PONTOS A PONDERAR...

Por: Sérgio A. O. Siqueira

Porque hoje é sexta-feira / A quarentena é um triste repeteco... / Porque hoje é sexta-feira / Saio pra ir ao Super, e não ao boteco.

01.

ELEIÇÃO

Fique certo: o eleito que levar o seu voto vai usá-lo como arma contra você, assim que chegar lá.

02.

A DELAÇÃO

“Eu acabei com a Lava-Jato porque não tem mais corrupção nesse governo não tem corrupção”. Isso não é uma declaração; é uma delação premiada. Pronto, pra mim, Bolsonaro não precisa confessar mais nada.

03.

FRASE DE DEFEITO

Essa do Bolsonaro dizer que acabou com a Lava-Jato não foi uma frase de efeito, foi frase de defeito. E Bolsonaro mentiu: não acabou com a Lava-Jato, acabou com aquela força-tarefa lá do Rio de Janeiro, onde a coruja dorme. A Lava-Jato continua no Paraná, com franquias em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e por aí vai... 

Essas continuam, distantes do jugo de Aras, o augusto mensageiro, e não vão morrer tão cedo, posto que o acervo de processos e investigações em andamento não vai deixar que os fichas-sujas limpem seus surrados colarinhos brancos.

Quanto à corrupção no país, ela continua – à margem do governo, é verdade: estão aí os hospitais de campanha e as verbas eleitorais nos cofres dos partidos, que não deixam mentir. Bolsonaro, não teve a grandeza que o seu lado bom merece: falou e disse o que Lulavagem, Zé Dirceu, Renan Calheiros e seus genéricos aplaudiram de pé e estão pedindo bis.

04.

O CLIMA BRASILIENSE

Chove ou chuvisca pelo Brasil afora. Em Brasília não cai uma gota d’água desde maio, mês das noivas. Isso quer dizer, baixíssima umidade e pressão idem ou alta demais; quer dizer também pele seca, lábios rachados e tonturas por dá cá aquela palha. Há 44 anos vivo em Brasília e as queimadas sempre fizeram isso com quem se permite ser meio Band-Aid e gosta de viver perigosamente.

05

VAIDOSA

A Flordelis se apresentou ontem para colocar tornozeleira eletrônica. Mas que mulherzinha bem vaidosa, essa, né não?!?

06.

O FUTEBOLHA TEM DISSO...

COPA DO MUNDO – ELIMINATRISTES

ARGH!ENTINA 1 X 0 EQUADOR

Jogo ruim. Numa La Bombonera triste e vazia, até o Messi se perdeu no meio da mediocridade geral. Aos cabalísticos 13 minutos do interminável primeiro tempo, um zagueirola equatoriano cometeu um pênalti que, mais do que falta, foi uma burrice. Messi bateu e cometeu o gol solitário no estádio abandonado.

Não é porque tenha sido um jogo da Argh!entina. É que futebol sem torcida, jogado numa bolha, não passa de um monótono videogame. Ou acabam com essa quarentena, ou a quarentena acaba com o futebol.

07.

A DIFICULDADE DE EXPRESSÃO

DO DECANO CURTO

Celso de Mello, o energúmeno, em ritmo de Serenata do Adeus, votou ontem pela derradeira vez na sua carreira de enfileirados 31 anos de supremacia modorrenta. Votou pelo depoimento presencial de Bolsonaro na PF. Grande coisa. Assim ou assado, tanto faz como tanto fez.

A grande humilhação está é no triste fato de, seja lá quem for, tenha sido submetido à avaliação de um pusilânime como esse decano curto que está, até que enfim, voltando para os cafundós de onde nunca deveria ter saído.

Com o seu glorioso ‘voto’ de duas horas e meia de duração, Celso de Mello, O Arauto de Tatuí, só demonstrou uma verdade nua e crua: a sua dificuldade de compreensão e expressão. Sua cartada de despedida foi totalmente desprovida de exatidão, clareza e concisão.

Celso de Mello, apenas mostrou-se um cansativo e enervante palerma que, o tempo todo de sua jornada de cortesão da Magda Corte, não conseguiu mais do que senão o fiel Álter Ego de seu padrinho, Zé Sarney – o Marimbondo de Fogo.

08.

NA ESCUTA

Deputados querem ouvir Kássio Marques sobre a prisão em segunda instância. E nós, outros, mais de 217 milhões de brasileiros queremos ouvir os deputados sobre o mesmo assunto e o foro privilegiado.

09.

PRIMEIRO MEXAM OS FUNDILHOS

Ora, direis, reforma administrativa...  Feita por esses caras que aí estão?!? Cruz, credo, Mangalô três vezes. Se sair essa reforma, sai fake. Não vai atingir os privilegiados de sempre, todavia, contudo, pois, pois. 

Antes de qualquer mexe-mexe desses é preciso tirar os fundilhos de cima do foro privilegiado, da prisão em segunda instância e da reforma do Supremo Tribunal Federal.