PONTOS
A PONDERAR...
1ª
Edição – 27 / Outubro / 22
Por: Sérgio AO Siqueira
01.
DE CAÇA A CAÇADOR
O duro sinal de alerta para o fim de uma democracia é quando tribunais transformam urnas em arapucas aparentemente inofensivas. O povo está sendo atraído para as armadilhas. Só há um jeito de desarmá-las: é a caça virar caçador.
02.
O REGIME
Nunca antes na história desse país, os tribunais tinham sido delegacias de polícia. O regime policialesco manda e desmanda, prende e arrebenta. O xerife reza, pensa e fala por nós.
03.
SABE DE NADA... INOCENTE.
Se as rádios veicularam ou não a propaganda eleitoral tanto faz que ela fosse do Capitão ou do mais rico Pai dos Pobres. Ao que tudo indica e só por acaso, o ‘capado’ foi Bolsonaro. O mais grave de tudo isso é que o tribunal que cuida de tudo, agora não sabe de nada. Sabe de nada, inocente...
Se uma, ou duzentas mil mensagens deixaram de ir ao ar, nessa já arrepiante campanha eleitoral, o dano é irreparável. E aqueles que a gente não sabe do que são capazes de fazer para ganhar uma eleição, roubaram do candidato mais inimigo do que adversário, uma fatia poderosa de informação social.
É que o rádio, nas comunidades interioranas, do Oiapoque ao Chuí, de Norte a Sul, de cabo a rabo, de fio a pavio, é o chamado ‘fenômeno local’: é o veículo que leva e traz notícias; que forma opinião; que avisa como está o tempo, anuncia casamentos, aniversários, compras e vendas, nascimentos e mortes naquele ‘pedaço’...
O rádio é o Correio, é a revista, o jornal, a TV sem imagem, mas com o som da credibilidade daqueles rincões brasileiros. Quem escamoteou a publicidade de alguém, sabia muito bem o que estava fazendo. Ou, desfazendo.
Essa pandilha de sevandijas é, mais que um risco para a deformação das nossas comunidades, é o prenúncio do mal que, com o controle e domínio da informação, transforma democracias em singelas e deploráveis ditaduras tipo assim Cuba, Venezuela, Nicarágua, Colômbia, ou genéricas e similares como A|rgh!entina, Chile, Peru, Bolívia e aqueles ali das redondezas do Caribe.
Em todo caso, vá numa rádio dessas e pergunte ao locutor de plantão, por que quando essa gentalha vai morar lá fora, não se aconchega nos braços de um filhote da grande família Castro, ou senta no colo de um Maduro, de um Gustavo Petro, de um Kirchner desses que andam sobrando por aí, ou do meigo cumpanhêro, irmão, camarada, Daniel Ortega.
04.
MORO FALOU E DISSE... MAS, FOI POUCO
Levado aos holofotes da rádio que virou TV, o Xará Moro disse que “Lula eleito é mensagem de que o crime compensa”. Ah, é isso, mas não é só isso, não.
O crime compensa e acaba com as três maiores verdades da democracia: liberdade de credo, de pensamento e de expressão. E, para esse desastre transformar a realidade num triste pesadelo, basta o nocivo energúmeno voltar à cena do crime.
05.
06.
A NEGLIGÊNCIA, PREVARICA
E eis que sai da toca o genial Levianowski: “Não é exigência legal do TSE fiscalizar inserções”. Só não disse que ‘não fiscalizar’ é negligência que beira à prevaricação. Diz a sabedoria dos leguleios do mundo inteiro que ‘o que não é proibido, é permitido’.
Amanda, Guga Noblat, Diogo Seiláoquê, Piperno, não são contraponto nenhum, nem aqui nem em Caixa-Prego. Estão a serviço da melifluidade dos donos da ‘rádio que virou TV’.
Com medo das consequências de um jornalismo opinativo nas mãos do nosso Frankenstein “Mãos de Tesoura” - vivem dizendo que ‘a opinião dos nossos comentaristas, não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan’.
Ah,
bom, então não precisa de comentaristas; muito menos precisa de desfacetados ‘contrapontos’,
basta que o Grupo apresente a sua tal de opinião enrustida.
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