VISTAS
O cara ficou horas mortas vendo e ouvindo quatro ministros dissecando o assunto racismo & Bolsonaro e... Pediu vistas! Burrinho, né não?!?

ELEIÇÃO
Lula teria voto suficiente para chegar a um 2º turno; tem rejeição suficiente para ficar um bom tempo ainda na cadeia.

O 4º PODER

Nessa democracia reiventada a partir de 1985, quando Sarrney assumiu a Presidência porque Tancredo subiu a rampa num sarcófago, o jornalismo evita o que é prejudicial e 'informa' o que é útil as zelites dominantes.

A imprensa foi transformada num organismo decisivo para a formação da cultura popular e, mais do que isso, para a criação da consciência coletiva. E tem sido, não há como negar, um instrumento de direção e persuasão da opinião pública.

A imprensa brasileira - bota aí rádio, TV, jornal, revista, esgotosfera - regiamente paga finge lutar contra o absolutismo e ser a favor das liberdades políticas e de que as instituições estejam funcionando, tanto faz porquê e pra quê.

Na realidade, os veículos de comunicação - do jornalismo, às relações públicas, à publicidade e propganda - trabalham e lutam pela própria sobrevivência, fudamentalmente agora com o evento da internet que veio para resgatar a liberdade de expressão.

Verdade é que todas as nossas empresas jornalísticas são comerciais, mas dentro de uma escala de tons e meios tons da mentira à sinceridade.

Mais de meio século de idas e vindas, encontros e despedidas por redações de emissoras de rádio ou TV, de jornais e jornalões, agências de publicidade minhas e de outros, me deixaram a certeza de que a verdade faz parte de algumas coisas realmente raras e grandes nesta vida que não se deixam comprar nem vender. 

Nesse embrulho estariam sentimentos simples assim como o amor, a beleza, a saudade...Mas me deixaram também a certeza e a dura verdade também de que o jornalismo é uma mercadoria com que seus amos e senhores fazem comércio.

Até hoje, meio século depois, como jornalista metido a respeitar a verdade não me sinto ainda confortável nem muito à vontade para reproduzir, com perfeita exatidão, uma opinião da qual discordo.

Nesse tempo todo descobri que, muito mais do que por profissão, foi por vocação que vivi em permanente estado de curiosidade.