costela, traseiro – que nunca faltou nas farras do Laranjal – chouriço, linguiça defumada, vinagrete, pão, salada de cebola com pepino na casca pra não dar refluxo...  E - pasmem! - até chimarrão.

Tinha também muito papo, muita mentira, muita gabolice – que é pra isso mesmo que serve uma churrascada desse tamanho e feitio.

Todos comeram de tudo, a fartar, a mais não poder. Menos o Seu Nereu que, mais pra lá do que pra cá, mal chegou ao sítio, procurou o sofá da sala e dormiu a sono solto.

Lá pelas nove da noite, Seu Nereu acorda e cambaleante sai à cata da turma que ainda se refestelava com a sobremesa, uma montoeira de tijolinhos tipo Mariola e bocados de Romeu-e-Julieta, como manda um verdadeiro final de churrascada.

Quando bati com os olhos na figura levei um susto, mas não dei mostras disso. Apenas me lembrei que a gente tinha esquecido do parceiro beberrão e dorminhoco.

Quiuspariu! O cara dormiu, dançou. Não sobrara nada pra ele.

Seu Nereu, pobre pinguço, era o retrato da fome. Nem era preciso que ele demonstrasse isso, mas ainda cambaleante de bêbado, ele demonstrou:

- E aí Garanhão, tá pronto o churrasco? Tá me doendo o estômago de tanta fome...

- Tá com dor no estômago, Seu Nereu?

- Tô, Garanhão. Dói pra cacete. Se não comer já-já, acho que vou morrer.

- Quê morrer o quê, Seu Nereu. Essa dor no estômago é de tanto comer.

- Tanto comer?!?... Eu comi? Eu comi churrasco?!?

- Comeu pra burro! Você não parou de mastigar, até que caiu duro lá no sofá...

A ressaca era de tal ordem que Nereu acreditou mesmo que tinha comido demais. Foi até o banheiro mais próximo, enfiou o dedo na garganta e vomitou tudo o que tinha comido. Desculpe, mas eu tenho que contar: vomitou uma azeitona, souvenir daquela empadinha matinal, e quase três litros de pinga.

Seu Nereu voltou para o sofá. Recostou-se e dormiu até às cinco da madrugada. Eu fui acordá-lo e lhe dei uma carona até a cidade. Ele precisava pegar o serviço e bater o ponto às oito da manhã daquela segunda-feira.

Já no balcão do Cantinho do Gordo, eu lhe paguei um café com leite e duas recheadas – o velho pão cacetinho com manteiga, queijo e presunto.

Seu Nereu, como se na véspera não tivesse comido churrasco que nem um desesperado, devorou às pressas aquele quebra-jejum, antes de tomar uma ducha e iniciar uma nova jornada de trabalho na Galeria Zabaleta.

MORAL DO GARANHÃO – Estômago de bêbado também não tem dono.

RODAPÉ DO GARANHÃO – Nas padarias pelotenses, você encontra cacetinho sempre novo e estalando. Se pedir uma dúzia de pãezinhos franceses, o balconista vai estranhar.

PONTOS A PONDERAR...

01.

BURRICE

Não dá para entender a burrice dos veículos de comunicação que não pertencem ao Consórcio da Imprensa de Rebanho, perderem tempo repercutindo ou contestando essas pesquisas delinquentes feitas por institutos flagrantemente tendenciosos e sem medo de espalhar propaganda enganosa.

Debater essa imundície é fazer o que eles querem e chafurdar na lama de uma enquete feita ‘cientificamente’ por telefone, com pouco mais de mil pessoas, talvez eleitoras e talvez não, sabe-se lá em que universo ou rebimboca de parafuseta desse país com mais de 215 milhões de habitantes.

02.

OS 3 PARTIDOS

Os três partidos políticos mais fortes e perniciosos nessa temporada eleitoral são o STFake, TSExtensão e o Consórcio da Imprensa de Rebanho.

03.

SE...

Se o Capitão fosse general, o Supremo já saberia quanto do tal ‘poder moderador’ cabe dentro do Artigo 142.

04.

ANDRÉ, O TERRÍVEL

O governo Bolsonaro foi ao STF contra os governadores e seu escorchante ICMS pra cima dos combustíveis. O caso caiu no colo do terrível André Merdonça. Ele acatou de cara o pedido e, de bate-pronto rebateu o abuso dos governadores. Até que enfim, o STF fez alguma coisa que prestasse. Mas, ninguém perde por esperar, o troco vem a galope.

05.

ALIADOS

Quando, alguns, longe da voz rouca das ruas, se dizem aliados de Lul@lcapone, o que me espanta já nem é o fato de que o cara que roubou e deixou roubar seja candidato à presidência desse país. O que me deixa de queixo caído e boca aberta e que ainda se encontre esse tipo de aliados.

06.

PERGUNTAR NÃO OFENDE...

Pois, pergunto mais uma vez e não pela última vez: quem vai controlar aqueles que controlarão a apuração final dos votos dessa eleição?!?

07.

AUDÁCIA

O TCU pode aprovar a privatização da Eletrobrás na próxima semana. O ministro Augusto Nardes já disse que vai votar a favor da proposta. Pô, que audácia!...

Nem perguntou nada para o Lul@lcapone da Silva que já disse, em altos brados, no outro dia num daqueles palcos a céu coberto, longe do povo e das ruas, que “para privatizar qualquer coisa nesse país têm que vir falar comigo!”...

08.

NÃO SE DISTRAIAM!

Desde os governos luladilmáticos que o brasileiro é refém de aparelhos como a Eletrobras... Da Petrobras, então, nem se fala.

Nenhum comentário:

Postar um comentário