PONTOS A PONDERAR...
1ª Edição –
02/Abril/22 – Sábado
Por: Sérgio A. O. Siqueira
PRISCAS ERAS...
Eu sou do tempo em que aquele que não usava calça de Brim Coringa era Bokomoko.
HISTÓRIAS DO BRASIL & LENDAS URBANAS COM O GARANHÃO DE PELOTAS
Pois, acabei de contratar o Garanhão de Pelotas para, volta e meia, apresentar aqui mesmo neste espaço de plena liberdade de credo, pensamento e expressão, sua ah/venturas e coisas parecidas. E, a coisa começa hoje mesmo. O que lhes passo a contar me foi editado e revisado pelo próprio Garanhão de Pelotas. Boravamolá...
ERA UMA VEZ... Um Dia de Fúria
E então vos
digo, lá vinha eu num daqueles dias aziagos de Garanhão de Pelotas em que,
por alguma infausta interferência dos deuses da vida, naquele tempo eu era o
chefe de gabinete do chefe do chefe da Casa Covil da quadrilha dos
propineiros.
Vinha eu, em verdade vos digo, adentrando a sala do Capeta de i tutti capi, meio
contrariado de tanto receber ordens de um lhegalhé analfa, filho da mãe que
nasceu nua e tal qual a ele, sem tirar nem pôr.
Vinha eu, atentai meus nobres companheiros, engasgado com meu
servilismo, mantido e engolido apenas pelo salário nababesco e
algumas comissões decorrentes de consultas concedidas por baixo dos
panos, mercê de minha proximidade com o que se pode cognominar de O Filho do Brasil.
Vinha eu, meus diletos bons e batutas, arrastando os últimos latidos de minha
fidelidade canina, em direção ao grande mestre da República dos Calamares, para
oferecer-lhe meus ouvidos à guisa de penicos republicanos.
Como já vos ensinou certa feita o divino condutor dessa democracia
meiaboca, "a gente temos duas orelhas: uma pros aplauso, outra pros
apupo"...
Pois, este Garanhão de Pelotas que vos fala, estava naqueles
dias calamitosos em que a orelha-urinol está transbordando. Ao me
aproximar da douta e honorável figura, só tive ouvidos para a voz rouca
das ruas que ecoava no terceiro andar do Palácio:
- Ahê,
cumpanhêro
Garanhão, tu já chegou?
- Não, meu
divino mestre e ‘companheiro’, eu ainda tô lá na esquina...
O que era um riso hipócrita de primeiro cumprimento matinal desferido
por um dono da casa para seu subalterno cotidiano, transformou-se num
esgar prontamente vingativo. Eu conhecia bem aquele feitio de boca
quando o Cara te
devorava com os olhos. E veio a segunda pergunta imbecil do dia:
- O que é
isso, cumpanhêro?!?
- Isso é o seguinte, tô de
saco cheio.
- Ei, eu sou o presidente
dessa República! Que modos são esses?!? Não foi assim que eu ensinei vocês!
- Eu tô de saco cheio!
- Isso é jeito de me
responder?!?
- É. Quando me fazem uma
pergunta burra, eu respondo como um burro!
- Epa! Opa!
Como assim?
- É só pro burro não
pensar que é inteligente.
E fui dando meia volta. Não sem antes lhe dizer por cima dos ombros:
- Quero o meu boné da CUT que me
pariu que eu já tô indo.
Nunca mais me verás tu, cara de tatu!
E saí porta afora. Ao passar pelos seguranças avisei discursando de
modo a ribombar o meu dia de fúria pela Rádio Corredor de portas
palacianas já entreabertas:
- Diz pro chefe dos
propineiros que eu tô de mal com o Capeta. Mas já vou avisando: sou um túmulo.
Um arquivo-vivo. Não adianta me queimar! Se eu virar arquivo-morto, a imprensa de rebanho daqui e a mídia internacional vão
receber todos os vídeos e as gravações que espalhei por aí. Sou o Garanhão de
Pelotas e não um desertor de Garanhuns e muito menos o coitado daquele prefeito,
lá de Santo André.
MORAL DA HISÓRIA - É
delicioso ter um ataque de loucura assim por pouco tempo, de repente e de
pequena duração: é quando se dá por certo que nada precisa ser politicamente
correto nesta vida. Muito menos num dia de fúria.
PONTOS A PONDERAR...
01.
FALASTRÃO
Pautar ‘entrevistas’ com Lul@lcapone não é torcer a favor; é mandar contra.
02.
ELEIÇÃO 2022
União Brasil 44 – o partido sapatilha.
03.
O BUQUÊ
Se o Supremo fosse um buquê, seria só de flor que não se cheire.
04.
Para
Lul@lcapone, verdade é sempre a
penúltima mentira que ele inventa.
05.
A VOLTA
Para os jornalojistas do Consórcio Coronamídia de Rebanho, o Estado não pode ser incorruptível e nem um governo pode ser honesto. Eles querem a volta daquele que rouba e deixa roubar.
06.
ELEIÇÃO 2022
Articulação política, teu nome é gorjeta legal.
07.
HAI-KAI
O Garanhão de Pelotas, hoje está impossível. Desse jeito não vai à Missa das Dez. Junto com o seu relato de ‘lendas urbanas’ me mandou esse Hai-Kai de mil anos atrás, mas ainda na ordem do dia:
QUORUM
Precisa Fórum / pra julgar tanta falta / de dequorum?!?
08.
DEPOIS DE TUDO
Manchete alarmista e apalermada dos jornalojistas de rebanho: “Chuvas no Rio de Janeiro deixam 15 mortos e ‘pelo menos’ 5 desaparecidos”. E vão mais fundo: “Mãe e seis filhos morrem em deslizamento em Paraty”.
E a boa e velha Defesa Civil chega depois, com seu velho ar de profeta-do-acontecido. Esse filme, a gente já viu: os governos só sabem usar bem direitinho e ligeiro o Fundo Partidário. É um filme que nunca tem final feliz.
09.
VOTOS?!?
E a imprensa consorciada quer saber: “Lula ou Bolsonaro: para onde vão os votos de Moro na corrida presidencial?!?”. Que votos?!?
10.
O CLIMA
Você já se
deu conta de que esse clima de ‘pé nos fundilhos’ que assola os corredores da
outrora Vênus Platinada, tem tudo a ver com a vitória do Pai dos Filhos do
Capitão, talvez até no primeiro turno desse Outubro Vermelho?!?
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